LOGAN
Último filme de Wolverine conquista público e crítica e se consolida como o filme mais ousado da Marvel
"O homem é o lobo do homem", já dizia o filósofo inglês Thomas Hobbes. Tal citação aplica-se perfeitamente à Logan, que mais do que nunca faz uso de toda sua força e habilidades para enfrentar sua última batalha neste que é o último filme de sua franquia e possívelmente último também da franquia X-Men. Hugh Jackman faz uma total entrega ao personagem que o lançou às telas do cinema há 17 anos e o tornou o astro que é hoje. O ator não apenas encarna o carcaju mutante pela última vez, mas faz um excelente trabalho,uma das melhores interpretações de sua carreira até o momento.
Entretanto Logan não é único que se torna seu próprio lobo ao ter de encarar os fantasmas de seu passado pela última vez. Aqueles que o perseguem, agentes enviados pela organização que criou a Arma X, ou seja, criaram o esqueleto metálico de Wolverine, também travam sua batalha definitiva contra o mutante canadense em toda sua fúria animal a despeito de sua idade avançada e de algumas limitações. Ostentando uma fotografia extremamente poeirenta, o filme revela-se um excelente road-movie conduzindo o público à derradeira jornada do lendário personagem.
Dirigido com maestria por James Mangold que em 2013 comandara o ótimo Wolverine Imortal, Logan revela-se uma grande surpresa já que é o filme que todos os fãs de quadrinhos aguardaram por anos e uma grande satisfação para os críticos em geral que já o consideram uma obra prima e sem o estereótipo de ser chamado de filme de história em quadrinhos. O roteiro escrito por Mangold em parceria com Scott Frank e Michael Green ambienta a trama no ano de 2029 e surpreende desde o início quando numa briga de rua contra assaltantes tentando roubar seu carro, Logan ao sacar suas garras, uma delas sai pela metade parecendo estar defeituosa além de o personagem mancar e tossir o tempo todo ao longo do filme, sinais da passagem do tempo e de seu óbvio envelhecimento tendo como base a Hq O Velho Logan (Old Man Logan) publicada em 2008.
Como todo grande filme, a obra de Mangold é recheada de grandes interpretações e nesse quesito Patrick Stwart está simplesmente soberbo e também faz a melhor interpretação de sua carreira compondo um professor Xavier extremamente magro e bastante envelhecido, doente e um tanto rabugento devido aos seus 90 anos de idade. Num futuro um tanto distópico onde os X-Men já não existem, Logan, Xavier e Caliban (Stephen Merchant) são o que sobrou do lendário grupo e tudo o que resta ao mutante canadense é cuidar de seu professor já que este se encontra debilitado por alguma doença cerebral degenerativa que ao provocar surtos faz com que Xavier libere seu poder mental sem nenhum controle, o que pode colocar em risco muitas vidas ou até mesmo toda a humanidade do planeta já que o maior cérebro do mundo encontra-se doente.
Se as atuações de Jackman e Stwart são dignas de prêmios, a pequena e estreante Dafne Keen também não fica atrás ao interpretar Laura, uma menina mutante que tem os mesmos poderes de Wolverine, ossos de adamantium e um fator de cura avançado. A garotinha britânica de apenas 11 anos interpreta a menina mutante com uma intensidade raramente vista em crianças, até mesmo por ela ter sua estréia como atriz neste filme. A pequena Laura tem um ferocidade espantosa em combate parecendo mais um pequeno animal do que uma mera criança, realmente digna de substituir Wolverine, fato que já ocorreu no universo dos quadrinhos já que ela é a X-23.
Melancólico e um tanto pessimista, a obra de Mangold retrata com muita coragem um futuro nada bonito e nada esperançoso para a raça mutante, desde sempre retratados como uma de várias minorias que parecem nunca encontrar um lugar ao sol recebendo da sociedade que tanto protegeram apenas desprezo e indiferença. Em sua terceira semana de exibição, o filme já alcançou US$ 500 milhões em bilheteria mundial até o momento, segundo o site Observatório de cinema, tornando-se o filme mais rentável da franquia X-Men. O futuro do herói canadense e de seus companheiros, pelo menos por enquanto, é incerto nas telas do cinema e... sem nenhuma dúvida a despedida do personagem e do ator é digna de lágrimas, mas também de aplausos. (R.A.)
Entretanto Logan não é único que se torna seu próprio lobo ao ter de encarar os fantasmas de seu passado pela última vez. Aqueles que o perseguem, agentes enviados pela organização que criou a Arma X, ou seja, criaram o esqueleto metálico de Wolverine, também travam sua batalha definitiva contra o mutante canadense em toda sua fúria animal a despeito de sua idade avançada e de algumas limitações. Ostentando uma fotografia extremamente poeirenta, o filme revela-se um excelente road-movie conduzindo o público à derradeira jornada do lendário personagem.
Dirigido com maestria por James Mangold que em 2013 comandara o ótimo Wolverine Imortal, Logan revela-se uma grande surpresa já que é o filme que todos os fãs de quadrinhos aguardaram por anos e uma grande satisfação para os críticos em geral que já o consideram uma obra prima e sem o estereótipo de ser chamado de filme de história em quadrinhos. O roteiro escrito por Mangold em parceria com Scott Frank e Michael Green ambienta a trama no ano de 2029 e surpreende desde o início quando numa briga de rua contra assaltantes tentando roubar seu carro, Logan ao sacar suas garras, uma delas sai pela metade parecendo estar defeituosa além de o personagem mancar e tossir o tempo todo ao longo do filme, sinais da passagem do tempo e de seu óbvio envelhecimento tendo como base a Hq O Velho Logan (Old Man Logan) publicada em 2008.
Como todo grande filme, a obra de Mangold é recheada de grandes interpretações e nesse quesito Patrick Stwart está simplesmente soberbo e também faz a melhor interpretação de sua carreira compondo um professor Xavier extremamente magro e bastante envelhecido, doente e um tanto rabugento devido aos seus 90 anos de idade. Num futuro um tanto distópico onde os X-Men já não existem, Logan, Xavier e Caliban (Stephen Merchant) são o que sobrou do lendário grupo e tudo o que resta ao mutante canadense é cuidar de seu professor já que este se encontra debilitado por alguma doença cerebral degenerativa que ao provocar surtos faz com que Xavier libere seu poder mental sem nenhum controle, o que pode colocar em risco muitas vidas ou até mesmo toda a humanidade do planeta já que o maior cérebro do mundo encontra-se doente.
Melancólico e um tanto pessimista, a obra de Mangold retrata com muita coragem um futuro nada bonito e nada esperançoso para a raça mutante, desde sempre retratados como uma de várias minorias que parecem nunca encontrar um lugar ao sol recebendo da sociedade que tanto protegeram apenas desprezo e indiferença. Em sua terceira semana de exibição, o filme já alcançou US$ 500 milhões em bilheteria mundial até o momento, segundo o site Observatório de cinema, tornando-se o filme mais rentável da franquia X-Men. O futuro do herói canadense e de seus companheiros, pelo menos por enquanto, é incerto nas telas do cinema e... sem nenhuma dúvida a despedida do personagem e do ator é digna de lágrimas, mas também de aplausos. (R.A.)
TRAILER
Logan (Eua, 2017)
Roteiro: James Mangold, Scott Frank e Michael Green
Direção: James Mangold
Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stwart, Dafne Keen, Stephen Merchant, Boyd Holbrook.
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