KING KONG
Há 4 décadas o rei gorila dominava as telas do cinema
Após os dois clássicos de 1933, King Kong e O Filho de Kong, o gorila gigante somente renasceria na telas, quem diria, em plena década de 70, mais precisamente no ano de 1976 numa produção do agora lendário produtor Dino de Laurentis e dirigido pelo até hoje desconhecido John Guillermin. A super produção da Paramount trazia no elenco um jovem Jeff Bridges e a estonteante e linda Jéssica Lange, em seu papel de estréia no cinema. Em 1975, o Tubarão de Spielberg abocanhou as bilheterias do mundo e surpreendeu público e crítica, portanto, era muito conveniente que Hollywood investisse em mais filmes de monstros e assim nada melhor do que refilmar a estória do lendário gorila.
Nesta refilmagem, ou melhor dizendo reboot, um navio de uma companhia petrolífera chamada Petrox parte numa expedição rumo ao pacífico em busca de novos lençóis petrolíferos no que parece ser uma missão um tanto secreta. O jovem Jack Prescott, inerpretado por Jeff Bridges entra clandestinamente no navio e durante uma reunião apresenta-se dizendo ser paleontólogo causando uma certa confusão entre o comandante Fred Wilson (Charles Grodin) e equipe que inicialmente resolvem prendê-lo até que descubram se ele não é um espião e quais suas reais intenções.
Após breve investigação, o capitão aceita Prescott como convidado desde que ele aceite fotografar a expedição já que além de paleontólogo é também um experiente fotógrafo. Em alto mar surge uma agradável surpresa, a expedição encontra um bote vagando nas águas com uma linda moça inconsciente e que mais tarde após acordar, diz ser atriz e que fazia parte de uma equipe de produção de um filme e que ocorreu algum acidente durante a viagem - a moça chamada Dwan interpretada por Jéssica Lange obviamente fará par romântico com Prescott ao longo da trama.
Ao chegarem à misteriosa e desconhecida Ilha da caveira na esperança de encontrar lençóis de petróleo, inicialmente apenas encontram uma engenhosa fortaleza e descobrem ser um local habitado por uma tribo de nativos muito parecida com tribos africanas, algo que corresponde ao enredo da trama original do clássico de 1933. O contato da expedição com a tribo não chegou a ser muito hostil, exceto pelo fato de que os nativos queriam negociar uma troca entre Dwan e alguma mulher da tribo, o que obviamente é recusado pelos exploradores. Algum tempo depois os nativos resolvem captura Dwan à força, pois pretendem oferece-lá em sacrifício à um gorila gigantesco que habita a floresta da ilha, o qual eles acreditam ser um deus.
Como se pode notar, o enredo não é muito diferente do clássico dos anos 30, o qual foi refilmado em 2005 por Peter Jackson. A equipe da expedição então precisa unir forças para resgatar Dwan e saírem da ilha o mais rápido possível antes que os nativos entrem em guerra com eles. Ao descobrir a existência do gorila pré-histórico, Fred Wilson decide capturá-lo para apresentá-lo à civilização como se fosse uma espécie de atração circense e tentar fazer fortuna com isso, o que obviamente Jack Prescott não concorda, já que o animal será retirado de seu habitat natural e a tribo nativa terá uma vida descontralada, já que não terão mais o deus o qual temem.
Este King Kong de 1976 tem ótimas qualidades técnicas para a época em que foi produzido chegando a ganhar o Oscar de efeitos visuais já que apresentava uma tecnologia avançada de efeitos mecânicos que se tornaria algo frequente ao longo dos anos 80 em Hollywood - também foi indicado para os prêmios de melhor som e fotografia. Ao invés da velha técnica stop-motion, também conhecida como quadro-a-quadro, a produção utilizou um duble fantasiado de forma muito realística caminhando por entre maquetes que representavam os cenários tanto da floresta como da cidade de Nova Iorque. Também foi utilizado em poucas cenas um gigantesco boneco de Kong, o que dava um parâmetro melhor das dimensões reais do animal no contexto do filme.
Com um orçamento de 24 milhões de dólares o filme faturou em torno de 52 milhões só nas bilheterias norte-americanas, sucesso absoluto na época, e seu alto custo de produção já dava uma idéia do quão seriam cada vez mais caros os filmes de monstros ou de ficção científica dali para frente, como por exemplo a franquia Star Wars iniciada em 1977 e também Super-Man, sucesso de 1978 com Christopher Reeve. Ao que parece o rei gorila nasceu para ser não apenas o maior e mais respeitado monstro do cinema norte-americano, mas também um divisor de águas na história do cinema de tempos em tempos. (R.A.)
Nesta refilmagem, ou melhor dizendo reboot, um navio de uma companhia petrolífera chamada Petrox parte numa expedição rumo ao pacífico em busca de novos lençóis petrolíferos no que parece ser uma missão um tanto secreta. O jovem Jack Prescott, inerpretado por Jeff Bridges entra clandestinamente no navio e durante uma reunião apresenta-se dizendo ser paleontólogo causando uma certa confusão entre o comandante Fred Wilson (Charles Grodin) e equipe que inicialmente resolvem prendê-lo até que descubram se ele não é um espião e quais suas reais intenções.
Ao chegarem à misteriosa e desconhecida Ilha da caveira na esperança de encontrar lençóis de petróleo, inicialmente apenas encontram uma engenhosa fortaleza e descobrem ser um local habitado por uma tribo de nativos muito parecida com tribos africanas, algo que corresponde ao enredo da trama original do clássico de 1933. O contato da expedição com a tribo não chegou a ser muito hostil, exceto pelo fato de que os nativos queriam negociar uma troca entre Dwan e alguma mulher da tribo, o que obviamente é recusado pelos exploradores. Algum tempo depois os nativos resolvem captura Dwan à força, pois pretendem oferece-lá em sacrifício à um gorila gigantesco que habita a floresta da ilha, o qual eles acreditam ser um deus.
Este King Kong de 1976 tem ótimas qualidades técnicas para a época em que foi produzido chegando a ganhar o Oscar de efeitos visuais já que apresentava uma tecnologia avançada de efeitos mecânicos que se tornaria algo frequente ao longo dos anos 80 em Hollywood - também foi indicado para os prêmios de melhor som e fotografia. Ao invés da velha técnica stop-motion, também conhecida como quadro-a-quadro, a produção utilizou um duble fantasiado de forma muito realística caminhando por entre maquetes que representavam os cenários tanto da floresta como da cidade de Nova Iorque. Também foi utilizado em poucas cenas um gigantesco boneco de Kong, o que dava um parâmetro melhor das dimensões reais do animal no contexto do filme.
Enormes braços animatrônicos foram utilizados para simular os movimentos de Kong |
TRAILER
King Kong (1976, EUA)
Direção: John Guuilhermin
Roteiro: James Ashmore Crelman, Ruth Rose
Elenco: Jeff Bridges, Jessica Lange, Charles Grodin, John Randolph, Julius Harris