domingo, 24 de dezembro de 2017

super clássico

KING KONG

Há 4 décadas o rei gorila dominava as telas do cinema

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   Após os dois clássicos de 1933, King Kong e O Filho de Kong, o gorila gigante somente renasceria na telas, quem diria, em plena década de 70, mais precisamente no ano de 1976 numa produção do agora lendário produtor Dino de Laurentis e dirigido pelo até hoje desconhecido John Guillermin. A super produção da Paramount trazia no elenco um jovem Jeff Bridges e a estonteante e linda Jéssica Lange, em seu papel de estréia no cinema. Em 1975, o Tubarão de Spielberg abocanhou as bilheterias do mundo e surpreendeu público e crítica, portanto, era muito conveniente que Hollywood investisse em mais filmes de monstros e assim nada melhor do que refilmar a estória do lendário gorila.
  Nesta refilmagem, ou melhor dizendo reboot, um navio de uma companhia petrolífera chamada Petrox parte numa expedição rumo ao pacífico em busca de novos lençóis petrolíferos no que parece ser uma missão um tanto secreta. O jovem Jack Prescott, inerpretado por Jeff Bridges entra clandestinamente no navio e durante uma reunião apresenta-se dizendo ser paleontólogo causando  uma certa confusão entre o comandante Fred Wilson (Charles Grodin) e equipe que inicialmente resolvem prendê-lo até que descubram se ele não é um espião e quais suas reais intenções.

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  Após breve investigação, o capitão aceita Prescott como convidado desde que ele aceite fotografar a expedição já que além de paleontólogo é também um experiente fotógrafo. Em alto mar surge uma agradável surpresa, a expedição encontra um bote vagando nas águas com uma linda moça inconsciente e que mais tarde após acordar, diz ser atriz e que fazia parte de uma equipe de produção de um filme e que ocorreu algum acidente durante a viagem - a moça chamada Dwan interpretada por Jéssica Lange obviamente fará par romântico com Prescott ao longo da trama.
   Ao chegarem à misteriosa e desconhecida Ilha da caveira na esperança de encontrar lençóis de petróleo, inicialmente apenas encontram uma engenhosa fortaleza e descobrem ser um local habitado por uma tribo de nativos muito parecida com tribos africanas, algo que corresponde ao enredo da trama original do clássico de 1933. O contato da expedição com a tribo não chegou a ser muito hostil, exceto pelo fato de que os nativos queriam negociar uma troca entre Dwan e alguma mulher da tribo, o que obviamente é recusado pelos exploradores. Algum tempo depois os nativos resolvem captura Dwan à força, pois pretendem oferece-lá em sacrifício à um gorila gigantesco que habita a floresta da ilha, o qual eles acreditam ser um deus.

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   Como se pode notar, o enredo não é muito diferente do clássico dos anos 30, o qual foi refilmado em 2005 por Peter Jackson. A equipe da expedição então precisa unir forças para resgatar Dwan e saírem da ilha o mais rápido possível antes que os nativos entrem em guerra com eles. Ao descobrir a existência do gorila pré-histórico, Fred Wilson decide capturá-lo para apresentá-lo à civilização como se fosse uma espécie de atração circense e tentar fazer fortuna com isso, o que obviamente Jack Prescott não concorda, já que o animal será retirado de seu habitat natural e a tribo nativa terá uma vida descontralada, já que não terão mais o deus o qual temem.

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Resultado de imagem para king kong 1976   Este King Kong de 1976 tem ótimas qualidades técnicas para a época em que foi produzido chegando a ganhar o Oscar de efeitos visuais já que apresentava uma tecnologia avançada de efeitos mecânicos que se tornaria algo frequente ao longo dos anos 80 em Hollywood - também foi indicado para os prêmios de melhor som e fotografia. Ao invés da velha técnica stop-motion, também conhecida como quadro-a-quadro, a produção utilizou um duble fantasiado de forma muito realística caminhando por entre maquetes que representavam os cenários tanto da floresta como da cidade de Nova Iorque. Também foi utilizado em poucas cenas um gigantesco boneco de Kong, o que dava um parâmetro melhor das dimensões reais do animal no contexto do filme.


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Enormes braços animatrônicos foram utilizados para 
simular os movimentos de Kong
   Com um orçamento de 24 milhões de dólares o filme faturou em torno de 52 milhões só nas bilheterias norte-americanas, sucesso absoluto na época, e seu alto custo de produção já dava uma idéia do quão seriam cada vez mais caros os filmes de monstros ou de ficção científica dali para frente, como por exemplo a franquia Star Wars iniciada em 1977 e também Super-Man, sucesso de 1978 com Christopher Reeve. Ao que parece o rei gorila nasceu para ser não apenas o maior e mais respeitado monstro do cinema norte-americano, mas também um divisor de águas na história do cinema de tempos em tempos. (R.A.)


TRAILER

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King Kong (1976, EUA)

Direção: John Guuilhermin

Roteiro: James Ashmore Crelman, Ruth Rose

Elenco: Jeff Bridges, Jessica Lange, Charles Grodin, John Randolph, Julius Harris

  

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

dica monstro

KONG ESTÁ DISPONÍVEL EM DVD 

E BLU-RAY

Resultado de imagem para kong a ilha da caveira blu ray  Grande sucesso em março nos cinemas, o maior gorila da história do cinema já pode ser conferido em dvd e blu-ray para quem não viu nas telonas ou para quem quer rever. Kong: A ilha da Caveira traz um muito bem vindo reinício do gorila pré-histórico, desta vez com uma engenhosa trama ambientada na agitada década de 1970 - um grupo de cientistas, militares e aventureiros partem numa expedição rumo à misteriosa ilha da caveira, localizada num ponto muito remoto do oceano pacífico, a fim de pesquisar e explorar o desconhecido território habitado por várias criaturas pré-históricas, além de um gorila de 30 metros de altura, considerado um deus pelos habitantes nativos. 
  Kong: Skull Island surpreende em todos os sentidos, desde o excelente elenco até os magníficos efeitos visuais da Industrial Light & Magic. Mas o que mais surpreende é o estreante diretor Jordan Vogt-roberts que anteriormente tinha apenas um filme em seu currículo e não se sabe como, o cineasta novato foi aceito pela Warner para comandar esta super produção. Uma responsabilidade e tanto que resultou no melhor filme do lendário gorila e possívelmente o melhor filme de aventura deste ano. Uma obra prima de aventura, disponível em Dvd e Blu-Ray 3D. 





sábado, 2 de dezembro de 2017

dicas quentes

O QUE ASSISTIR NA NETFLIX?

   Dicas para quem estiver sem opção do que ver

   Com a expansão do maior serviço de streaming do mundo e sua crescente popularidade, o público que curte filmes já não tem do que reclamar, não apenas pelo grande acervo da Netflix quanto pelos preços acessíveis de assinatura. Entretanto, em meio a tantos filmes disponíveis na plataforma, às vezes nos deparamos com falta de opção e apesar da boa quantidade de títulos dos mais diversos gêneros, o espectador muitas depara-se com a seguinte questão: o que assistir? Afinal, assistir filmes não é muito diferente dos demais hábitos culturais e a indecisão por vezes aparece, inclusive nos gêneros de ação. Aqui vai uma pequena lista que pode render talvez uma maratona de fim de semana. 


Cão Selvagem
Resultado de imagem para cão selvagem filme  Trama ambientada na Indochina de 1959. Numa cidade chamada Den-Dhin-Chan, um ex-boxeador cumpre pena em um campo de trabalho. Porém a cidade é controlada por uma espécie de máfia que promove torneios de luta no campo de prisão, o qual rende grandes apostas na alta sociedade. Martin Tilman é o melhor lutador da prisão e obviamente o mais rentável para os negócios da organização. Quando sua pena esta chegando ao fim, tudo o que ele quer é apenas voltar para a casa e viver uma vida normal, longe de qualquer confusão e usufruir do dinheiro que ganhou em suas lutas. Porém, a máfia faz de tudo para mantê-lo na cidade a fim de que ele continue nos torneios lhês dando muito lucro e assim Martin terá planejar um meio de escapar das garras da organização mesmo que para isso tenha que tentar destruí-la. Trama envolvente com direção muito competente de Jesse V. Johnson e estrelado por Scott Adkins, atual astro B de filmes de ação e artista marcial muito habilidoso. 






Kung Fu Killer
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  Nesta produção chinesa de 2014, Donnie Yen interpreta Hahou Mo, um instrutor de artes marciais que cumpre pena por ter matado um homem acidentalmente. Ao ver na tv a notícia de uma série de crimes ocorrendo na cidade, ele percebe que quem esta cometendo tais assassinatos é um mestre de Kung Fu, já que todas as vítimas também são mestres, os quais ele conheceu em sua carreira de instrutor. Hahou Mo consegue então de algum como convencer a polícia a aceitar sua ajuda nas investigações, pois seguindo as pistas ele sabe onde poderá encontrar o serial killer, mas para isso terá de entrar no jogo de gato e rato do assassino psicótico. Ótimo thriller combinando trama policial e artes marciais, um dos menlhores filmes do astro chinês Donnie Yen. 







The Legend of Bruce Lee

Resultado de imagem para the legend of Bruce Lee   Para quem curte séries e também biografias, uma dica muito interessante e possivelmente única é o seriado A Lenda de Bruce Lee, produção chinesa de 50 episódios que narra detalhadamente inúmeros fatos da vida do lendário mestre e artista marcial, desde a adolescência até a fase adulta. Shannon Lee, filha de Bruce é a produtora executiva da série que traz o ator Danny Chan como protagonista, além de atores conhecidos do cinema de ação norte-americano, Mark Dacascos e Gary Daniels. A série estreou em 2008 na Tv chinesa e em vários outros países nos anos seguintes - no Brasil estreou em maio de 2011 no canal CNT e atualmente encontra-se disponível na plataforma da Netflix. 





Pumping Iron

Resultado de imagem para o homem dos músculos de aço   Para quem curte documentários, uma dica muito interessante e talvez não muito lembrada hoje em dia é Pumping Iron, lançado em 1977 que narra a rotina de treinos de Arnold Schwarzenegger e vários de seus colegas de do fisiculturismo dias antes do competição Mister Olympia, de 1975. Arnold é escolhido como o protagonista por ser o atleta mais popular de tal modalidade, mas outros grandes atletas também se destacam como Fanco Columbu, Mike Katz e Lou Ferrigno que mais tarde alcançara grande sucesso na Tv no seriado O Íncrivel Hulk. Dirigido por Robert Fiore e George Butler, o documentário praticamente serviu como base para a futura carreira de Schwarzenegger no cinema já que em certo momento ele mesmo dizia que pretendia ingressar no cinema quando encerra-se sua carreira de fisiculturista. No Brasil a produção é chamada de O Homem dos Músculos de Aço e além de estar disponível em Dvd também pode ser vista na Netflix. (R.A.)




domingo, 26 de novembro de 2017

super-equipe

LIGA DA JUSTIÇA

Lendário grupo de super-heróis da editora DC ganha sua primeira aventura nos cinemas

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  O sucesso estrondoso de Mulher Maravilha estreado em junho nos cinemas causou grande expectativa para a aventura que reúne os demais super-heróis dos quadrinhos da DC comics, conhecidos do grande público por várias adaptações em desenhos animados na TV sob o nome de Super-Amigos, cujas aventuras encantaram gerações desde a década de 1970 até os anos 90, embora recentemente há uma animação recente intitulada Liga da Justiça que é o nome original do grupo nas histórias em quadrinhos. O filme, estreado em 16 de novembro foi muito bem recepcionado nas bilheterias mundias, especialmente aqui no Brasil onde já foi assistido por cerca de 1,8 milhão espectadores, enquanto que nos Estados Unidos o desempenho não tem sido bom de modo que não alcançou o sucesso esperado nos cinemas norte-americanos.
   Roteirizado por Chris Terrio e por Joss Whedon que também finalizou a direção após o afastamento de Zack Snyder devido a problemas familiares, a aventura oferece um ritmo empolgante e contagiante desde o início ao apresentar Batman numa perseguição noturna e ao descobrir que o criminoso que persegue está tomado por alguma entidade alienígena, um para-demônio, e tal tipo de criatura aparecerá aos montes no decorrer da trama já que são enviados por Lobo da Estepe, o vilão vindo de outra dimensão e que planeja destruir a humanidade para se apossar do planeta. 

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Lobo da estepe é interpretado por Ciaran Hinds, irreconhecível
sob a maquiagem e efeitos visuais


   Lobo da estepe vem à Terra para liderar um exército de para-demônios a fim de encontrar as caixas maternas que são 3 cubos com uma imensa fonte de poder e ao reuni-las ele terá o poder necessário para dizimar a humanidade - uma das caixas encontra-se sob a proteção das amazonas na ilha de Temiscera, a outra no fundo dos oceanos sob a proteção dos atlantes e a terceira sob a proteção dos humanos.
  Batman com a ajuda da Mulher Maravilha, procura apressar-se em encontrar outros super seres com habilidades especiais conforme ficara estabelecido no roteiro de Batman Vs Super-Man. E é evidente o remorso que o homem morcego sente pela morte do homem de aço conforme ele diz em certo momento da trama "o mundo precisa do Super-man". Assim, Bruce Wayne encarrega-se de encontrar Aquaman, o lendário rei da Atlântida e logo em seguida Barry Allen, um jovem que tem um poder velocidade fora do comum, por isso chamado de Flash, além de um grande intelecto - enquanto isso Mulher Maravilha localiza Victor Stone, outro jovem cuja habilidade provém dos poderes ilimitados de uma armadura cibernética que faz parte de seu corpo, por isso será chamado de Cyborg.

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Cyborg é interpretado por Ray Fisher e Flash, por Ezra Miller

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Aquaman é interpretado por Jason Momoa
   O filme segue a mesma estrutura dos demais filmes da DC com a fotografia sombria e a paleta de cores um tanto frias, porém a narrativa é bem mais ágil e a trama, que não chega a ser sombria, revela-se bem mais divertida permitindo boas cenas pontuais de humor, ou seja, totalmente o oposto de Batman Vs Super-man que revelou-se um filme pesado demais para uma trama de super-heróis. Entretanto a ausência de Zack Snyder em boa parte do  filme é perceptível já que embora até tenha cenas de ação dinâmicas, A Liga não parece tanto ser um filme de Snyder já que com a saída do diretor e a contratação de Whedon para finalizar o projeto, o filme ganhou um tom mais espontâneo a pedido do próprio estúdio. 

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  É de se pensar que possa surgir mais tarde em Dvd e Blu-Ray alguma versão Zack Snyder já que boa parte do conteúdo do que se vê nos cinemas foi na verdade refilmado por Whedon, o que de certo compromete quase tudo o que Snyder já havia filmado, se for parar pra pensar. Entretanto, o resultado final ficou acima da média apresentando o lendário grupo de heróis com boas atuações valendo destacar o ótimo senso de humor de Flash e a presença de Aquaman retratado como um bad boy - e tudo embalado pela trilha sonora composta por Danny Elfmann, como todos sabem um dos músicos mais requisitados do cinema. E embora a aventura não chegue a ser realmente épica, ver lendários personagens reunidos na tela do cinema é sim um momento épico. Impossível deixar de assistir. (R.A.)

TRAILER





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Liga da Justiça (Justice League, 2017)

Roteiro: Chris Terrio, Joss Whedon

Direção: Zack Snyder, Joss Whedon

Elenco: Ben Afleck, Gal Gadot, Ezra Miller, Ray Fisher, Jason Momoa, Jeremy Irons, J.K. Simons, Ciaran Hinds


  

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

batalha celeste

THOR RAGNAROK

Terceiro filme do Deus do trovão domina as telas do cinema e traz surpresas inesperadas

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  A expansão do universo Marvel mostra-se cada vez mais dinâmica e surpreendente pelo que pode ser conferido em Thor Ragnarok, a nova aventura do deus trovão que estreou no final de outubro e vem dominando as bilheterias do mês de novembro já tendo alcançado cerca de 500 milhões de dólares em bilheteria mundial. Dirigido pelo neo-zelandês Taika Waititi, cineasta quase desconhecido, o filme é simplesmente um dos mais divertidos da recente fase da Marvel tanto quanto Dr. Estranho e Guradiões da Galaxia 1 e 2.
  O roteiro concebido por Christopher Yost e Craig Kyle consegue a proeza de sintetizar nesta aventura boa parte da mitologia dos quadrinhos de Thor abrindo espaço para o arco da excelente saga Planeta Hulk, de modo que o gigante verde se destaca como se estivesse num filme próprio. O filme impressiona já na abertura quando o herói esta aprisionado nas profundezas do reino de Surtur, uma entidade demoníaca dos quadrinhos que aparece pela primeira vez nas telas do cinema e que será um fator determinante para o Ragnarok que dá título ao filme.

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   Ao escapar de Surtur e voltar para Asgard, Thor descobre a farsa de Loki, vista no final da aventura anterior Mundo Sombrio, de modo que Loki por meio de sua magia estava o tempo todo disfarçado como Odin enquanto que seu verdadeiro pai encontrava-se isolado em uma outra dimensão. Thor então obriga Loki a acompanhá-lo até a Terra e com a ajuda do Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) eles encontram Odin, mas também encontram uma visita muito inesperada nesta outra dimensão, Hella, a deusa da morte, que quebra o martelo de Thor conforme já fora anunciado nos trailers.
  Hella é sem dúvida uma das melhores personagens que ainda não havia sido adaptada para as telas e Cate Blanchett é aescolha perfeita já que a atriz parece ter nascido para interpretar tais personagens místicas e enigmáticas tal como ela o fez na trilogia O Senhor dos Anéis na personagem Galadriel, a senhora dos elfos. Na narrativa de Thor Ragnarok as cenas de Hella são muito bem pontuadas embora deixem a sensação de que sua participação poderia ser ainda maior.

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  Após tomar o reino de Asgard, Hella envia Thor para o planeta Sakaar, comando pelo sarcástico Grandmaster, interpretado por Jeff Goldblum que promove um torneiro de lutas motais numa arena cujo campeão é ninguém menos que o Hulk e obviamente Thor terá de enfrentá-lo conforme é visto no trailer. Entretanto mesmo que Thor vença o Hulk ele não ganhará a liberdade, permanecendo prisioneiro do Grandmaster - só lhe restará então planejar uma fuga junto com Bruce Banner, mas contando com a ajuda de Valkiria, interpretada pela bela Tessa Thompson.

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  O visual multicolorido da produção e as inúmeras piadas que preenchem quase todos os diálogos chegou a incomodar muitos fãs, mas o bom humor tem sido algo constante nas produções Marvel e assim sendo Thor Ragnarok é o filme que menos se leva a sério. É engraçado notar que quase ninguém parece ter reclamado do excesso de piadas em Homem de Ferro 3 que é sem dúvida um dos piores filmes da Marvel.

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  Entre outras ótimas surpresas, Heimdall tem um destaque especial na trama já que deposto de seu cargo de porteiro e expulso do reino, ele se refugia com um grupo de rebeldes e demonstra suas habilidades em combate demonstrando ser um grande guerreiro e não apenas o guardião da ponte cósmica de Asgard. Thor Ragnarok tem todos os elementos mais do que necessários para uma aventura super-heróica, inclusive as ótimas músicas de rock ouvidas no trailer são realmente tocadas durante o filme, o que o torna muito autêntico em relação aos demais filmes de super-heróis. Enfim, o novo filme do Deus do trovão merece ser visto e revisto nas telonas. (R.A.)


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Thor Ragnarok (EUA, 2017)
Direção: Taika Waititi
Roteiro: Christopher Yost e Craig Kyle

Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hidlestom, Cate Blanchett, Antony Hopkins, Idris Elba, Karl Urban, Tessa Thompson, Jeff Goldblum.



  

sábado, 28 de outubro de 2017

recarregado

JOHN WICK 2: Um Novo Dia Para Matar

Keanu Reeves prossegue com a saga do matador iniciada dois anos atrás

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  O ator Keanu Reeves realmente redefiniu sua carreira renovando seu status de astro e isto se deve à John Wick, o personagem implacável e sanguinário que ele interpretou em 2014 no filme de sucesso De Volta Ao Jogo, dirigido por Chad Stahelski e co-estrelado por participações especiais de peso como Ian McShane e Willen Dafoe. O primeiro filme apesar do roteiro fraquíssimo e um tanto raso, trouxe como destaque cenas de ação espetaculares e muito intensas protagonizadas por Reeves e comandadas com muito talento por Stahelski, algo que deu novo fôlego ao gênero de ação que pelo gosto do público parecia estar precisando de algo mais brutal e menos explicativo.
Resultado de imagem para john wick um novo dia para matar   Roteirizado por Derek Kolstad, este novo capítulo de John Wick agora sim traz uma trama muito melhor que o primeiro filme com personagens muito bem desenvolvidos, tanto que a primeira hora o filme dedica-se bem mais à narrativa trazendo um ritmo um tanto pausado com apresentação de novos personagens como Santino D'Antonio (Riccardo Scarmacio), sujeito que convoca o matador para um último trabalho sujo, apesar de Wick lhe explicar que já abandonou esse ofício e não querer mais saber de matança. Entretanto, D'Antonio convence Wick forçadamente a voltar ao trabalho, pois explode sua casa após a recusa - a ira de John é novamente despertada e obviamente ele voltará ao trabalho.
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John e Wick e seu novo cão de estimação. 

  Esta trama traz uma melhor compreensão do universo dos matadores que trabalham sob a supervisão do hotel Continental, que na verdade é uma organização secreta de assassinos comandada por Winston (Ian McShane) conforme já havia sido mostrado no primeiro filme - entretanto aqui as regras tornam-se mais claras quando Winston explica a John Wick que ele não pode recusar um serviço solicitado já que ele havia firmado um contrato com o D'Antonio tempos atrás e tal tipo de compromisso, mesmo que seja o último, no Continental não pode ser recusado e nem transferido, pois a organização assim determina.

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O filme tem belíssimas locações na Itália
   No aspecto de ação ambos os filmes se destacam muito bem já que Chad Stahelski demonstra maestria que hoje em dia poucos cineastas tem, pois o diretor não utiliza em momento algum o recurso de câmera tremida, algo que irrita a maioria dos fãs de filmes de ação. Stahelski mantém a câmera fixa permitindo que vejamos e entendamos claramente o que ocorre numa cena de luta ou cenas de tiroteio e não é apenas isso. Seus planos extendidos de câmera e as coreografias perfeitamente elaboradas fazem com que a ação flua de modo espetacular, o que demonstra que o diretor tem mesmo um estilo old school, algo que o cinema infelizmente deixou de lado dos anos 2000 pra cá. Nota-se que Keanu Reeves treinou intensamente para este filme tendo aulas de tiro e de artes marciais -  a prova disso são alguns vídeos que circulam pela internet mostrando a dedicação extrema do ator para o papel.

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  Sem dúvida nestes últimos anos John Wick é o personagem que realmente reacendeu a carreira de Reeves renovando seu status de astro já que o ator não vinha se destacando muito embora tenha feito bons filmes como 47 Ronins e O Homem do Tai Chi. Embora seja um personagem muito físico, John Wick é de fato o que os fãs do ator realmente queriam: um matador implacável. Embora o cinema esteja repleto de matadores implacáveis, Wick chega a ter um diferencial justamente pela dedicação extrema de Reeves para dar veracidade ao matador e pelo que se pode notar, o ator realmente faz todas as cenas de ação sem utilizar dublês, o que deve lhe dar um bom desgaste físico já que ele encarna Wick com muita propriedade. Inclusive a pouca expressividade de Reeves neste papel o faz parecer uma versão moderna do mito Charles Bronson, que também se destacou diversas vezes por interpretar matadores. 


   Exibido em fevereiro nos cinemas John Wick 2 foi um grande sucesso de bilheteria deste ano tendo feito mais de 90 milhões de dólares nos cinemas norte-americanos para um orçamento de apenas 40 milhões, ou seja, bem mais do que o filme anterior que custou 20 milhões e fez pouco mais de 40 milhões nas bilheterias. John Wick além de matar, veio mesmo para ficar e conquistar novas legiões de fãs de ação e figurar na galeria dos grandes matadores da história do cinema. (R.A.)

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John Wick: Um Novo Dia Para Matar (John Wick: Chapter 2, 2017)

Roteiro: Derek Kolstad

Direção: Chad Stahelski

Elenco: Keanu Reeves, Ian McShane, Riccardo Scarmacio, Common, Lawrence Fishburne, Claudia Gerini, Ruby Rose


domingo, 22 de outubro de 2017

lenda recontada

REI ARTHUR: A LENDA DA ESPADA

Lenda de Arthur ganha nova roupagem pela visão do cineasta Guy Ritchie

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  O mito do rei Arthur já rendeu boas produções ao longo da história do cinema de modo a alimentar o imaginário popular em torno deste emblemático personagem cuja veracidade é uma incógnita para a história científica, pois não há vestígios consistentes que possam atestar de modo seguro sua existência. Assim restam apenas os vestígios do mito que ajudam a compor as lendas arturianas sobre um heróico rei que entre os séculos V e VI defendeu a Grã-Bretanha contra os invasores saxões. O diretor Guy Ritchie com grande inspiração resolveu recontar tal lenda imprimindo nela seu estilo urbano que o consagrou em filmes como Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e as duas recentes aventuras de Sherlock Holmes com Robert Downey Jr. 
  Pode parecer estranho o uso da palavra "urbano" em um contexto medieval, mas em se tratando de Ritchie este conceito torna-se bastante crível já que o diretor consegue adaptar seu estilo para narrar esta nova versão do lendário rei da mesma forma que o fez em filmes anteriores de modo que fica estabelecido uma ligação entre todos os filmes que assim compõem o estilo narrativo do cineasta. É interessante notar por exemplo em Rei Arthur personagens construídos com base em tipos contemporâneos e até mesmo o modo como os personagens interagem tornando o ritmo da narrativa até mais ágil e envolvente. 


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  Escrito por Joby Harold, Lionel Wigram, David Dobkin e o próprio Ritchie, o filme procura explorar as origens do reinado do qual o jovem Art, órfão que foi criado em um bordel e nem faz idéia que é o herdeiro legítimo do trono real, o qual foi tomado pelo traiçoeiro príncipe Vortigen (Jude Law), que utilizando-se de feitiçaria mata seu irmão, o rei Uther para assumir o comando da Inglaterra a fim de satisfazer sua sede de poder absoluto. 


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   O britânico Charlie Hunnam, astro da série Sons of Anarchy e do filme Círculo de Fogo foi a escolha certa para interpretar Arthur, que compõe o personagem como um rebelde que precisa buscar suas origens após ser o único dentre vários homens a conseguir retirar a espada mágica excalibur de uma pedra, ou seja terá de lidar com seu destino e aprender a tornar-se rei para comandar a Grã-Bretanha se conseguir retirar do trono seu tio, o cruel Vortigen interpretado por Jude Law. 




  A trilha sonora hipnotizante ao som de guitarra e tambores e a fotografia de cores frias e aspecto empoeirado completam o tom da narrativa com um ritmo intenso que uma aventura épica merece. Contudo, o roteiro toma certas liberdades em relação à lenda original do rei Arthur deixando de lado alguns personagens importantes como mago Merlin, Lancelot e Guinevere, que não aparecem nesta história embora Merlin seja apenas citado. Tanto quanto nos filmes de Sherlock Holmes, Guy Ritchie demonstra seu insuspeitável talento para comandar cenas de ação de modo detalhado valorizando as coreografias de combate. A lenda de Arthur enfim foi recriada de modo digno e respeitoso passando pelos cinemas em maio deste anoe agora encontra-se disponível em dvd e blu-ray. Só nos resta aguardar que sua saga prossiga nas telas do cinema. (R.A.)

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Rei Arthur: A lenda da Espada (King Arthur: Legend of the Sword, 2017)

Direção: Guy Ritchie

Roteiro: Joby Harold, Lionel Wigram, David Dobkin e Guy Ritchie

Elenco: Charlie Hunnam, Eric Bana, Jude Law, Djimon Hounsou, Tom Wu, Astrid Bergès-Frisbey


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

primeiro spaghetti

POR UM PUNHADO DE DÓLARES

Há pouco mais de 50 anos Clint Eastwood estrelava o primeiro western clássico de sua carreira

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  Em 1964 estreava nos cinemas italianos e logo em seguida em todo o mundo Por Um Punhado de Dólares (Per Un Pugno di Dollari) sob a direção do ainda desconhecido Sergio Leone, diretor que só tinha no currículo um filme, o épico italiano O Colosso de Rodes (1961). O filme a princípio parecia ser mais do mesmo e não causava grandes expectativas já que trazia um ator norte-americano nada conhecido na Europa e com um sobrenome difícil de pronunciar. Entretanto, a película fez um estrondoso sucesso, o que colocou em destaque rapidamente o nome do diretor Leone e de seu ator, Clint Eastwood, subitamente tornando-se astro do cinema italiano. 
  Entretanto, o surpreendente sucesso do filme trouxe também surpresas inesperadas e não tão agradáveis. O roteiro escrito por Leone em parceria com outros quatro roteiristas, Adriano Bolzoni, Mark Lowell, Víctor Andrés Catena e Jaime Comas Gil era na verdade não uma história totalmente original, mas sim um plágio do roteiro de Yojimbo, filme japonês de grande sucesso em 1961 dirigido e roteirizado por Akira Kurosawa. O épico japonês trazia uma história sobre um samurai recém chegado em uma pequena aldeia feudal controlada por dois grandes empresários rivais - o samurai conquista a confiança de ambos os empresários, pois cada um sem saber o contrata como guarda-costas e num plano meticuloso, ele consegue instigar uma guerra entre os dois grupos rivais fazendo com que um destrua o outro.

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Clint era apenas conhecido nos EUA por meio de um seriado de tv
da rede CBS chamado Rawhide que passou entre 1959 e 1966








  A mesma lógica de Yojimbo ocorre de modo exato no filme de Leone, pois o pistoleiro sem nome interpretado por Eastwood também consegue emprego em duas quadrilhas rivais e joga uma contra outra de modo que ocorre uma verdadeira guerra na pequena cidade de San Miguel que é controlada pelos  dois empresários que comandam as respectivas quadrilhas - e é interessante notar que a mesma lógica serviu de base para o roteiro de Django (1966), grande sucesso estrelado por Franco Nero e dirigido por Sergio Corbucci.

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O grande ator Gian Maria Volonté interpreta Ramon Rójo,
o vilão da trama
  Com o grande sucesso, rapidamente o filme ficou conhecido mundialmente e Kurosawa sabendo que seu roteiro fora adaptado por Leone sem nenhuma autorização, moveu um processo na justiça e conseguiu receber uma indenização de 100 mil dólares e mais 15% da arrecadação do filme na Ásia. Conta-se que Kurosawa escreveu a Leone dizendo "é um ótimo filme, mas é o meu filme"; e depois de algum tempo o cineasta japonês chegou a reconhecer a obra de Leone como um remake digno de Yojimbo. Embora Por Um Punhado de Dólares seja considerado o primeiro spaghetti western, o cinema italiano já havia produzido cerca de 25 filmes do gênero, mas nenhum obteve o mesmo sucesso internacional do filme de Leone.

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No filme a voz de Clint é dublada pelo ator italiano Enrico Maria Salerno
já que originalmente a película é falada no idioma italiano








  Conta-se que inicialmente o título do filme seria The Magnificent Stranger (O Estranho Magnífico) e três dias antes da estréia felizmente Leone resolveu mudar para Um Punhado de Dólares, um nome bem mais chamativo e soa mais original já que a trama gira basicamente em torno de muito dinheiro que o estranho pistoleiro consegue extorquir de ambas as quadrilhas. A empolgante trama é embalada pela excelente trilha composta por Enio Morricone, ou seja, aqui começava a lendária parceria entre Leone e Morricone, algo que se tornou tradição no spaghetti western.


  Para compor seu icônico personagem, Eastwood comprou um par de calças jeans pretas em Hollywood Boulevard e trouxe um chapéu simples de Santa Mônica - os cigarros que utiliza no filme ele os cortou em três partes para ficarem menores e curiosamente o ator não é fumante. O belo poncho que o pistoleiro veste no filme era de Clint, o qual ele decidiu vestir no personagem dando-lhe um ar mais misterioso. O estrondoso sucesso do filme rendeu uma sequência em 1965 intitulada Por Uns Dólares a Mais (Per Qualche Dollaro in Píu) também de grande sucesso; em 1966 a obra prima Três Homens em Conflito  apesar de não ser uma sequência dos dois anteriores completava chamada a trilogia dos dólares -  e a carreira de Eastwood ganharia impulso definitivo na America do Norte. E assim o gênero western ganhava um definitivo divisor de águas pelas mãos do inesquecível mestre Leone. (R.A.)


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Por Um Punhado de Dólares (Por Un Pugno di Dóllari, 1964)

Roteiro: Mark Lowell, Víctor Andrés Catena e Jaime Comas Gil e Sergio Leone

Direção: Sergio Leone

Elenco: Clint Eastwood, Gian Maria Volonté, Marianne Koch, Margarita Lozano, Wolfgang Lukschy

  

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

aventura real

FEITO NA AMÉRICA

Novo filme de Tom Cruise retrata a incrível trajetória do tráfico de drogas entre a América do Sul e os Estados Unidos

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  Pela segunda vez Tom Cruise estréia nas telas do cinema este ano desta vez com o sensacional Feito na América, longa baseado na história real de Barry Seal, um piloto comercial norte-americano que se tornou responsável pelo transporte de drogas da Colômbia para os Estados Unidos e com isso faturou uma fortuna que o possibilitou realizar o tão apregoado "sonho americano". Dirigido por Doug Liman (Identidade Bourne, No Limite do Amanhã) o filme retrata com precisão eventos agora históricos da "Era Reagan" com relação a um escândalo político relacionado à América do Sul.
  Roteirizado por Gary Spinelli a trama segue a louca trajetória de Barry Seal, que logo no início do filme é contratado por um sujeito da CIA que se apresenta Schafer (Domhnall Gleeson) que lhe oferece um serviço um tanto arriscado além de ilegal: sobrevoar um país da América do Sul apenas para fazer fotografias aéreas em um determinado local - entretanto tal lugar é uma área de conflito armado e obviamente Seal aceitaria os riscos de sobrevoar tal área por uma boa grana, já que ele não costumava desperdiçar oportunidades e tinha família pra sustentar.
  Com o sucesso da arriscada "missão", logo Schafer designou Seal para outras missões arriscadas e numa delas, na Colômbia ele tem um encontro inesperado com um chefão do tráfico do tráfico de drogas, Jorge Ochoa e dentre seus parceiros de ramo, o lendário Pablo Scobar. Quem costuma assistir a série do Netflix  Narcos, obviamente já sabe o que ocorre, pois Seal será "contratado" pelos senhores do tráfico para transportar escondido em seu avião carregamento de drogas para os Estados Unidos de modo que ninguém consiga descobrir, o que obviamente funcionar na década de 80 já que ainda não havia fiscalização rigorosa com serviço de aviação ainda que fosse clandestino.

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  O que se sucede ao longo da narrativa são várias situações ora cômicas, ora quase trágicas, mas sempre num ritmo de humor conforme a proposta do roteiro. Tom Cruise entrega uma ótima interpretação ainda que o verdadeiro Barry segundo relatos não era um sujeito engraçado, mas sim bastante sério no que fazia. O diretor Doug Liman já planejara desde o início que Seal fosse interpretado por Cruise além do que o próprio diretor é que escolheu um tom cômico para a narrativa de American Made.

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  Para Liman este filme é um projeto muito pessoal porquê seu pai, Arthur Liman naquela época era um agente da cia e foi o responsável pelas investigações do caso Irã-Contras, caso político que se tornou um grande escândalo do governo Reagan e tinha relação indireta com um movimento guerrilheiro da Nicarágua cujas armas eram fornecidas pelo governo norte-americano para que pudessem lutar contra o governo Sandinista, de ideologia esquerdista - em meio a essa confusão, Seal tornou-se um agente duplo, pois o governo norte-americano utilizou seus serviços (embora o considerasse criminoso) para o fornecimento de tal armamento e isso complicou totalmente a vida de Seal.

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   Fica meio difícil saber o que não é real na trama do filme devido à tantas situações malucas e até insólitas. Conforme a narrativa dá a entender, parece que Barry chegou a documentar em vídeo vários relatos de suas empreitadas o que dá ao filme um certo tom documental mostrando-se um argumento bastante criativo para o desenvolvimento da trama. Enfim, Feito na América é sem dúvida um dos melhores filmes deste semestre e um dos melhores da atual carreira de Tom Cruise. Totalmente recomendável. (R.A.)

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Feito na América (American Made, 2017)

Direção: Doug Liman

Roteiro: Gary Spinelli

Elenco: Tom Cruise, Domhnall Gleeson, Jayma Mays, Jesse Plemons, Lola Kirke, Caleb Landry Jones, Connor Trinneer.
 
  



terça-feira, 26 de setembro de 2017

policial brasileiro

POLÍCIA FEDERAL: A LEI É PARA TODOS

Sucesso em exibição nos cinemas, filme brasileiro retrata a cruzada dos agentes federais 

contra a corrupção

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  Em meio a diversidade de filmes brasileiros cada vez mais expressivos presentes nas salas de cinema, eis que surge uma produção com proposta no mínimo curiosa. Polícia Federal: A lei é para todos, estreado em 7 de setembro faz um interessante retrato dos acontecimentos que abalaram (e ainda abalam) a opinião pública do país nesses últimos anos, o cenário político cada vez mais atolado no eterno lamaçal de corrupção, ou seja, o filme se propõe a contar uma história que ainda está acontecendo, haja vista os vários desdobramentos das investigações da operação lava-jato que rendem inúmeras pautas nos noticiários.
  Dirigido por Marcelo Antunez e escrito por Thomas Stavroz e Gustavo Lipsztein, a narrativa é iniciada de modo bem explicativo, mas também muito significativo ao dizer claramente que a corrupção existe desde a formação do país, ou seja, é um mal enraizado na própria história do Brasil, a qual é mostrada em traços animados. Trazendo um elenco encabeçado por Antonio Calloni como Ivan, o principal protagonista da trama, a produção se vale de outros atores bem conhecidos como Flávia Alessandra no papel da agente Bia, Marcelo Serrado como Sergio Moro e Ary Fontoura interpretando o ex-presidente Lula.

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  O ponto mais interessante do filme é procurar retratar os eventos do ponto de vista dos agentes federais e sua dura batalha para combater o crime organizado e a corrupção para depois verem poucos resultados na justiça, afinal, a sensação de impunidade que infelizmente caracteriza nosso país é sentida primeiramente pelos agentes da lei, aqueles que arriscam a vida para manter a lei e a ordem na sociedade. Embora o filme tenha postura apartidária segundo e o diretor e os próprios atores, esta prerrogativa entretanto parece não ser muito exata já que Ary Fontoura em sua interpretação estabelece de forma um tanto sutil Lula como um vilão de um modo até precipitado, além do que arquivos reais de reportagem sobre o ex-presidente inseridos no final, de certo modo enfraquecem a atuação de Fontoura.

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  Marcelo Antunez até consegue criar certa tensão como por exemplo na cena da apreensão de um caminhão carregado de palmito com drogas escondidas na carga, algo que foi o passo inicial para a criação da operação Lava-jato e também na sequencia de eventos que levaram a polícia à captura do doleiro Alberto Youssef, interpretado por Roberto Berindelli.

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  Contudo, a produção não é livre de problemas já que o roteiro traz certos diálogos sofríveis, principalmente nas falas dos agentes federais que embora sejam retratados como heróis incorruptíveis carecem argumentos à altura da importância de seus cargos. Ainda assim Policia Federal: A lei é para todos é mais um ponto positivo do cinema brasileiro no gênero policial a exemplo de Tropa de Elite 1 e 2 e Operações Especiais (2015) estrelado por Cléo Pires. Ao final é anunciado a sequência Policia Federal 2, o que confirma os rumores de que haverá trilogia. O filme já é a produção brasileira de maior bilheteria do ano visto por mais de 1 milhão de espectadores e embora não seja nada superior a Bingo: O Rei das Manhãs, não deixa de ser uma grata surpresa, principalmente para o cinema nacional, cada vez mais prolífico. (R.A.)


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Polícia Federal: A Lei é para todos (Brasil, 2017)

Direção: Marcelo Antunez

Roteiro: Thomas Stavroz e Gustavo Lipsztein

Elenco: Antonio Calloni, Flávia Alessandra, Bruce Gomlevski, Marcelo Serrado, Ary Fontoura, Roberto Berindelli