terça-feira, 31 de dezembro de 2013

super-ação

O HOMEM DE AÇO

Filme que reinicia as origens do Super-Homem aterrisa nos formatos digitais


  Superman - o filme, estreou em 1978; Superman II estreou em 1980, ambos dirigidos por Richard Donner e estrelados pelo saudoso Christopher Reeve... e é melhor pararmos por aqui porque estes são os únicos filmes do herói que valem a pena ser lembrados, já que o terceiro, o quarto e o quinto filmes são um tanto descartáveis. Finalmente em 2013 estréia o filme que melhor retrata o mais icônico dos super-heróis. O Homem de Aço (Man of Steel) é simplesmente o melhor filme do Super-Homem em décadas, não deixando nada a dever aos melhores filmes do gênero na atualidade e faturou pouco mais de US$ 500 milhões em todo o mundo. 
Zack Snyder ao lado de
Henry Cavill
  Roteirizado por David Goyer, especialista em quadrinhos que também roteirizou a trilogia Batman, e dirigido por Zack Snyder, cineasta que tem afinidade com HQ´s tendo dirigido 300 e posteriormente Watchmen, Man of Steell não poderia ter melhor resultado com dois grandes profissionais no comando, ainda mais com a produção executiva de Cristopher Nolan que sabiamente escolheu as melhores cabeças para dar vida à esta nova franquia.

  A estória, como todos sabem tem início no planeta Krypton, que encontra-se à beira da ruína e da destruição, pois o planeta enfrenta uma terrível crise  estrutural que desencadeou rebeliões e conflitos que o levarão à iminente destruição. General Zod (Michael Shannon) se opõe ao governo e deflagra uma espécie de guerrilha contra o conselho de líderes, mas é condenado à prisão em alguma dimensão do espaço, junto com outros dois guerreiros rebeldes .
  Em meio ao caos, Jo-Rel (Russel Crowe) planeja junto com sua esposa Lara (Ayelet Zurer) uma fuga, mas não para eles e sim para Kal-El, o bebê que irá nascer e obviamente não terá chance de viver em seu próprio planeta - e assim o bebê é enviado numa pequena nave rumo ao planeta Terra, onde será encontrado e adotado por Jonathan e Marta Kent. E é interessante notar o aspecto divino da vinda de Kal-El à Terra como se fosse um enviado dos céus, algo que já se podia perceber nos filmes clássicos e também nos quadrinhos, além do que seus poderes adquiridos neste sistema solar o torna praticamente um semideus em meio à meros mortais e sua jornada solitária pelo mundo em busca de respostas define bem isso.












  A tão conhecida origem do Super-Homem já explorada em outros filmes e seriados de TV, aqui ganha novos (e necessários) contornos para um público mais exigente e para tempos mais realistas. Explicações científicas justificam tudo o que vemos na tela, desde as acrobacias do herói que para decolar do chão e alçar voo sempre causa rachaduras no chão devido ao impacto causado pela pressão do impulso de seu corpo até o uniforme que é feito de uma malha especial que resiste ao atrito do vento e parece ser à prova de fogo, herança da tecnologia avançada de Krypton.













  O roteiro de David Goyer em parceria com Cristopher Nolan acerta em cheio ao condensar em um só filme as idéias dos dois filmes clássicos, pois em Superman II (1980), Zod e seus dois parceiros saem da prisão à qual foram condenados e vêm à Terra a fim de encontrar Kal-El e matá-lo e assim dominarem o planeta, e tudo isso ocorre em O Homem de Aço, de modo que o ato final da trama é pontuado com muita ação e efeitos visuais espetaculares com um realismo que impressiona conforme já fora visto em outros filmes de Zack Snyder - as cenas de destruição na cidade de Metrópolis provocadas pela batalha entre Kal-El e Zod são de fazer inveja a qualquer "filme catástrofe" que Hollywood já produziu.











  O visual de Krypton, bem como a tecnologia de suas naves é semelhante ao que já se viu em outros filme de aventura Sci-Fi como por exemplo A Batalha de Riddick (2004) ou até mesmo a saga Star Wars. O ótimo elenco brilha nas telas de modo satisfatório trazendo Diane Lane como a dedicada mãe Marta e Kevin Costner como Jonathan Kent; Amy Adams como a corajosa jornalista investigativa Lois Lane e o britânico Henry Cavill, competente na composição do herói e por sinal o único ator não americano a interpretar o Super-Homem e embora Cavill talvez ainda não tenha o carisma de Christopher Reeve isso será apenas questão de tempo, pois jornada de Kal-El ou Clark Kent está ainda no início, pois um novo Super-Homem acaba de nascer nas telas do cinema contemporâneo.

Animação produzida por Zack Snyder em homenagem aos 75 anos do herói



Trailer



O Homem de aço (Man of Steel - EUA, 2013)

Roteiro: David Goyer e Christopher Nolan

Direção: Zack Snyder

Elenco: Henry Cavill, Russel Crowe, Ayelet Zurer, Kevin Costner, Diane Lane, Amy Adams, Michael Shanon, Laurence Fishburne.



sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

música filmada

FAROESTE CABOCLO

Adaptação de canção oitentista para as telas do cinema resulta em autêntico filme de ação, drama e romance


  Composta em 1979 por Renato Russo, mas lançada oficialmente apenas em 1987, Faroeste Caboclo é com certeza uma das músicas mais bem elaboradas do rock nacional, além de ser uma das mais longas com cerca de 10 minutos. A envolvente história de João de Santo Cristo com suas aventuras e desventuras no sertão e depois na cidade grande e seu amor por Maria Lucia, a moça da cidade, embalou gerações ao longo de 26 anos e as notícias de que seria adaptada para o cinema finalmente se confirmaram como pôde ser comprovado em maio deste ano. 

  Como acontece em quase todas as adaptações feitas para o cinema, a música de Renato Russo sofreu consideráveis modificações para tornar-se uma história completa em todos os aspectos para tornar-se crível aos olhos do público em geral, sejam estes fãs da música ou não. O filme dirigido por René Sampaio é ambientado na década de 1970, período da ditadura militar e época um tanto distante da realidade atual, exceto por questões sociais que sempre ressoam atuais em nossa sociedade contemporânea como o racismo, por exemplo, argumento que permeia o roteiro da obra em seu personagem principal, João de Santo Cristo que além de negro, é pobre e tem pouco estudo, embora tenha muita inteligência e uma peculiar esperteza, essenciais para a sobrevivência no violento submundo de violência e tráfico de drogas no qual ele cresce e vive. E particularmente a cena de estupro que João sofre tanto na música quanto na metade da narrativa, é o estopim para sua explosão de fúria que se desenvolve no decorrer da trama. 


  O roteiro escrito por Victor Atherino e Marcos Berstein toma algumas liberdades poéticas em relação à letra da música, de modo que os atos de João de Santo Cristo são sempre justificáveis e ao contrário do que diz a canção, no filme ele nunca "rouba dinheiro da igreja" e nem é "o terror da sertania onde mora", ou seja, João é anti-herói mas não é mau caráter, pois entra em confronto com pessoas verdadeiramente más como o seu rival, o traficante Jeremias e o policial corrupto Marco Aurélio, ótimo vilão interpretado por Antonio Calloni, que não existe na letra da música. 




  René Sampaio demonstra notável talento na direção de atores, todos talentosos por sinal, Fabrício Boliveira traz a energia e o carisma necessários para compor o João de Santo Cristo tanto quanto Ísis Valverde tem o charme e a sensibilidade de Maria Lucia, e a química do casal dá o tom adequado para o romance que remete fielmente à letra da canção. Felipe Abib por sua vez, compõe Jeremias como um autêntico cafajeste além de ser um dos "playboyzinhos da cidade" como diz a música. 




  Além da ação de ótima qualidade o ponto alto da película obviamente é o esperado duelo final que faz jus ao título Faroeste Caboclo, pois Sampaio filma o confronto dos antagonistas como num autêntico western e não há como negar sua homenagem ao mestre Sergio Leone pelo modo como retrata os atores com closes extremos em seus rostos ou o enquadramento mostrando ambos encarando-se como num ritual em campo aberto aberto prestes a sacarem suas armas para o destino final de suas vidas. Entretanto, mais uma vez com a liberdade poética do roteiro, não há público para ver o confronto ao contrário do que diz a música, apenas Maria Lucia que tal como na canção intervém no destino de ambos. 
  Mesmo com um retrato um pouco diferente e por vezes suave em relação à letra original, o filme mantém o espírito da canção embora visualmente seja mais uma estória policial do que propriamente um faroeste - entretanto a jornada de João de Santo de Cristo, do sertão à cidade grande é o itinerário certo para a bela estória escrita e interpretada por Renato Russo. Só é difícil saber se o filme seria agradável ao artista tanto quanto os 168 versos de sua inesquecível música.


   
TRAILER




Faroeste Cabloco (2013)

Direção: René Sampaio

Roteiro: Victor Atherino e Marcos Berstein

Elenco: Fabrício Boliveira, Ísis Valverde, Felipe Abib, Antonio Calloni, César Trancoso, Alex Sander, Marcos Paulo, Cinara  Leal, Rodrigo Pandolfo


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

notas

LANÇAMENTOS EM BLU-RAY


                                             Círculo de Fogo

 Grande sucesso nos cinemas, dirigido por Guillermo Del Toro, Círculo de fogo (resenha) chega aos formatos digitais. Num futuro próximo, monstros gigantescos chamados de kaijú, saídos de uma fenda temporal localizada no fundo do Oceano Pacífico invadem a Terra causando uma destruição apocalítptica. Para proteger a humanidade, as forças militares desenvolvem robôs gigantescos chamados de Jaegers para enfrentar as temíveis criaturas a fim de evitar a destruição de nosso mundo. 




                              
                             O Homem de aço


  Reinício da franquia Super-Man, O Homem de aço reconta a origem do maior super-herói de todos os tempos da forma mais realista possível e contando com muitos elementos científicos para recriar e justificar os poderes do herói. Nos momentos decisivos de uma guerra que culminará na destruição do planeta Krypton, Jo-rel envia Kal-Lel, seu único filho em uma cápsula rumo ao planeta Terra, onde ele será encontrado e criado por humanos. A aventura dirigida por Zack Snyder traz um elenco de peso: Russel Crowe, Amy Adams, Kevin Costner, Michael Shannon, Diane Lane e Henry Cavill.




                              O Hobbit

  Chega às lojas edição especial em 3D de O Hobbit, primeira parte que é o prelúdio de O Senhor dos Anéis e narra a jornada de Bilbo Bolseiro, acompanhado de Gandalf e do grupo de anões guerreiros  para impedir a ascenção do mal que pode destruir a Terra Média.



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ação mutante

WOLVERINE IMORTAL

Mutante das garras metálicas retorna em aventura ambientada no Japão 


  Finalmente o herói mutante mais amado dos quadrinhos ganha uma adaptação de maior respeito e verdadeiramente um filme solo - Wolverine Imortal (The Wolverine, 2013) é a aventura que todo fã das HQ´s realmente esperava e desta vez sem vínculo com a franquia X-Men ao contrário do filme anterior cujo título, X-Men Origens: Wolverine revela-se apenas mais um capítulo da franquia retratando o herói de maneira pouco satisfatória. Com roteiro baseado no arco de estórias da minissérie Eu, Wolverine, escrita por Chris Claremont e desenhada por Frank Miller nos anos 80, o filme consegue se aproximar do mito eternizado nas histórias em quadrinhos da editora Marvel, para o deleite dos fãs e do público em geral.

  O diretor James Mangold, experiente em contar tanto histórias dramáticas como a ótima biografia Johnny e June (Walk The Line, 2005) ou tramas de ação como o excelente faroeste Os Indomáveis (3:10 to Yuma, 2007) assume o comando desta aventura do mutante orçada em US$ 120 milhões que traz um notável elenco de atores japoneses a exemplo de Tao Okamoto no papel de Mariko Yachida e Hiroyuki Sanada como um guerreiro ninja.

Capa da HQ que
inspirou o filme
  O australiano Hugh Jackman retorna pela sétima vez ao personagem que ele ama interpretar e o diretor Mangold encontra na figura do ator o tom ideal para explorar mais a fundo a psicologia do personagem e expor sua fragilidade que embora noa quadrinhos muitos leitores já conhecem, no cinema entretanto o público em geral desconhece - a suposta imortalidade sugerida pelo roteiro e que nunca foi afirmada nas hq´s do herói torna-se um argumento perfeitamente aceitável para representar um sentimento de fraqueza diante passagem do tempo, pois Logan já vive há muitas décadas e talvez séculos e nessa vida demasiada longa já sofreu diversas perdas além da perda de um amor não consumado pela falecida mutante Jean Grey  (Famke Janssen) que constantemente aparece em seu sonhos e os transformam em pesadelos.



  Contudo, ao ser levado para o Japão após ser localizado pela filha de um militar japonês chamado Yachida (Hal Yamanouchi) que ele conheceu na época da Segunda Guerra, Logan encontrará um caminho de redenção, pois o veterano de guerra que agora é um homem muito velho e doente embora rico, oferece à Logan a possibilidade de tornar-se mortal e não mais ter que sofrer com a agonia de jamais morrer.

  O roteiro escrito por Mark Bomback e Scott Frank segue com uma ótima trama de conspiração e revela-se um trhiller muito eficiente e com ação de tirar o fôlego, como a ótima sequência que se passa no teto de um metrô em alta velocidade e várias outras cenas de luta no decorrer do filme. Entretanto, apesar das ótimas coreografias marciais é estranhíssimo ver um herói furando e rasgando seus adversários utilizando suas garras metálicas que jamais ficam manchadas de sangue, bem como as roupas dos vilões - provavelmente a ausência de sangue justifique uma censura mais leve, porém James Mangold prometeu uma versão mais sangrenta em blu-ray e dvd que já devem estar disponíveis nas lojas.



  O porte físico de Jackman que obviamente está mais avantajado do que em filme anteriores, foi obtido com muita malhação e uma dieta de seis mil calorias diárias durante 24 semanas antes do início das filmagens em 2012, devido à conselhos que ele obteve do astro Dwayne Johnson, dizem.
  O confronto final com o Samurai de Prata não chega a ser dos melhores pois as  lutas anteriores são mais fluídas e dinâmicas e aqui o personagem japonês foi transformado em uma espécie de ciborg gigantesco e com movimentos limitados, muito diferente dos quadrinhos nos quais ele é apenas um guerreiro com armadura que na verdade é feita de adamantium, o mesmo metal que compõe a estrutura óssea de Wolverine. Enfim, Wolverine Imortal é sem dúvida um dos melhores filmes de ação do ano tendo agradado não só o público em geral, mas principalmente os fãs dos quadrinhos, pois a dignidade foi devolvida ao personagem e sua honra está mais do que mantida.

TRAILER





Wolverine Imortal (The Wolverine, 2013)

Direção: James Mangold

Roteiro: Mark Bomback e Scott Frank

Elenco: Hugh Jackman, Tao Okamoto, Hal Yamanouchi, Hiroyuki Sanada, Famke Janssen, Svetlana Khodchenkova


sábado, 23 de novembro de 2013

ação divina

THOR - O MUNDO SOMBRIO

Nova aventura do Deus do Trovão dá sequência à mitológica saga do herói nórdico


 O segundo filme pós Vingadores chega com força total ao cinemas após o sucesso estrondoso do maior grupo de super heróis das histórias em quadrinhos. Thor - O mundo sombrio (Thor - The Dark World) traz de volta Chris Hemsworth na pele do deus do trovão, travando batalhas mais dinâmicas e espetaculares do que na primeira aventura e Tom Hiddleston como Loki, mais uma vez roubando a cena como o vilão mais popular dos filmes da Marvel até o momento.
  A estória de o mundo sombrio começa com uma narrativa feita por Odin (Anthony Hopkins), pai de Thor e senhor de Asgard, contando a respeito de uma batalha acontecida há 5000 anos, quando seu pai Bor (avô de Thor) confrontou os Elfos Negros liderados por Malekith (Cristopher Eccleston), em defesa de Asgard e até do universo. Agora, Malekith ressurge com um audacioso objetivo de dominar o universo e para tal intento ele precisa ter contato com Éter, uma substância infinita e que reza a lenda, deu origem à tudo - e quem detiver o poder de tal substância, pode obter domínio absoluto. Embora não fique muito claro o porquê de um vilão querer trazer de volta a escuridão ao universo, podemos aceitar facilmente tal idéia, afinal trata-se de mitologia e nem sempre histórias mitológicas tem uma explicação precisa.

Malekith

batalha em Asgard

  Desta vez, a aventura é comandada por Alan Taylor, diretor de alguns episódios da famosa série Game of Thrones, escolha mais do que certa para compor o fantástico visual do reino de Asgard e ainda manter o que fora estabelecido por Keneth Branagh e desta vez o poderio de Asgard é mostrado em sua plenitude, os poderes de seus bravos guerreiros combinados a uma avançada tecnologia que remete à Star Wars.
  Com o retorno e ascenção de Malekith e sua busca pelo poder do Éter, Thor terá de enfrentar a maior de todas as batalhas, pois não apenas Asgard, mas o todo o universo está em jogo - e tal batalha ocorre no chamado mundo sombrio que dá título ao filme, mas ocorre também na Terra, pois há um ponto na dimensão sombria que dá acesso ao nosso planeta e o titânico confronto pode colocar em risco os seres humanos. E Thor ainda terá que recorrer até mesmo à ajuda de Loki, apesar de este ter sido condenado à prisão por Odin, pelos crimes cometidos na Terra, como foi visto no filme dos Vingadores.



  Novamente a ciência marca pontos positivos nesta nova aventura tanto quanto no primeiro filme e a cientista Jane Foster (Natalie Portman) está de volta para dar explicações racionais para os eventos extraordinários que ocorrem no decorrer da trama além do que sua participação ganha maior importância, não apenas como par romântico do herói mas também como um elo que justifica a terrível batalha travada por Thor e Malekith na Terra.


  Além da ação frenética e de efeitos visuais muito satisfatórios, a trama tem momentos de humor na dose certa e uma inesperada aparição do Capitão América na metade da projeção. O filme já alcançou US$ 500 milhões de dólares em bilheteria mundial e certamente é um dos melhores filmes da Marvel, além de ser muito melhor que Homem de Ferro 3 que revelou-se um grande fiasco em termos de roteiro, embora tenha feito muito sucesso nos cinemas. Portanto, os dois filmes de Thor mais Os Vingadores conseguem formar uma trilogia perfeita ou uma quadrilogia incluindo Capitão América - O primeiro Vingador, e pelo visto a Marvel alçará vôos ainda maiores nas telas do cinema.

TRAILER


Thor - O Mundo Sombrio (Thor - The Dark Word, 2013)

Direção: Alan Taylor

Roteiro: Don Payne, Robert Rodat

Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Natalie Portman, Anthony Hopkins, Rene Russo, Christopher Eccleston, Idris Elba, Ray Stevenson




sexta-feira, 15 de novembro de 2013

fuga nostálgica

FUGA

 MORTAL




Há 20 anos Dolph Lundgren era alvo de uma feroz perseguição 







 No início dos anos 90, o grandalhão sueco Dolph Lundgren encontrava-se em um bom momento de sua carreira, estrelando filmes com roteiros interessantes diga-se de passagem e obviamente turbinados com muita ação e pancadaria, bem ao estilo da ação brutal que ainda reinava absoluta. Fuga Mortal (Army of one), exibidos nos cinemas em meados de 1993, é considerado um dos melhores filmes da fase estelar do ator sueco, trazendo um enredo envolvente com uma boa estória de fuga com ares de road movie e ação na dose certa para o deleite dos fãs. 
  Dirigido por Vic Armstrong com roteiro de Steven Pressfeld, Fuga Mortal é uma típica de estória de fuga pelas estradas - Lundgren é um ladrão de carros conhecido como Santee, e justamente por conta do ofício, não é nenhum santo; no início da trama ele está dirigindo um caminhão ao lado de seu parceiro (Ken Foree) de roubos e logo são interceptados por policial que não está a fim de muita explicação e após Eddie, o amigo de Santee descer do caminhão para conversar, em poucos segundos de conversa o policial dá um tiro em Ediee e logo em seguida Santee também é baleado após descer para socorrer o amigo, além do que no exato momento mais dois sujeitos estranhos chegaram de carro no local; tal fato estranho encontrará explicação até o final da trama, afinal a carga do caminhão não é revelada até então.
  Após o estranho prólogo, Santee é preso acusado do assassinato do policial rodoviário que também foi  misteriosamente baleado. Ao ser transportado de carro para cumprir uma pena de 20 anos em um presídio da Califórnia, o grandalhão, num lance de muita esperteza, consegue fugir dos dois policiais que o escoltam e que por sinal são muito ruins de mira embora um deles utilize um rifle com mira de longo alcance, pois não conseguem sequer acertar um tiro em Santee, que simplesmente foge correndo para um lugar deserto e rochoso, numa cena de fuga muito tosca e absurda para um filme de ação de boa qualidade.



Vic Armstrong
  Mas com um roteiro simples e de poucas surpresas, o que a película tem de melhor é sem dúvida ação que não deixa nada a dever nem aos melhores filmes daquela época. Originalmente o filme se chamaria Joshua Tree, cuja tradução é A árvore de Josué, que seria o destino do personagem na trama do filme, mas conta-se que resolveram mudar o título do filme para que o público não confundisse com um álbum musical do U2, que por sinal tinha o mesmo nome.
  O desconhecido diretor Vic Armstrong tem um currículo invejável e segundo consta no IMDB foi um dublê muito requisitado em vários filmes de sucesso como por exemplo na trilogia Indiana Jones e até nos filmes de 007 estrelados por Sean Connery e também em Rambo III dentre vários filmes.
  O talento de Armstrong é notável especialmente num brutal tiroteio dentro de um armazém lotado de carros Ferrari onde Santee enfrenta sozinho vários bandidos - o resultado não poderia ser outro que não uma bela sequencia de tiros e explosões no melhor estilo de ação testosterona que reinava na década 90. Entretanto, não foram utilizadas Ferraris autênticas e sim réplicas perfeitas, pois o filme orçado em apenas US$ 9 milhões é de baixo orçamento e não seria possível adquirir tantas Ferraris originais.


  Além dos tiroteios e pancadarias, a velocidade também embala os melhores momentos da ação e é muito satisfatório ver o anti-herói fugindo numa Ferrari vermelha acompanhado de loira muito gostosa interpretada pela gracinha Kristian Alfonso ou ainda sendo perseguido por uma Lamborghini preta pilotada pelo vilão, algo até estranho de se ver, dois carrões travando uma feroz perseguição em uma estrada localizada numa área desértica do estado da Califórnia. Enfim, exagero típico do cinema dos anos 90, mas muito divertido.





   Com um roteiro simples recheado de carros possantes e cenas de ação que parecem intermináveis e um anti-herói de primeira, Fuga Mortal é o perfeito exemplo do modo como os filmes de ação eram produzidos 20 anos atrás. Atores famosos aparecem de forma simples e marcante: George Segal interpreta um dos vilões que perseguem Santee e Geoffrey Lewis marca presença como um xerife confuso, e tudo isso já basta para completar o enredo de uma produção simples que não exigia muitos atributos como ocorre nos dias atuais. Como se pode notar, a ação dos velhos e bons tempos é uma escola muito valiosa de como fazer entretenimento.

TRAILER



Fuga Mortal (Army of one / Joshua Tree, 1993)

Direção: Vic Armstrong

Roteiro:Steven Pressfeld

Elenco: Dolph Lundgren, Ken Foree, Kristian Alfonso, Geofrrey Lewys, George Segal



  

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

fuga impossível

ROTA DE FUGA

Stallone e Schwarzenegger planejam fuga espetacular em thriller de ação e suspense


 Em meados da década de 80 especulava-se muito a respeito de uma possível parceria entre Stallone e Schwarzenegger, pois muitos fãs dos maiores astros de ação daquela época sonhavam em ver os dois atores estrelando uma aventura juntos - e chegou a circular boatos em revistas de cinema e outras mídias. Porém, tal união jamais aconteceu, os fãs ficaram "a ver navios" e a carreira de ambos os astros seguiu sem nenhum vínculo. Passados quase 30 anos eis que finalmente tal sonho se realiza e os mitos, agora envelhecidos, finalmente unem-se como protagonistas de um eficiente filme de ação e suspense atualmente em cartaz nos cinemas.
  Rota de Fuga (Escape Plan, 2013) traz Stallone no papel de Ryan Breslin, um sujeito que tem um dom  muito especial: é capaz de fugir de qualquer prisão de segurança máxima; e como se não bastasse, ele vive deste estranho ofício chegando ao ponto de ter escrito um livro sobre tal assunto - pelo que dá a entender, Breslin é um tipo de profissional que consegue descobrir falhas aparentemente inexistentes para ajudar a melhorar o sistema dos presídios.



  Certo dia, Breslin é procurado por uma moça misteriosa que diz ser agente da CIA, e lhe oferece a proposta de hospedar-se num presídio considerado o mais seguro do mundo. Tal prisão é conhecida como a Tumba (originalmente seria este o nome do filme, The Tomb), e lá encontram-se prisioneiros de alta periculosidade, detidos em celas de vidro, ou seja, transparentes, de modo que podem ser observados 24 horas por dia sem nenhuma chance de empreender uma mínima tentativa de fuga, além do que, os guardas que vigiam o local utilizam máscaras para não serem reconhecidos e não manterem nenhum tipo de vínculo com os prisioneiros - e o presídio é dirigido com "mão de ferro" por um diretor inescrupuloso interpretado por Jim Caviezel, que consegue compor um ótimo vilão.


  Em pouco tempo, após ser detido e preso, Breslin ocasionalmente fica conhecendo Ottmeyer, interpretado por Schwarzie, que se dispõe a lhe fornecer toda a ajuda possível para que ambos possam armar um perfeito plano de fuga, que se mal executado, facilmente lhes custarão suas vidas, pois tal presídio foi exatamente planejado para ser à prova de fuga, pois tem uma localização imprecisa.


  O ótimo roteiro escrito por Jason Keller e Miles Chapman resgata um sub-gênero até esquecido ultimamente, dos filmes de fuga de prisão, que no passado já rendeu grandes filmes como Papillon (1973), Um sonho de Liberdade (1994), entre outros. A direção segura do sueco Mikael Hafstrom comprova que o cineasta sabe conduzir muito bem um thriller de ação e suspense, tanto quanto enredos mais dramáticos como de seus filmes anteriores, O Ritual (2011) e 1408 (2007) - e Hafstrom sabe valorizar a ação sem grandes exageros e até com direto à câmera lenta ao retratar as performances de Sly e Schwarzie, nas cenas mais impactantes da aventura. E ambos os atores demonstram disposição e a habitual boa forma em seus personagens além de uma ótima química para torná-los uma verdadeira dupla dinâmica.

Hafstrom e o elenco

  Rota de Fuga é uma grata surpresa na carreira de ambos os astros e embora sua exibição nos cinemas esteja um pouco despercebida, sem grandes alardes, é interessante conferir o longa na tela grande, pois o grande encontro dos mitos finalmente aconteceu, de modo que a participação de ambos em Os Mercenários 1 e 2 não conta, pois tratava-se de uma reunião de várias lendas da ação. Seja como for, a esperada (ou esquecida?) parceria dos mitos está finalmente concretizada e os maiores fãs já não precisam reclamar.

TRAILER



Rota de Fuga (Escape Plan, 2013)

Direção: Mikael Hafstrom

Roteiro:Jason Keller, Miles Chapman

Elenco: Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Jim Caviezel, Vincent D'Onofrio, Vinnie Jones, Curtis Jackson, Amy Ryan,Sam Neil, Faran Tahir, 50 cent