quarta-feira, 9 de agosto de 2017

drama marítimo

HOMENS DE CORAGEM

Filme estrelado por Nicolas Cage retrata um dramático capítulo pouco lembrado da Segunda Guerra

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  Julho de 1945, o poderoso navio USS Indianápolis, pertencente à marinha norte-americana parte em uma missão secreta rumo às ilhas Marianas transportando urânio e vários outros componentes, os quais foram depois utilizados durante o ataque à Hiroshima, retaliação em resposta ao ataque de Peal Harbor executado pelos japoneses em dezembro de 1941. O diretor mexicano Mario Van Peebles resolveu transpor esta incrível história de sobrevivência para as telas do cinema com um elenco encabeçado por Nicolas Cage, Thomas Jane e Tom Sizemore, roteirizado por Cam Cannon e Richard R. Del Casto. Produção de 2016, USS Indianapolis: Men of Courage refaz a sofrida missão desta história não muito conhecida do público. 
  O imenso navio portava armas de grande poder de fogo e era equipado com a melhor tecnologia disponível. A Tripulação comandada por Capitão McVay (Cage) era composta por 1196 homens e após entregarem a carga de urânio nas ilhas Marianas, rumaram para se juntar à outra equipe, o USS Idaho. Entretanto, as forças militares japonesas estavam a par da situação, já que uma tripulação a bordo de um submarino rastreavam o curso do USS Indianápolis e então empreenderam um traiçoeiro ataque ao navio que se encontrava a meio caminho entre as Filipinas e Guam.


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O navio utilizado neste filme é o mesmo já visto no filme A Força em Alerta,
sucesso de 1992.

   Atacado com torpedos pelo submarino japonês, o navio norte-americano afundou deixando sua tripulação à deriva. Cerca de 880 marinheiros ficaram espalhados em pequenos grupos com vários homens feridos sob as àguas e em pequenos botes em torno de cinco dias com pouco suprimento de alimentos, enfrentando fome e desidratação. 
  E é justamente neste período sob as águas que a narrativa do filme encontra seu ponto forte já que Peebles consegue retratar de modo agonizante (e não poderia deixar de ser) o sofrimento dos marinheiros que a qualquer momento eram atacados por tubarões famintos cujos ataques começaram ao amanhecer do primeiro dia prosseguindo até o quinto dia - barbatanas emergiam constantemente e a qualquer momento ouvia-se um grito de alguém sendo mutilado ou devorado. O empenho do capitão McVay em cuidar de seus soldados para que se mantenham vivos é o mais notável ato de heroísmo nessa triste história, além da solidariedade entre todos os soldados nas águas frias e perigosas. 

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  No quinto dia os náufragos foram avistados por um avião norte-americano que fazia um vôo de patrulha pelo local e segundo o filme, rapidamente o tenente Adrian Marks (Thomas Jane), responsável pela patrulha, tomou a decisão de iniciar o resgate dos homens de McVay, além de solicitar por rádio reforços para o inusitado resgate - segundo consta, dos 880 homens que estiveram sobre as águas, sobreviveram 317 - tal fato é considerado por muitos como o pior ataque de tubarões já relatado. Mario Van Peebles presta justa homenagem nos momentos finais ao incluir relatos de dois sobreviventes além de fotos de seus demais companheiros como um desfecho documental. Homens de Coragem é uma inspirada história de sobrevivência e merece muito ser assistida. (R.A.)


TRAILER


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Homens de Coragem (USS Indianapolis: Men of Courage, 2016)

Direção: Mario Van Pebbles

Roteiro: Cam Cannon, Richard Rionda Del Castro  

Elenco: Nicolas Cage, Tom Sizemore, Thomas Jane, James Remar, Yutaka Takeuchi.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

clássico marcial

O VÔO DO DRAGÃO

Há 45 anos Bruce Lee estrelava e dirigia um de seus 

melhores filmes

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  Em 1972 estreava em Hong Kong O Vôo do Dragão (The Way Of The Dragon), escrito, dirigido e produzido por Bruce Lee por meio de sua produtora, a Concord Films em parceria com Golden Harvest, produtora pioneira em filmes de artes marciais no cinema chinês. Lee, que então já era um astro na China bem como na Ásia após o estrondoso sucesso de O Dragão Chinês (1971), resolveu investir seriamente no cinema não apenas atuando, mas também atrás das câmeras, já que o artista marcial demonstrava domínio em ambas as funções e sabiamente escolheu a sétima arte para melhor disseminar sua arte marcial em todo o mundo.

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  A trama é ambientada na Itália, mais precisamente na cidade de Roma. Tang Lung (Lee), vindo de Hong Kong para visitar Cheng Chin Hua, amiga sua e dona de um restaurante em parceria com o tio Wang (Wang Chung Hsin), um negócio de família no qual os funcionários são primos de Chin Hua. Porém, trabalham com certa dificuldade já que o local é muito visado e constantemente atacado pelos capangas de Thugs, chefe de uma organização criminosa que parece controlar forçadamente os negócios de empreendedores imigrantes, nesse caso os chineses - ou seja, a organização de Thugs é uma espécie de máfia que vive da exploração de negócios de famílias imigrantes.

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  O jovem Tang Lung, embora um pouco tímido e às vezes desajeitado, empenha-se em ajudar e proteger sua amiga Chin Hua e seus familiares contra as investidas da máfia local. Lung demonstra sua notável habilidade na arte do kung fu contra os homens de Thugs que tombam como bonecos pela força dos punhos do jovem chinês. E para a alegria dos fãs, Lee demonstra com muita energia sua performance que o tornou rapidamente conhecido em O Dragão Chinês (1971) e a Fúria do Dragão (1972).

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  O roteiro escrito pelo próprio Lee embora simples apresenta uma trama até bem resolvida, um elenco modesto e pouco conhecido com exceção do próprio Bruce Lee e da atriz Nora Miao, uma bela e jovem estrela do cinema chinês. Por trás das câmeras Lee demonstra uma direção correta, porém um tanto modesta valendo-se de retratar as belas paisagens de Roma ainda que o filme não apresente uma fotografia espetacular. Obviamente Bruce empenhou-se bem mais na composição de cenas de lutas espetaculares nas quais ele faz questão de mostrar toda sua habilidade não só com os punhos e os pés como também com bastão longo e o par de nunchakus, sua arma preferida não só dentro como fora das telas.

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    Bruce Lee ao ladeador por Bob Wall e Chuck Norris. Ambos
    campões mundiais de Karatê durante a década de 60

  Entretanto a cereja do bolo fica reservada para o final da aventura, um épico confronto entre Tang e Colt, o maior lutador da América e um dos melhores do mundo que Thugs resolveu contratar para eliminar o chinês. Colt é vivido por ninguém menos que Chuck Norris, na época 7 vezes campeão norte-americano de karatê, foi a escolha perfeita para o papel de um rival à altura de Lee.
  O combate belamente filmado no interior do Coliseu, não poderia ter local mais apropriado por ser uma espécie de templo de grandes batalhas dos gladiadores da Roma antiga. A idéia de Lee foi simplesmente genial e até hoje muitos consideram este como o melhor  combate de todos os tempos nas telas do cinema. Tecnicamente O Vôo do Dragão é um dos melhores filmes de artes marciais já feitos e a genialidade de Lee não deixa sombra de dúvida. (R.A.)






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O Vôo do Dragão (The Way of the Dragon. China, !972)

Roteiro: Bruce Lee

Direção: Bruce Lee

Elenco: Bruce Lee, Nora Miao, Wang Chung Hsin, Jon T. Benn, Bob Wall, Chuck Norris