sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

retrospectiva

Falando de ação

Um olhar sobre 2009 e 2010



 Os anos de 2009 e 2010 foram bastante produtivos para o cinema físico, pois este biênio foi marcado por produções que alimentaram o cinema de entretenimento, mas que também renovaram os gêneros de ação e aventura, principalmente em termos de tecnologia, haja vista a revolução do velho recurso 3D, que depois do sucesso de Avatar, está apenas (re) começando a dar um novo formato ao cinema moderno para a próxima década do atual século. O aprimoramento na concepção de efeitos em CGI também ganhou novo fôlego, a exemplo da ousada obra de James Cameron, e também de outros filmes que utilizaram recursos digitais na elaboração de suas cenas físicas, tais como o reboot Star Trek, a adaptatação da HQ Watchmen (ambos de 2009) e o remake de Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010).

   
 Inovações de personagens clássicos também deixaram marcas positivas no cinema físico, a exemplo do detetive inglês Sherlock Holmes, encarnado com energia e bom humor por Robert Downey Junior, sob a cuidadosa lente de Guy Ritchie ou ainda a tripulação de Jornada nas Estrelas, vivida com muito entusiasmo por atores bastante talentosos e a direção magistral de J. J. Abrams, cineasta talentoso e criador do famoso seriado Lost. A recriação de personagens mitológicos ganhou novo fôlego com o turbinado remake de Fúria de Titãs, que sob a direção de Louis Leterrier rendeu ótimas cenas de ação e efeitos visuais de ponta.











 O gênero policial também rendeu uma obra de destaque sob a direção de Michael Mann e uma bela interpretação de Johnny Depp, no filme Inimigos Públicos (2009) que traz uma história de gangsters como há muito tempo não se via em Hollywood, com uma ação realista e belamente coreografada pelo olhar de Mann. E ação não falta no trhiller que marca o retorno de Mel Gibson – O Fim da Escuridão (Edge of Darkness), sob a competente direção de Martin Campbel e a interpretação cada vez melhor de Gibson. Em clima de nostalgia, o cinema da década de oitenta ganhou uma divertida e explosiva releitura sob a ótica bacana de Stallone, que reúne um time truculento de veteranos para compor o elenco de Os Mercenários (The Expendables, 2010) - o cineasta Robert Rodrigues conseguiu fazer algo semelhante em seu curioso filme Machete (2010), ao reunir o mais estranho elenco para um filme de ação, Robert DeNiro, Steven Seagal, Jessica Alba, Michele Rodrigues e o mexicano Danny Trejo como protagonista. E o clima de nostalgia ganha mais fôlego com a explosiva adaptação de Esquadrão Classe A para o cinema, série de TV oitentista de grande sucesso, provavelmente o filme de ação mais divertido deste ano.
 















 Velhos conceitos se renovaram em filmes muito interessantes que infelizmente foram pouco valorizados, tais como o britânico Harry Brown (2009), com Michael Caine na pele de um velho justiceiro que portando uma pistola, tenta limpar as ruas de sua cidade infestada por traficantes e delinqüentes em uma obra que pode ser considerada uma leitura moderna de Desejo de Matar. O futuro imaginado em Mad Max, ganha um reforço com O Livro de Eli, interpretado por Denzel Washington como um justiceiro solitário que carrega uma bíblia (o último exemplar disponível no mundo) e a participação de Gary Oldman no papel do vilão que quer se apossar da bíblia para dominar a população de uma pequena cidade com argumentos religiosos – a ação deste filme bem como a ambientação, o tornam uma espécie de “faroeste” moderno ou futurista, pois pode-se notar claras referências ao gênero western nos tiroteios e na concepção dos personagens – e o western propriamente dito, embora não consiga se reerguer no cinema atual, continua rendendo ótimas produções como o divertido Jonah Hex, adaptação dos quadrinhos da DC comics com Josh Brolin, John Malcovich e Megan Fox.


 Artes marciais também marcaram presença em boas produções que também são pouco lembradas, como o brasileiro Besouro (2009), filme que conta a história do maior capoeirista de todos os tempos e que viveu na época da escravidão no Brasil. O filme traz toda a riqueza da capoeira bem como o folclore afro-brasileiro nesta obra autêntica e surpreendente do cinema nacional. Do outro lado mundo, este ano o cinema chinês produziu dois filmes muito interessantes para narrar a biografia de Yip Man, lendário mestre de Kung-Fu que defendeu bravamente a população chinesa contra a invasão dos japoneses na década de 1930 e que no restante do mundo ficou conhecido por treinar o mito Bruce Lee - O Grande Mestre I e II.

 












  A ficção científica deu novos contornos ao cinema de ação e os efeitos visuais alcançaram um nível extremo de realismo em um filme produzido por Peter Jackson, Distrito 9 (District 9, 2009)- filme politizado com elementos de sci-fi que narra uma história de invasão alienígena na África do Sul e um confronto entre humanos e aliens concebido de forma surpreendente e ação realista nesta co-produção entre Nova Zelândia e África do Sul. Em 2010, Hollywood decide dar continuidade à franquia Predador, e o resultado foi Predadores (Predators), com produção de Robert Rodriguez e um elenco bem conhecido, Adrien Brody como protagonista e Alice Braga, Danny Trejo e Laurence Fishburne como coadjuvantes numa caçada sem tréguas nas florestas de um planeta desconhecido.

 











 Como pode-se notar, os dois últimos anos foram prolíficos para o cinema físico tanto em termos de tecnologia quanto de idéias, algo que pode definir novos rumos para a próxima década e quem sabe, estimular os novos roteiristas na concepção de idéias que possam ajudar o cinema físico a renovar-se com mais criatividade. Com base nos filmes àcima citados, o cinema de ação e aventura esta cada vez melhor. E que venha 2011, com punhos erguidos, bala na agulha, muita diversão e bom humor:)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

clássico

Lutador de rua – um sucesso nocauteante dos "Tempos Difíceis"

 O cinema de ação da década de 1970 do século XX foi bastante produtivo e rendeu filmes importantes além de divertidos, sendo uma época bastante prolífica para o gênero de ação e o cinema em geral, pois a década setentista é considerada a segunda era de ouro da história do cinema. E nesta época, agora tão saudosa e nostálgica, brilhava nas telas um homem de aparência um tanto simples, mas de uma rudeza peculiar e um espírito indomável, que incendiava as telas do cinema físico. Seu nome era Charles Bronson. O artista que se tornou lenda tendo feito uma sólida carreira no cinema europeu e posteriormente retornou para Hollywood, no intuito de melhorar seus ganhos e alcançar reconhecimento em seu país natal, acabou por se tornar um astro de filmes de ação em gêneros variados, do faroeste a filmes policiais, Bronson alcançou fama de durão em meio a tiros e socos em muitas aventuras que bem definiram o cinema setentista.
  No ano de 1974, aos 54 anos de idade demonstrando pleno vigor, Bronson estrelava um dos seus melhores filmes, tanto em termos de produção como também de roteiro. Lutador de Rua (Hard Times) é uma história de época e sua ambientação é a emblemática década de 1930, nos anos que se seguiram logo após a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, período de recessão econômica na América do Norte que afetou seriamente a economia mundial. O filme dirigido pelo então estreante Walter Hill, traz em seu enredo, pessoas comuns tentando sobreviver em meio à depressão social, e para isto fazem o que sabem de melhor – no caso de Chaney, personagem de Bronson que viaja solitariamente buscando um norte para sua vida, ele utiliza a força de seus punhos, duros como pedra para nocautear seus adversários em lutas clandestinas a troco de um bom dinheiro.

Chaney se preparando para a luta
Chaney em combate
  




James Coburn como Speed

   Ao chegar em uma quieta e quase solitária Nova Orleans, Chaney conhece “Speedy” Weed, interpretado por James Coburn, um pequeno apostador que financia lutas clandestinas que geram muito dinheiro, pois atrai várias pessoas influentes que apostam nos lutadores que se confrontam em lugares improvisados e praticamente não seguem regras.
  Em suas andanças pelos bares da cidade, Chaney encontra alguém que como ele, sobrevive fazendo o que sabe de melhor. Lucy Simpson, uma bela prostituta, torna-se interesse romântico do lutador e os dois passam a se ver ocasionalmente, ora nos bares, ora na casa dela. Mas Lucy, interpretada por Jil Ireland, esposa de Bronson na vida real, parece não ter força o suficiente para “nocautear” o coração de Chaney, que se limita a vê-la poucas vezes, especialmente quando necessita de uma companhia feminina, o que deixa Lucy pouco satisfeita e um tanto frustrada, pois ela parece esperar uma atitude mais profunda do lutador de rua.

Jil Ireland como Lucy Simpson

Chaney e Lucy


  Bronson faz uma atuação segura e confiante, exibindo seu físico notável e demonstrando autoconfiança nas coreografias das lutas. Ele convence facilmente o público e também a critica especializada em cinema, de que é o valente lutador que trava duros combates nos Tempos Dificeis (Hard Times) sugeridos pelo titulo original do filme – título perfeitamente adequado à proposta do roteiro e mais expressivo do que o título que o filme teria originalmente, The Street Fighter. O nome teve de ser mudado, pois antes da estrear nas telas, um filme asiático de mesmo nome já estava sendo exibido nos cinemas norte-americanos, estrelado por Sony Chiba, astro de ação do cinema japonês.

Cartaz original


Catrtaz original





O combate mais difícil




A última luta



  






  Hard Times é um eficiente drama/ação de época e a exemplo dele vieram outros filmes de temática semelhante, contando a história de um homem aparentemente comum, mas dotado de grande força física e notável habilidade, bem como  de uma imensa “força interior” capaz de enfrentar e vencer qualquer adversário, fosse ele humano ou figurativo, como no caso de Lutador de Rua, o maior de todos os adversários é a depressão econômica dos Estados Unidos. Entre os sucessos posteriores e com ele parecidos, pode-se destacar Rocky – Um lutador (Rocky) de 1976, O Campeão (The Champ) de 1979, A Luta pela esperança (Cinderella Man) de 2005 e vários outros. Enfim, a melhor definição de Hard Times, coube ao elogio da revista Time – uma “forte, enxuta, meticulosa e pequena parábola sobre coragem e honra”.

veja o trailer


Lutador de Rua
título original: (Hard Times)


lançamento: 1975 (EUA)
direção:Walter Hill

atores:Charles Bronson, James Coburn, Jill Ireland, Strother Martin.
duração: 97 min
gênero: Drama












sábado, 13 de novembro de 2010

aventura épica

A ação mitológica de Fúria de Titãs


 Os filmes épicos voltaram a se destacar em Hollywood após a virada de século. Ao que parece, produtores e cineastas em geral, resolveram resgatar um gênero que ja dominou a sétima arte no século passado e agora o cinema vem produzindo constantemente filmes épicos dos mais variados estilos. Com o sucesso de Gladiador e o Senhor dos Anéis, os estúdios apostam cada vez mais neste tipo de produção que normalmente agrada o público que  frequenta o cinema.
  Fúria deTitãs, trata-se de uma refilmagem ou uma releitura de uma história composta de elementos fantásticos da mitologia grega - os deuses do Olimpo debatem a mais importante decisão: o que fazer com os seres humanos, pois estes já não tem tanta fé nas divindades como outrora já tiveram. Zeus, pai dos deuses e o pai maior da humanidade decide que chegou a hora de castigá-los de uma forma definitiva nem que isso implique na destruição dos humanos.
  Em meio a algumas divergencias, Zeus interpretado por Liam Neeson, recebe a visita de Hades, o deus do inferno, e o autoriza a atacar os humanos para intimidá-los e dar-lhes uma mensagem de que o fim pode estar próximo, devido à  vida soberba e vazia que os homens estão vivendo. Anteriormente, Hades realizara um ataque a um grupo de soldados em uma praia, quando então, o jovem Perseu tenta em vão salvar seu pai adotivo, que morre afogado nas profundezas do mar, pois os pescadores estavam próximos ao ataque.

Hades e Zeus
 Hades, vivido po Ralph Fiennes, cumpre o pedido de Zeus com grande eficiência, afinal ao contrário dos outros deuses, ele se alimenta do medo que os seres humanos sentem. O deus do inferno, com seus poderes oriundos das trevas, espalha o terror  numa corte de reis tomada por arrogância e prepotência. Hades exige que os humanos voltem a adorar os deuses sob a ameaça de serem extintos pelo Kraken, um demonio que habita as profundezas do oceano e que será liberto dentro de poucos dias para destruir o arrogante reino de Argos. 

A corte: o rei da cidade de Argos, à esquerda a rainha Cassiopéia
e à direita a princesa Andrômeda
 Perseu, que havia sido capturado por soldados, presenciou o ataque à corte, reconheceu a presença de Hades e o atacou na esperança de vingar seu pai e milagrosamente sobrevive à investida do deus das trevas. Perseu é na verdade um semideus, filho de Zeus com uma humana, foi rejeitado pelo pai, que era um rei e não aceitava um filho que não fosse dele, jogou a criança no mar, que posteriormente fora encontrada por pescadores. 
 Tendo ciência do apocalipse que se aproxima, e sendo reconhecido pela corte como um homem incomum, Perseu aceita partir em uma expedição junto à uma milícia de bravos guerreiros a fim de encontrar uma arma que possa derrotar Kraken e impedir a destruição dos humanos. 

A expedição parte para a jornada para caçar a Medusa

Calibos, arquiinimigo de Perseu
 A ação se desenrola em um ritmo envolvente e alucinante, pois os guerreiros enfretam grandes perigos pela jornada - desde escorpiões gigantes até as investidas de Calibos, filho de uma deusa e renegado por Zeus como um bastardo, Calibos pretende vingar-se de Zeus matando Perseu. O filme conta com combates belamente coreografados mesclando-se à poderes magicos num espetáculo de efeitos visuais e sonoros resultando num filme de "ação sobrenatural", graças aos milagres proporcionados pela computação grafíca atual. A bela fotografia que compõe o visual da produção teve locações nas Ilhas Canárias e nos país de Gales.

Confira um making off da produção

  
  Visando o público que gosta de épicos históricos e de fantasia, o diretor Louis Leterrier, que dirigira filmes espetaculares como a franquia Carga ExplosivaO Íncrivel Hulk, não poupou dinheiro na concepção de arte de Fúria de Titãs, que conta com criaturas fantásticas como a Medusa ou o Kraken, concebidas em CGI, tendo como base de inspiração, as obras de Ray Harryhausen, maior técnico de efeitos visuais da história do cinema, famoso por sua infinita criatividade em filmes como Simbad e a princesa (The Sevent  Voyage of Sinbad,1958), A nova viagem de Sinbad (Thr Golden Voyage of Sinbad, 1973), Simbad e o Olho do Tigre (Sinbad and the Eye of the Tiger, 1977),  e também o Fúria de Titãs original (Clash of the Titans, 1981).

Ray Harryhausen durante a produção
do Fúria de Titãs original, de 1981



Concepção de arte do Kraken moderno


Leterrier orientando os atores Liam Neeson e Sam Worthington

  Para agradar ao público masculino, além da ação espetacular desta aventura épica, vale destacar a presença de duas beldades, Alexia Davalos, que interpreta a princesa Andrômeda, herdeira do trono de Argos e que será oferecida em sacríficio ao monstro Kraken, para que a cidade não seja destruída. A atriz Gemma Arterton marca presença no papel da deusa Io, que é uma espécie de guia espiritual de Perseu e torna-se o interesse romântico do herói.    

Deusa Io
  
Princesa Andrômeda
 Contudo, devido a ambição dos produtores, o filme perdeu boa parte de seu brilho ao  ser exibido nos cinemas em uma versão 3-D, convertida após todas as filmagens terem sido feitas do modo convencional, em 2-D. O 3-D aqui é totalmente dispensável, já que não funciona de um modo realmente convincente como por exemplo em Avatar, a obra de James Cameron.
  A despeito de algumas fracas atuações, em comparação aos demais filmes épicos, Fúria de Titãs é uma diversão garantida para o público que busca um filme de ação fantástico. Resta aguardar a anunciada sequencia, que trará outros atores e novos desdobramentos para uma saga mitológica.

O Clássico de 1981

 Para muitos fãs de cinema épico, Fúria de Titãs não é uma novidade, pois em 1981 Hollywood realizou a primeira versão desta obra do cinema fantástico. O filme dirigido pelo desconhecido Desmond Davis, contou com um elenco de peso, como britânico Laurence Olivier no papel de Zeus, Ursula Andress, no papel da deusa Afrodite, o americano Burgess Meredith interpretando um ator teatral, os desconhecidos Harry Hamlin como Perseu e Judi Bowker no papel de Andrômeda, além da presença do mestre Ray Harryhausen, na concepção dos efeitos visuais.
  

Harry Hamlin como Perseu
    

Judi Bowker como Andrômeda


Ursula Andress como Afrodite

Burgess Meredith
         

Laurence Olivier como Zeus
   O clássico é mais rico em sua composição de personagens, que são mais bem elaborados e desenvolvidos pelos atores àcima citados. Do ponto de vista cinematográfico, o roteiro é melhor construído contando com mais detalhes e cenários diferentes que lembram  muito a Grécia antiga.  
 Neste filme, Perseu recebe de Zeus armas para enfrentar os perigos da jornada: uma espada, um escudo e uma capa que o torna invisível, além de receber o auxílio de uma simpática coruja mecânica chamada Bubo, presente de uma deusa. O lendário cavalo Pégasu no qual Perseu "cavalga" pelos ares, também pode ser visto aqui e ao contrário do que é mostrado no filme de Leterrier, o cavalo é branco. Outra criatura diferente que aparece nesta obra é o cão de duas cabeças Dióskilos, um animal bastante bizarro.   
A coruja Bubo

O cão Dióskilos


 

O cavalo Pegasu da nova versão
  

o Pégasu branco do filme original



  O vilão Calibos, filho da deusa Thetis, é interpretado pelo ator Neal McCarthy que torna-se irreconhecível debaixo de uma fantástica maquiagem que o transforma numa criatura horrenda, semelhante a um demonio. Calibos tem muito mais destaque neste filme, pois sua presença maléfica pontua os melhores momentos da trama e a ótima atuação de McCarthy com suas fortes expressões faciais, o torna um dos grandes vilões do "cinema de fantasia".
  


Calibus

Neal McCarthy


 O técnico de efeitos visuais, Ray Harryhausen, encantou o mundo com seus bonecos que compunham personagens mitológicos que habitam o imaginário popular há séculos, utilizando-se da técnica stop-motion (animação quadro-a- quadro) para animá-los e fazê-los parecerem reais aos olhos do público. Para o filme Fúria de Titãs, Harryhausen criou bonecos para todos as criaturas do roteiro, inclusive Calibos que quando é mostrado de corpo inteiro, trata-se de um boneco animado e até ostenta uma cauda que se movimenta. A Medusa também resultou em um ótimo trabalho numa cena de suspense extremamente tensa que pontua um dos melhores momentos do filme, quando ela confronta Perseu. O Kraken, igualmente impressionante é mostrado em toda sua imponência durante os momentos finais.

Ray Harryhausen e seus bonecos


Medusa

Kraken surge das águas




  Fúria de Titãs é uma das maiores obras do cinema fantástico, como pode ser comprovado no clássico de 1981. Nada melhor que finalizar esta resenha com as palavras do mestre Ray Harryhausen que sabiamente diz "o cinema é para a fantasia e não para histórias comuns, mundanas. Ele nos deixa... maravilhados, por exemplo. Ele estimula nossa imaginação".   



 veja os trailers






Fichas Técnicas

título original: (Clash of the Titans)

lançamento: 2010 (EUA, Reino Unido)

direção:Louis Leterrier

atores:Sam Worthington, Ralph Fiennes, Liam Neeson, Gemma Arterton.

duração: 118 min
gênero: Épico



Clash of the Titans, 1981

Direção: Desmond Davis

Roteiro: Beverley Cross
Gênero: Aventura/Fantasia

Origem: Reino Unido

Duração: 118 minutos