DRIVE
Uma rota alternativa de drama, ação e suspense
Há filmes que parecem nascer predestinados a tornarem-se clássicos ou cult´s. Pois este parece ser o caso de Drive que ja pode ser considerado um novo cult, embora esteja sendo exibido em vários cinemas atualmente e com merecido sucesso tendo ganho o premio de melhor diretor no festival de Cannes, pois esta película dirigida com maestria pelo desconhecido diretor dinamarques Nicolas Winding Refn faz uma bela homenagem ao cinema físico de Hollywood, porém de um modo muito peculiar e com uma composição alternativa com belíssimos planos, sendo alguns extendidos e tomadas em cenas de ação que parecem ter sido esculpidas, pois beiram a perfeição ao revelar o inegável talento de um jovem diretor que ainda tem um longo percurso pela frente.
Drive homenageia claramente o cinema de faroeste pois o personagem principal interpretado por Ryan Gosling é o típico herói solitario ja visto tantas vezes em westerns, que parece não ter nome, envolve-se nas piores enrascadas e acaba fazendo o que é certo mesmo que seja ocasionalmente - e com direito a um palito no canto da boca, assim como os cowboys que costumam usar cigarro ou até mesmo um ramo de capim, além de "montar" em um belo carro mustang, cujo simbolo equino diz muita coisa sobre a natureza do cavaleiro solitário.
O jovem motorista que trabalha como piloto-dublê em filmes de ação no sul da California e como mecânico em uma oficina, nas horas vagas da noite costuma dirigir também para ladrões em fuga, especificamente em situações de assalto a banco ou comercios. Porém, o experiente motorista apenas dirige sem jamais participar dos assaltos e todas as suas ações de fuga sempre funcionam pois com suas habilidades de piloto consegue fugir com muita facilidade da policia e ainda despistá-los, por conhecer perfeitamente o transito da cidade em que tanto dirige.
Com fotografia impecável cujo tom remete à narrativa dos filmes noir, Drive revela-se eficiente e empolgante além de propor um interessante estudo de personagens ao explorar as nuances psicologicas dos mesmos, revelando que o herói em questão pode ter uma natureza tão sombria ou perigosa quanto seus algozes muito bem destacados nas ótimas interpreções de Ron Pearlman e Albert Brooks. E não deixa de ser surpreendente que o diretor Nicolas Refn não saiba dirigir carros e nem tenha carteira de habilitação, porém seu inegável talento para o cinema é mais do que suficiente para construir uma carreira brilhante.
EUA , 2011 - 100 minutos
Ação / Drama
Direção: Nicolas Winding Refn
Roteiro: Hossein Amini, James Sallis (livro)
Elenco: Ryan Gosling, Carey Muligan, Albert Brooks, Bryan Cranston, Ron Perlman, Oscar Isaac, Christina Hendricks
Nicolas Refn |
Drive homenageia claramente o cinema de faroeste pois o personagem principal interpretado por Ryan Gosling é o típico herói solitario ja visto tantas vezes em westerns, que parece não ter nome, envolve-se nas piores enrascadas e acaba fazendo o que é certo mesmo que seja ocasionalmente - e com direito a um palito no canto da boca, assim como os cowboys que costumam usar cigarro ou até mesmo um ramo de capim, além de "montar" em um belo carro mustang, cujo simbolo equino diz muita coisa sobre a natureza do cavaleiro solitário.
O jovem motorista que trabalha como piloto-dublê em filmes de ação no sul da California e como mecânico em uma oficina, nas horas vagas da noite costuma dirigir também para ladrões em fuga, especificamente em situações de assalto a banco ou comercios. Porém, o experiente motorista apenas dirige sem jamais participar dos assaltos e todas as suas ações de fuga sempre funcionam pois com suas habilidades de piloto consegue fugir com muita facilidade da policia e ainda despistá-los, por conhecer perfeitamente o transito da cidade em que tanto dirige.
Carey Mulligan |
Ao conhecer uma jovem mãe solteira chamada Irene, interpretada por Carey Mulligan, o duble começar a ter pequenas mudanças na rotina de sua vida, pois com a aproximação de Irene e do pequeno Benicio, o rapaz cria novos laços de amizade e a possibilidade de um relacionamento. Mas ao contrario do que poderia ser, complicações surgirão com a chegada de Standard, ex marido de Irene que saiu a pouco da prisão e é ameaçado de morte por uma quadrilha que o perseguia ainda na prisao e Standard precisa aceitar um acordo de realizar um grande assalto a uma loja para pagar uma supostra dívida para os bandidos. Um tanto comovido com a situação, o duble resolve ajudá-lo para que os bandidos deixem em paz Standard e sua familia.
Drive surpreende em todos os aspectos nesses tempos de filmagens "videoclipadas", pois Nicolas Refn emprega um estilo de edição muito calmo e tranquilo e uma narrativa muito próxima à do cinema de arte europeu, o que coloca Drive muito acima do típico filme hollywoodiano, pois aqui não há explosões e nem longos tiroteiros, mas sim poucas cenas de ação belamente filmadas com precisão e riqueza de detalhes e o emprego de trilhas musicais que produzem uma perfeita harmonia entre som e imagem, e não se pode esquecer também da ausência total de musica numa das melhores cenas de perseguição onde só se houve o som dos motores e o cantar dos pneus no asfalto, algo que lembra as melhores produções da década de setenta em Hollywood, tais como Bullit, sucesso de Steve Mcqueen e óbvia referência para este filme.
Com pouquíssimas falas o personagem de Ryan Gosling surpreende ao demonstrar uma reação violenta cada vez mais crescente a partir do momento em que sua vida está em perigo como pode ser claramente obsevardo na tomada em que seu rosto surge ensanguentado ao recuar levemente para um canto escuro de um quarto logo após ter matado um homem para se defender - a violência entra repentinamente em sua vida tornando-o parte de um jogo perigoso de vida ou morte.
Albert Brooks |
Ron Pearlman |
TRAILER
EUA , 2011 - 100 minutos
Ação / Drama
Direção: Nicolas Winding Refn
Roteiro: Hossein Amini, James Sallis (livro)
Elenco: Ryan Gosling, Carey Muligan, Albert Brooks, Bryan Cranston, Ron Perlman, Oscar Isaac, Christina Hendricks
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