sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

cult revisitado

A HORA DO ESPANTO... E DA AÇÃO

Clássico oitentista ganha refilmagem para os novos tempos


    A década de oitenta foi bastante produtiva para o gênero de horror e nessa saudosa época surgiu até um novo conceito sobre esse gênero denominado como "espantomania". Filmes sobre assassinos mascarados tornaram-se franquias de sucesso, embora de gosto duvidoso. Porém, produções criativas e até inovadoras despontaram nas telas oitentistas dando novo fôlego ao gênero que ja estava desgastado após décadas de sustos e arrepios, pois o cinema de horror teve seu auge até meados da década de setenta.

Cartaz original dos anos 80

  A Hora do Espanto (Fright Night, 1985) prestou homenagem ao horror clássico e renovou o gênero adicionando comédia em uma trama sobrenatural sobre vampiros. A refilmagem que estreou nos cinemas este ano mantém o tom divertido do filme original, mas desta vez o roteiro adiciona mais ação à trama, e esta é a razão pela qual o filme será comentado aqui no blog.
  O jovem estudante Charley Brewster (Anton Yelchin) leva uma vida normal, estuda, tem uma bela namorada e mora com sua mãe Jane (Tony Collette) em um bairro novo e isolado, próximo a Las Vegas mas distante da área urbana, ou seja local bem apropriado para um vampiro que à noite ronda a vizinhança em busca de sangue fresco. O hematófago em questão é o proprio vizinho deles, o simpático Jerry Dandridge, aqui interpretado por Colin Farrel, que nestes péssimos tempos crepusculares consegue resgatar a dignidade do vampiro clássico que dorme durante o dia, tem hábitos noturnos e mantém todo o clima de mistério que faz jus à espécie.

Charley Brewster

Amy
Jane
Jerry
  A refilmagem é dirigida por Craig Gillespie, que demonstra talento e energia suficiente para compor cenas de ação mescladas ao horror proposto pelo divertido roteiro, reescrito por Tom Holland, roteirista e diretor do filme dos anos 80, que agora reescreveu em parceria com Marti Noxon. Entre as muitas cenas impactantes do novo longa, destaca-se uma longa sequencia de perseguição de carros numa rodovia, filmada em um único plano sem nenhum corte, com a câmera sendo manobrada dentro e fora do veículo de Charley, embora haja uma óbvia montagem em greenscreen, o que contudo, não chega a comprometer o resultado final da empolgante cena, o que demonstra o cuidado de Gillespie ao permitir que o público entenda perfeitamente o que se passa nas cenas físicas, bem ao contrário das péssimas edições de video-clipe habitualmente utilizadas de forma abusiva em Hollywood.
Anton Yelchin
  O candidato a herói Charley Brewster é composto de forma diferente por Anton Yelchin, que o transforma num sujeito preparado para enfrentar o vampiro, ao contrário do Charley da década de oitenta que era um rapaz despreparado e até ingênuo, diga-se de passagem e que recorria desesperadamente à ajuda de Peter Vincent, o caçador de vampiros que na verdade era apenas um ator de um espetáculo televisivo intitulado A Hora do Espanto. No novo longa, Peter Vincent é um sujeito mais jovem e ao contrario do personagem original, é um profundo conhecedor da natureza dos vampiros tendo um extenso material sobre o assunto que vai desde livros até relíquias históricas - e obviamente isso faz toda diferença no confronto final, pois Vincent junto com Charley utiliza um arsenal de armas para caçar vampiros.
Charley e Peter Vincent dos anos 80
O novo Peter Vincent
  O vampiro Jerry destaca-se bastante no atual longa, tanto na interpretação vigorosa de Colin Farrel quanto na ótima maquiagem que o transforma num ser tão bestial quanto o vampiro oitentista, que anteriormente fora interpretado pelo ator Cris Sarandon, que aqui faz uma participação especial como uma das vítimas do vampiro. Farrel revela-se um vampiro um pouco mais ousado e exibicionista do que Sarandon, mas exibe o mesmo charme do anterior, algo até obrigatório na figura clássica da fascinante criatura. 

O novo vampiro
O vampiro dos anos 80

Imogen Poots

  As personagens femininas destacam-se bastante aqui, de modo que Amy a namorada de Charley, interpretada pela bela Imogen Poots, revela-se corajosa ao ajudar o namorado na luta contra Jerry - igualmente Jane, a mãe de Charley, interpretada por Tony Collette, mostra-se heróica ao salvar o filho em um momento específico da trama, ao cravar uma enorme estaca de madeira nas costas do vampiro.
  A Hora do Espanto mostra-se muito eficaz como entretenimento tanto quanto o filme oitentista, embora o atual concentre-se um pouco mais na ação e na aventura, colocando-se em sintonia com a atualidade e também para diferenciá-lo do original, pois aquele trazia uma abordagem um tanto diferente e mais de acordo com a época em que fora produzido, além é claro de atualizar os efeitos visuais em CGI, conferindo um pouco mais de realismo e fluidez. Resta saber se esta refilmagem terá uma sequência assim como o anterior teve no final dos anos 80 e foi igualmente eletrizante. Mas por enquanto, o filme atual já proporciona um alívio ao respeitar a lenda dos vampiros nesta ótima aventura que agora pode ser bem apreciada nos formatos digitais neste final do ano.

Trailer


Fright Night
EUA , 2011 - 106 min.
Comédia / Terror / Aventura
Direção: Craig Gillespie

Roteiro: Marti Noxon, Tom Holland

Elenco: Colin Farrell, David Tennant, Christopher Mintz-Plasse, Anton Yelchin, Imogen Poots, Toni Collette, Dave Franco Reid Ewing, Will Denton


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

biografia


JOHN WAYNE
Uma lenda da América

  O século XX foi profundamente marcado por personalidades que em pouco tempo tornaram-se lendas. E o público que aprecia o cinema acompanhou o surgimento de muitas dessas lendas ou mitos, homens e mulheres que tiveram seus rostos, olhares e expressões diversas eternizados nas telas do cinema, ajudando a construir a história da sétima arte. Em se tratando do cinema físico, o maior mito e também o mais importante é sem dúvida John Wayne, o cowboy eterno. 
O jovem Morrison

  Nascido em maio de 1907 e batizado sob o estranho nome de Marion Robert Morrison na cidade de Winterset no estado de Iowa, o rapaz de 1,92 de altura e corpo esbelto destacou-se jogando futebol americano no colégio em que estudara, tendo conseguido ingressar em 1925 na Universidade do Sul da Califórnia, estado para o qual se mudou com a família. Na mesma época, conseguiu um emprego como carpinteiro nos bastidores dos filmes de Tom Mix, o grande cowboy do cinema mudo - provavelmente o jovem Morrison jamais imaginou que anos mais tarde também viria a se tornar um mito tão grandioso quanto o herói Tom Mix.


A grande Jornada

  Por volta de 1928 conseguiu emprego como dublê em filmes de faroeste do cineasta John Ford, aquele que anos mais tarde ajudaria o jovem Morrison a torna-se um mito, tanto quanto o próprio Ford que também alcançou o posto de lenda na história do cinema. Em 1930, por indicação de Ford, o jovem conseguiu um papel de ator no filme A Grande Jornada, do diretor Raoul Walsh e mesmo não tendo sido um sucesso de bilheteria ao menos serviu como experiencia para Morrison que a partir de então cunhou o nome artístico de John Wayne, fácil de pronunciar, difícil de esquecer - os amigos e fãs o chamavam apenas de Duke, um apelido que o acompanhou por toda sua vida . Após o filme de Walsh, o jovem ator passou a atuar em variadas produções de baixo orçamento, inclusive faroestes. A lenda começava a nascer.


  
   Em 1939 estrelou o faroeste No tempo das Diligências, filme que o transformou em astro e sob a direção de seu amigo John Ford que posteriormente o dirigiu em outras obras que tornaram-se referências na sétima arte tais como Sangue de Heróis (1948), Rio Vermelho (1948), Rastros de Ódio (1956), Onde Começa o Inferno (1959) e Quando um homem é homem (1963).

John Ford

 


   Wayne foi indicado ao oscar por Iwo Jima, O Portal da Glória (1949), um épico sobre a Segunda  Guerra mundial no qual ele interpreta um sargento linha dura que treina um grupo de fuzileiros para a batalha, mas os astro só veio a ganhar a estatueta vinte anos mais tarde, por sua performance em Bravura Indômita (1969) em que interpreta o caçador de recompensas Reuben Cogburn, porém sua melhor interpretação foi sem dúvida no filme O Último Pistoleiro (1976), em que seu personagem é um velho pistoleiro com cancer. O astro fez cerca de 265 filmes, uma carreira bastante extensa vindo a estrelar 69 faroestes.


Iwo Jima

 


O homem além das telas 
  Como todo cowboy que se preze John Wayne vivia cercado de belas mulheres e ao longo de sua carreira contracenou com as maiores beldades do cinema, tais como Lauren Bacall, Sophia Loren entre outras - embora Duke parecesse ter uma queda por ruivas, ao menos nas telas do cinema tendo como par a belas Susan Hayward e Maureen O´Hara, sendo esta última considerada sua atriz preferida. Entretanto, f
ora das telas o ator foi casado por três vezes, porém com mulheres bem diferentes das atrizes com as quais contracenou, pois suas esposas eram latinas, sendo duas mexicanas - Josephine Saenz de quem teve os filhos Melinda, Michael e Patrick e Esperanza Baur. No ano de 1954 casou-se com a peruana Pilar Palette, que lhe deu os filhos Aissa, Marisa e Ethan. 
Lauren Bacall

Sophia Loren

Susan Hayward
Maureen O´Hara

  Em outros aspectos de sua vida social, como cidadão John Wayne buscava personificar os ideais de liberdade e patriotismo tanto quanto o fez nas telas do cinema. Sua posição política de extrema direita fazia-se notar em sua conduta social, ainda mais por ter sido co-fundador da organização Motion Picture Alliance for the Preservation of American Ideals (Aliança do Cinema pela Preservação dos Ideais Americanos). Suas convicções políticas refletiam também em alguns dos seus filmes tais como O Álamo (1960) ou Os Boinas Verdes (1968); Duke parece ter feito este filme  para defender a participação dos Estados Unidos na polêmica Guerra do Vietnã, tendo inclusive assumido a direção além de atuar.

Capa do álbum musical
 


  No ano de 1973 chegou a gravar um álbum musical intitulado América: Why I Love Her, no qual demonstra o profundo sentimento que nutria por seu país. O disco foi campeão de vendas na época e após os atentandos de 11 de setembro ocorridos em 2001, o álbum foi relançado repetindo o sucesso que outrora teve, pois desde então, o povo estadunidense tem se apegado cada vez mais aos ideais de patriotismo frente ao restante do mundo.



A Lenda 
  A figura mítica de John Wayne é algo extraordinário na história contemporânea e também na história da cultura pop. Embora tenha sido nada mais do que um artista de cinema, Wayne em sua composição regionalista de cowboy ou pistoleiro que representa o velho oeste norte-americano tornou-se um mito mais popular e até mais influente do que personagens históricos do oeste tais como Buffalo Bill ou Wyat Earp. Algo que só pode ser explicado pelo poder imagético da sétima arte, que tão facilmente penetra na mente do público e cria raízes no imaginário popular transmitindo a figura do mito a todas as gerações, fazendo com que se perpetue infinitamente.

  Convém lembrar que sua imagem no cinema é considerada exemplar sendo que provalmente nunca interpretou vilões, entretanto foi alvo de críticas bem negativas ao encarnar um suposto herói que parecia ter prazer em matar índios no filme Rastros de Ódio sendo chamado até mesmo de "inimigo dos índios", o que se faz notar em uma das frases de seu personagem que diz que "índio bom é índio morto".
  A despeito de sua imagem considerada incorruptível no cinema ou mesmo por seu senso moral e patriótico, Wayne obviamente tinha suas falhas humanas como toda pessoa pode ter e sua vida pessoal foi tristemente marcada por excessos oriundos de vícios, pois bebia diariamente meia garrafa de conhaque e fumava cerca de 5 maços de cigarro. Provavelmente em decorrência de tal vício Duke desenvolveu cancer de pulmão, contra o qual lutou duramente por quinze anos, embora muitos acreditem que a doença fora desenvolvida durante as filmagens de Sangue de Bárbaros (1956), cujo cenário ocorrera num local contaminado por radiação. Em 1963, Wayne passou por uma cirurgia para retirar o pulmão canceroso, em 1978 passou por uma cirurgia cardíaca e em 1979 teve o estômago removido, vindo a falecer em junho do mesmo ano aos 72 anos de idade.


  O cowboy brilhará eternamente na constelação de estrelas do imaginário popular, pois agora ele vive para sempre  No Tempo das Diligências, é tomado por uma Bravura Indomita, pois é O Homem que matou o Fascínora. Ele conduziu Os Cowboys mais valentes pelas vastas pradarias do velho oeste, atravessou o Rio Vermelho desta vida e tornou-se O Último Pistoleiro... e ainda cavalga solitário rumo ao por do sol! 

Filmografia selecionada de John Wayne

1928 – Hangman's House ( Justiça de Amor )

1930 – The Big Trail ( A Grande Jornada )
1932 – Texas Cyclone ( Texas Cyclone )
1933 - Baby Face ( Serpentes de Luxo )
1933 – The Three Musketeers ( Os Três Mosqueteiros )
1933 – Sagebrush Trail ( Na Trilha da Verdade )
1934 – The Lucky Texan ( Sorte de Verdade )
1934 – Blue Steel ( Coração de Aço )
1935 – Guns Along the Trail ( Paraíso dos Falsários )
1936 – Winds of the Wasteland ( Tenacidade )
1936 - The Lonely Trail (A trilha solitária)
1939 – Stagecoach ( No Tempo das Diligências )
1939 - Allegheny Uprising ( O primeiro rebelde )
1940 – The long voyage home ( A longa viagem de volta )
1940 – Seven sinners ( A pecadora )
1942 – Reap the Wild Wind ( Vendaval de paixões )
1942 – The Spoilers ( A Indomável )
1942 - In Old California ( Caminhos Fatais )
1942 - Flyng Tigers ( Tigres Voadores )
1944 - The Fighting Seabees ( Romance dos Sete Mares )
1945 – Back to Bataan ( Espírito Indomável )
1945 – Dakota ( Dakota )
1945 – They were expendable ( Fomos os sacrificados )
1946 – Without Reservations ( Romance & Fantasia )
1947 – Angel and the Badman ( O Anjo e o Bandido )
1947 – Tycoon ( Inferno nos Trópicos )
1948 – Fort Apache ( Sangue de herói )
1948 – Red river ( Rio Vermelho )
1948 – 3 godfathers ( O céu mandou alguém )
1948 - Wake of the Red Witch (No rastro da Bruxa Vermelha)
1949 – She Wore a Yellow Ribbon ( Legião invencível )
1949 - Sands of Iwo Jima (Iwo Jima - O portal da glória)
1950 – Rio Grande ( Rio Bravo )
1952 – The quiet man ( Depois do vendaval )
1951 - Flying Leathernecks (Horizonte de Glórias)
1953 – Trouble along the way ( Atalhos do destino )
1953 – Hondo ( Caminhos ásperos )
1955 – Blood alley ( Rota sangrenta )
1956 – The Searchers ( Rastros de ódio )
1957 - The Wings of Eagles (Asas de Águia)
1957 – Legend of the lost ( A lenda dos desaparecidos )
1959 – Rio Bravo ( Onde começa o Inferno )
1959 – The horse soldiers ( Marcha de heróis )
1960 – The Alamo ( O Álamo )
1960 – North to Alaska ( Fúria no Alaska )
1961 – The Comancheros ( Os comancheiros )
1962 – The man who shot Liberty Valance ( O homem que matou o facínora )
1962 – Hatari!
1962 – The longest day ( O mais longo dos dias )
1962 – How the West Was Won ( A conquista do Oeste )
1963 – Donovan’s Reef ( O aventureiro do Pacífico )
1963 – McLintock! ( Quando um homem é homem )
1965 - In Harm's Way ( A primeira vitória)
1965 – The Sons of Katie Elder ( Os filhos de Katie Elder )
1966 – Cast a giant shadow ( A sombra de um gigante )
1967 – El Dorado
1968 – The green berets ( Os boinas verdes )
1969 – True grit ( Bravura indômita )
1969 – The Undefeated ( Jamais foram vencidos )
1970 – Rio Lobo
1971 – Big Jake ( Jake Grandão )
1972 – The cowboys ( Os cowboys )
1973 - The Train Robbers (Os chacais do Oeste)
1974 – McQ ( McQ – Um detetive acima da lei )
1975 – Rooster Cogburn ( Justiceiro implacável )
1976 – The shootist ( O último pistoleiro )

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

clássico oitentista

A INVASÃO DOS ESTADOS UNIDOS
Uma pérola da ação oitentista



  Na metade da saudosa e cultuada década de oitenta estreava nos cinemas norte-americanos um filme que mais tarde viria se tornar um clássico da tv aberta aqui no Brasil - A Invasão dos Estados Unidos (Invasion USA, 1985), trazia o então astro Chuck Norris numa produção B de ação como tantas outras que divertiram o público que aprecia o cinema físico.
  Dirigido por Joseph Zito, que anteriormente dirigiu Norris em Braddock, Invasão dos Estados Unidos nada mais é que uma aventura exagerada e absurda que retrata a paranóia militarista daquela época fomentada pelo então presidente Ronald Reagan, afinal o mundo estava mergulhado no clima de tensão da Guerra Fria e especialmente a população norte-americana era a que mais poderia temer a possibilidade de um conflito armado entre Estados Unidos e União Soviética, e é nesse gancho que o enredo do filme se desenvolve .  

Rostov
  Na trama, Mikhail Rostov interpretado pelo ator Richard Lynch, é um terrorista russo que decide por conta própria invadir literalmente, os Estados Unidos. O motivo pra isso talvez seja a demora provocada pela Guerra Fria, o que impede um conflito bélico entre norte-americanos e soviéticos. Para executar tal plano, Rostov  reune uma equipe composta por mercenários e terroristas oriundos de várias partes do mundo e gradativamente inicia uma série de atentandos cada vez mais violentos e brutais com o objetivo de jogar os cidadãos norte-americanos uns contra os outros. Afinal, ninguem jamais imaginaria que os país estivesse sendo secretamente invadido por inúmeros terroristas comandados por um líder soviético.

  Porém a CIA percebe que o russo Rostov esta por trás dos misteriosos atentados que aterrorizam a população e dominam os noticiários televisivos.  Assim, o serviço de inteligência norte-americano decide entrar em contato com Matt Hunter (Chuck Norris), um agente da CIA aposentado que vive solitariamente nos pantanos da Lousiana, o homem mais indicado e com melhor conhecimento para caçar Rostov, pois ambos são velhos inimigos que ja se confrontaram alguns anos antes quando Hunter estivera numa missão em sua época de agente.

  Como várias produções oitentistas, Invasion USA é repleto de cenas inverossímeis e argumentos absurdos em seu roteiro, pois em momento nenhum é explicado como Hunter descobre o ponto exato em que os terroristas irão atacar, pois tudo o que ele consegue são informações básicas!!!! A partir do momento em que ele começa a agir, consegue impedir todos os ataques e matar os terroristas no momento preciso em que ocorreriam tais atentados. E como acreditar que um único homem é capaz de impedir tantas catástrofes??? É de se supor que tais terroristas deveriam ser uma organização criminosa muito bem estruturada capaz de empreender ataques em vários lugares ao mesmo tempo, algo impossivel de ser detido por um único agente que recusa até mesmo a ajuda da CIA.

Cartaz do cinema
 Considerando os argumentos implausíveis que norteavam certos filmes de ação da década de oitenta tais como Comando Para Matar, Stallone Cobra e outros similares, A Invasão dos EUA cumpre seu papel de produção B e não poupa o espectador em cenas violentas e brutais, pois Matt Hunter é um justiceiro tão cruel quanto os terroristas que ele caça e não hesita em torturar para obter informações ou matar quando julga necessário.
  Em meio a tantas cenas de ação exageradas, vale destacar entretanto, a memorável cena em que Matt Hunter invade o salão de um shopping center com sua poderosa caminhonete quebrando uma vidraça e logo em seguida trava um belo tiroteio com os vilões em meio a varias pessoas correndo assustadas pelo shopping em plena época de compras de natal. 


  Para muitos fãs de Chuck Norris este é considerado um de seus melhores filmes tendo sido reprisado exaustivamente na TV aberta tornando-se um pequeno clássico oitentista quase tão importante para os fãs quanto os superiores Braddock - O super comando ou Mcquade - O Lobo Solitário. Pode até divertir mas não chega a equiparar-se com outros filmes de Norris, o que na verdade pode justificar perfeitamente as famosas piadas que hoje popularizam o ex astro de ação em vários blogs e sites na internet. Afinal como não fazer piada com um filme que termina num absurdo duelo de bazucas?? Ironias à parte, o filme pode ser melhor apreciado em DVD por aqueles que não o conhecem ou pelos fãs mais nostálgicos.

Trailer
  

Invasion USA (1985, EUA)



Direção: Joseph Zito


Elenco: Chuck Norris, Richard Lynch, Melissa Prophet,Alexander Zale, Alex Colon, Eddie Jones, Jon DeVries,James O'Sullivan e Billy Drago.