Tiros + Explosões + Confrontos = Fortes Emoções. Basicamente essa é a formula de sucesso para os filmes de ação. Imagens fortes e efeitos sonoros de impacto que levam o público ao delírio absoluto nas salas de projeção.
A década de 80 provavelmente foi a mais produtiva e rentável para o cinema de ação, pois foi nessa época que o gênero tornou-se mais dinâmico, com produções dos mais variados tipos e o surgimento de novos estilos de ação que perduram até os dias atuais.
O cinema físico sempre esteve em evidência no cenario mundial nas décadas anteriores - os filmes de faroeste que atravessaram boa parte do século XX, desde a década de 30 até o início dos anos 80. Filmes policiais tiveram bastante destaque, especialmente na década de 1970. Vale lembrar também os filmes do agente secreto 007 nas décadas de 60, 70 e 80.
Contudo, o cinema de ação como conhecemos hoje, teve seus moldes na década de 80. Para fixar um ponto de partida, basta fazer uma "viagem no tempo", precisamente ao ano de 1982, quando estreou nos cinemas norte-americanos o filme que modernizou o gênero de ação: Rambo - Programado Para Matar (First Blood). Rambo é o precursor dos filmes de ação modernos e modelo de herói que habita o imaginário dos mais ardorosos fãs do gênero. A partir dele surgiram personagens cada vez mais brutais e habilidosos, verdadeiras máquinas de combate, guerreiros destemidos e quase ilimitados. O sucesso ilimitado de Rambo, rendeu mais duas sequencias, também de muito sucesso, dando ao herói um perfil mais sofisticado em relação ao primeiro filme - o personagem passou a vestir apenas uma calça militar, sem a camisa e exibindo seus músculos, na cintura a tradicional faca de caça e uma faixa de pano vermelha, amarrada na testa, o que praticamente tornou-se um símbolo para os fãs de Stallone.
Até então, o imaginário popular estava mais acostumado às figuras do cowboy ou do policial durão, portanto, Rambo veio acrescentar algo a mais na galeria de heróis admirados pelo público - corpo malhado, cabelos volumosos, quase compridos, habilidade em lutas e domínio em armas de fogo e armas brancas, além de habilidades de rastreador, enfim um herói completo e implacável. Logo depois surgiram outros heróis de guerra não tão expressivos quanto Rambo mas igualmente eficientes: Braddock, interpretado por Chuck Norris, que muitos consideraram um rival de Rambo. Schwarzenegger mais conhecido por sua atuação em Conan, o Barbaro, também atuou como herói de guerra nos filmes Comando para matar e Predador, além de vários outros personagens que o tornaram o maior astro de ação da década.
Na metade da década surge Jean Claude Van Damme que viria a se tornar o maior ídolo de filmes de luta na década de 90. Nos anos 80 porém, Chuck Norris dominava as cenas de lutas marciais em filmes que variavam entre ação, policial e aventura. Dolph Lundgren também surgiu na década de 80 e a exemplo de Norris, também protagonizou vários estilos do gênero - estreou como coadjuvante em 007 Na Mira dos Assassinos, posteriormente atuou com Stallone em Rock IV e foi se tornando aos poucos conhecido até chegar ao estrelato. Próximo do final da década de 80, surge Steven Seagal, que estreou em um cult-movie - Nico, Acima da Lei - que definira sua carreira de astro na década seguinte.
Contudo, o cinema de ação como conhecemos hoje, teve seus moldes na década de 80. Para fixar um ponto de partida, basta fazer uma "viagem no tempo", precisamente ao ano de 1982, quando estreou nos cinemas norte-americanos o filme que modernizou o gênero de ação: Rambo - Programado Para Matar (First Blood). Rambo é o precursor dos filmes de ação modernos e modelo de herói que habita o imaginário dos mais ardorosos fãs do gênero. A partir dele surgiram personagens cada vez mais brutais e habilidosos, verdadeiras máquinas de combate, guerreiros destemidos e quase ilimitados. O sucesso ilimitado de Rambo, rendeu mais duas sequencias, também de muito sucesso, dando ao herói um perfil mais sofisticado em relação ao primeiro filme - o personagem passou a vestir apenas uma calça militar, sem a camisa e exibindo seus músculos, na cintura a tradicional faca de caça e uma faixa de pano vermelha, amarrada na testa, o que praticamente tornou-se um símbolo para os fãs de Stallone.
Até então, o imaginário popular estava mais acostumado às figuras do cowboy ou do policial durão, portanto, Rambo veio acrescentar algo a mais na galeria de heróis admirados pelo público - corpo malhado, cabelos volumosos, quase compridos, habilidade em lutas e domínio em armas de fogo e armas brancas, além de habilidades de rastreador, enfim um herói completo e implacável. Logo depois surgiram outros heróis de guerra não tão expressivos quanto Rambo mas igualmente eficientes: Braddock, interpretado por Chuck Norris, que muitos consideraram um rival de Rambo. Schwarzenegger mais conhecido por sua atuação em Conan, o Barbaro, também atuou como herói de guerra nos filmes Comando para matar e Predador, além de vários outros personagens que o tornaram o maior astro de ação da década.
Na metade da década surge Jean Claude Van Damme que viria a se tornar o maior ídolo de filmes de luta na década de 90. Nos anos 80 porém, Chuck Norris dominava as cenas de lutas marciais em filmes que variavam entre ação, policial e aventura. Dolph Lundgren também surgiu na década de 80 e a exemplo de Norris, também protagonizou vários estilos do gênero - estreou como coadjuvante em 007 Na Mira dos Assassinos, posteriormente atuou com Stallone em Rock IV e foi se tornando aos poucos conhecido até chegar ao estrelato. Próximo do final da década de 80, surge Steven Seagal, que estreou em um cult-movie - Nico, Acima da Lei - que definira sua carreira de astro na década seguinte.
Ação em dose dupla
Dentre as várias tendências que marcaram o gênero de ação oitentista, é imprescindível lembrar-se de uma fórmula que contribuiu imensamente para a popularização do gênero: dupla de heróis. A idéia de dois protagonistas trabalhando juntos em uma mesma aventura, combatendo o crime, enfrentando os mesmos perigos e dividindo as mesmas emoções foi algo bastante inovador e ainda é nos dias atuais. Dois heróis de personalidades diferentes, gostos diferentes uniam-se por terem algo em comum - socar vilões, fuzilar quadrilhas criminosas e até mesmo salvar mocinhas indefesas.
A idéia funcionou muito bem e originou um novo desdobramento no gênero, as famosas tiradas de humor - e filmes como Máquina Mortífera 1 e 2, Tango e Cash - Os Vingadores e Inferno Vermelho foram muito bem sucedidos graças à química de seus protagonistas que alternavam momentos de muita ação com situações hilárias e até descomcertantes, o que ajudou a amenizar o clima de tensão e violência próprio do gênero de ação e atraiu novos públicos, ou seja pessoas que não apreciavam o cinema físico.
Ao longo da história do cinema, muitos filmes invadiram o imaginário popular e perpetuaram-se como obras imortais que normalmente são chamados de clássicos. Produções que trouxeram novos conceitos, inovaram o cinema físico e imortalizaram-se como referências para o futuro do gênero de ação. A década de 1980 teve uma larga escala de produções que verdadeiramente enriqueceram o cinema mundial.
Foi nessa década que surgiu Indiana Jones, grande herói aventureiro que logo na estréia tornou-se um cult imortal com sua aventura de estréia Os Caçadores da Arca Perdida, filme super campeão de bilheteria que surpreendemente foi indicado para oscar de melhor filme, consolidando Steven Spielberg como um dos maiores diretores da história do cinema, deixando sua marca registrada também nos gêneros de ação e aventura, bem como o astro Harrsion Ford. Mais duas sequencias foram produzidas ainda na década de oitenta - Indiana Jones e o Templo da Perdição e Indiana Jones e a Última Cruzada - uma trilogia de grande sucesso que formou uma imensa legião de fãs no mundo inteiro e ainda rendeu uma quarta sequência em 2008, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, também de grande sucesso e um certo clima de nostalgia.
Um outro cult de grande sucesso que também rendeu uma famosa trilogia foi o já clássico Mad Max,de 1979, que ao retratar um futuro apocalíptico, chamou a atenção do público e da crítica para velhas questões existenciais tão popularmente conhecidas como Onde estamos e Para onde Vamos, bem como a questão do esgotamento das reservas de petróleo no planeta, conforme foi mostrado na sequência Mad Max II - valendo lembrar também que essa famosa saga alçou a carreira de Mel Gibson ao estrelato definitivo, sendo posteriormente reconhecido como um superastro, além de ser um ator versátil.
O diretor John Carpenter, mais conhecido por dirigir filmes de horror e suspense, chegou a transitar em filmes de ação, e em 1981, trannsformou o ator Kurt Russel num inusitado "anti"-herói num filme de orçamento modesto - Fuga de Nova York, que hoje é lembrado como um cult que chegou a ter uma hilária sequencia no final da década de 90.
Elementos de ficção científica serviram de base para alguns dos melhores filmes estrelados por Arnold Schwarzenegger - o já clássico Exterminador do Futuro (1984), e o interessante Predador, de 1987, ambos ganharam sequencias na década seguinte e Predador uma nova franquia na década de 2000. Schwarzenegger contribuiu muito para o gênero épico estrelando dois filmes do herói de histórias em quadrinhos, Conan - O Bárbaro e Conan - O Destruidor.
O lutador Chuck Norris deixou sua "marca" nos anos 80 com pelo menos quatro filmes de sucesso - o rival de Rambo, general Braddock, combatente da guerra do Vietnã estrelou uma trilogia que também conquistou o público. E um thriller de ação e suspense, Comando Delta, que na década seguinte teve uma interessante sequência.
Próximo do final da década, em 1987 estreou Robocop - O Policial do Futuro, surpreendente visão futurista, onde um policial cibernético combate o crime organizado em uma sociedade totalmente mergulhada em caos e violência. Em 1988, Bruce Willis estrela o explosivo Duro de Matar, onde interpreta o agente John Mclanne, que enfrenta terroristas que sequestram um grupo de civis em um prédio - resultando num trhiller de ação e suspense de grande bilheteria e um dos maiores cult's da década. No mesmo ano, Steven Seagal marca sua estréia no cinema com o ótimo Nico - Acima da Lei, também um cult de ação policial.
Como se pode notar, o gênero de ação oitentista foi e é muito rico para a cultura pop e também para a história do cinema. Por mais que seja discriminado ou pouco reconhecido pela maior parte da crítica especializada, o gênero fez e continua fazendo a história do cinema, contribuindo e muito para a inovação da estética cinematográfica em todos os sentidos e cumprindo a função principal do cinema no mundo inteiro: divertir.