terça-feira, 19 de janeiro de 2010

James Bond

CASINO ROYALE
"Permissão para o sucesso"

 O século XXI que está apenas começando e apesar da primeira década já estar próxima do fim, iniciou de forma explosiva com grandes filmes de ação e aventura atendendo ao gosto do público que persiste em ir ao cinema em busca de fortes emoções nas telas gigantes, a despeito da Era Digital que já é uma plena realidade.
 E como já se tornou tradição no cinema mundial, franquias antigas se renovam e se adaptam ao mundo atual, com toda a evolução e novos conceitos necessários para reformular personagens clássicos habitam a imaginação dos mais ardorosos fãs do cinema de ação.
  Desse modo, em 2006, o agente secreto 007 retornou às telas mundiais sob um novo conceito de se fazer ação - a franquia que estava parada há quatro anos, voltou com nova produção, desta vez dando a prioridade a diretores mais talentosos para melhor adaptar o agente britânico ao mundo atual.

 O diretor escolhido para reiniciar a franquia é  Martin Campbel, que já havia reiniciado a franquia 007 em 1995 com o super sucesso 007 Contra Goldeneye - e também ressucitou outro herói clássico alguns anos atrás com dois filmes muito bem sucedidos - A Máscara do Zorro e A Lenda do Zorro. Cabia então a Campbel a missão de recriar James Bond.

 Pela primeira vez a origem de Bond seria contada (ou criada) nas telas de cinema, o que não é uma tarefa fácil em se tratando de um personagem que está enraizado há decadas na mente de um público que talvez nunca tenha questionado suas origens - quem foi James Bond antes de se tornar um agente secreto? Ou quem é realmente o homem James Bond?                  

  O personagem  que se apresenta como uma sombra nos créditos de abertura, aos poucos é apresentado ao público em meio a uma névoa de mistério, reviravoltas, trapaças e jogadas mortais, como reza toda trama de espionagem - e o escolhido para criar este novo Bond é um ator inglês com um porte físico atlético e expressões rudes, Daniel Craig. Por não ser o tipo de galã padronizado pela franquia, Craig sofreu críticas totalmente arbítrárias dos tablóides ingleses e até dos fãs mais puritanos da série. Porém Craig provou ser tão competente quanto Pierce Brosnan ou qualquer outro ator e os mesmos jornais que o criticaram renderam elogios ao seu talento após a estreia do filme, chegando até mesmo a compará-lo a Sean Connery. 
 O que provavelmente os jornalistas e os fãs não entenderam inicialmente, é que para contar a origem de um personagem tão especial, seria necessário um ator que apresentasse características rudes: frieza e brutalidade. E é perfeitamente possível notar isso logo numa das cenas iniciais, quando Bond com muita dificuldade mata um criminoso dentro de um banheiro público, o que denota sua pouca experiência em missões de assassinato. E também a dificuldade que ele teve ao capturar um espião em Madagascar, culminando numa desastrosa explosão na sede da Embaixada. Em outras palavras, James Bond era um diamante bruto a ser lapidado.
 Casino Royale tornou-se um sucesso estrondoso, mais do que 007 Contra Goldeneye que ja fora o filme mais rentável da série. O realismo da ação de Casino não deixa nada a desejar aos melhores filmes de ação de Hollywood e os ferimentos que Bond sofre ao longo do filme o tornam um personagem bastante humano, distanciando-o da figura clássica imortalizada na franquia anterior. E Bond é humano em todos os sentidos, tanto em seu temperamento explosivo diante do perigo, quanto em suas relações interpessoais. E como não poderia faltar, seu senso de humor ironico e um tanto ácido caracterizado na série classica também está presente na interpretação de Daniel Craig, o que lhe proporciona maior empatia com o público.
  E como todo ser humano que se preza, Bond também é capaz de amar, de modo que o herói ao longo da trama, passa a cultivar uma paixão pela parceira de espionagem conhecida apenas pelo codinome Vesper Lynd interpretada pela atriz Eva Green. Uma paixão que surge entre ambos e  pontua momentos românticos e emocionantes ao longo da trama. E como não se emocionar, especialmente, com a cena em que Bond consola Vesper sentando-se ao lado dela embaixo de um chuveiro quando ele a vê chorando  traumatizada por ter presenciado uma morte brutal alguns momentos antes. O cuidado e a atenção que Bond tem por ela pontua momentos de grande emoção numa história que a princípio é lembrada apenas por momentos de violência e brutalidade - quando a missão aparentemente termina, o clima amoroso que se intensifica  entre o casal de espiões chega a acrescentar novas nuances à trama culminando em um romance que torna o filme bem mais envolvente - e  que certamente agradou bastante o público feminino.


 Contudo, Casino Royale não é só uma trama de ação e romance. Pois James Bond precisa entrar no Casino para participar de altas apostas em jogadas de poker - e quando ele se depara com o vilão Le Chiffre, a cada jogada a tensão aumenta e as apostas sobem num ritmo desenfreado e então, o suspense domina o jogo de cartas em meio a lances inesperados, trapaças e reviravoltas que colocam em risco a vida de seus poderosos jogadores. A vitória de Bond é fundamental para a paz mundial, pois Le Chiffre é um banqueiro que financia terroristas no mundo inteiro ganhando altas apostas no famoso Casino Royale - um terrível desafio para o agente britânico já que esta é sua primeira grande missão, o que lhe exigirá todo o seu potencial para resisitir às investidas perversas de Le Chiffre. 

 A sofisticação continua ao lado do agente mas agora ao invés de equipamentos mirabolantes que faziam Bond parecer personagem de histórias em quadrinhos, ele tem apenas seu potente veículo Aston Martin, modelo DBS totalmente equipado com a mais alta tecnologia e todos os recursos bélicos necessários para enfrentar suas missões.  E desta vez ao invés de utilizar a tradicional pistola Walter PPK, imortalizada nos filmes anteriores, ele utiliza uma moderna pistola com silenciador, além de demonstrar muita eficiência em artes marciais, o que o torna um agente letal mesmo se estiver desarmado.


 Em um mundo já totalmente distanciado da Guerra Fria, 007 ressurge no século XXI resgatando sua antiga legião de fãs e conquistando novos adeptos que buscam aventuras mais condizentes com o moderno cinema de ação a exemplo da franquia Jason Bourne, que também é uma série de espionagem, e vários outros filmes similares. O perfil político caracterizado pela franquia anterior em virtude da Guerra Fria, já não é visto aqui, apesar de Bond ainda servir aos interesses da Inglaterra no combate a terroristas que ainda são uma ameaça à paz mundial. Contudo, a nova franquia daqui em diante será cada vez mais focada na ação e na busca de novos enredos para que James Bond permaneça como o maior agente secreto da história do cinema.

veja o trailer


007 - Cassino Royale
titulo original: (Casino Royale)
lançamento: 2006 (República Tcheca) (EUA) (Inglaterra)
direção: Martin Campbell
atores: Daniel Craig , Eva Green , Mads Mikkelsen , Judi Dench , Caterina Murino
duração: 144 min
gênero: Aventura






quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

notas

MELHORES FILMES DE 2009

Como reza a tradição de todos os site e blogs de cinema da net, o Action Club também vai elaborar sua lista de melhores filmes do ano. Mas por incrível que pareça o Action Club não vai priorizar filmes de ação, embora alguns aparecerão na lista, contudo o objetivo maior desta lista é reconhecer a qualidade artística de obras do cinema em geral.


1 - Star Trek
Simplesmente o melhor reinicio de franquia. Faz uma ponte perfeita entre a série clássica e o momento atual. E para nossa alegria é uma aventura turbinada com muita ação e suspense.


 2 - Deixe Ela entrar

Uma belíssima história de amizade entre um menino e uma vampira, ambos adolescentes. Uma obra carregada de simbolismos que traçam uma metáfora de transição entre o fim da infância e o início da adolescencia - e tudo com muito horror e suspense. Enfim, a mais bela história sombria de amor e amizade - tudo o que Crepúsculo não consegue ser.


3 - Avatar


A era digital atinge seu ápice nesta obra monumental comandada pelo sempre surpreendente cineasta James Cameron. Neste universo, os efeitos visuais digitais atingem a perfeição e a revolução da tecnologia 3-D tem seu glorioso (re) início.



4- Bastardos Inglórios
Simplesmente o filme de guerra mais divertido do cinema moderno e sem dúvida a obra pirma de Quentin Tarantino. E tudo recheado com muita ação e humor irônico, é claro.




5 - Inimigos Públicos
Mais uma obra prima de Michael Mann, o mestre do cinema policial desta vez trazendo Jhonny Depp à sua melhor performance para contar a história de John Dillinger, o mais         carismático ladrão de bancos dos Estados Unidos da década de 30.




6 - Arraste-me para o inferno
O retorno trinufal de Sam Raimi àquilo que ele sabe fazer de melhor: horror explícito recheado com muito humor negro.




7 - Watchmen
A consolidação de Zack Snyder como um dos diretores que melhor entende a linguagem das histórias em quadrinhos e a transição dessa linguagem paras telas de cinema.




8 - Coraline e o mundo secreto
Possivelmente a mais sombria história infantil da literatura moderna. O grande escritor Neil Gaiman não deixa dúvidas de que é possível contar histórias de horror para crianças e o diretor Henry Selick comprova isso nas telas de cinema.




9 - Gran Torino
Emocionante despedida do maior astro (vivo) de ação de Hollywood - Clint Eastwood faz sua última atuação encarnando um personagem velho e durão em um drama tocante que encerra sua carreira de ator, pois como ja vem ocorrendo há algum tempo, o velho Clint vai dedicar-se apenas à direção de suas obras.




10 - Pressagio
Em meio a tantos filmes que falam sobre o fim do mundo, Pressagio revela-se uma grande surpresa. Com uma idéia ousada e uma história de tirar o folego, o diretor Alex Proyas consegue tornar possível o fim dos tempos, sempre temido pela humanidade.




11 - Arn - O cavaleiro templario
Filme desconhecido, esta produção sueca lançada diretamente em dvd narra a história de Arn, guerreiro templário aclamado como herói por ter travado e vencido batalhas que tornaram a Suécia uma grande nação.