FEITO NA AMÉRICA
Novo filme de Tom Cruise retrata a incrível trajetória do tráfico de drogas entre a América do Sul e os Estados Unidos
Pela segunda vez Tom Cruise estréia nas telas do cinema este ano desta vez com o sensacional Feito na América, longa baseado na história real de Barry Seal, um piloto comercial norte-americano que se tornou responsável pelo transporte de drogas da Colômbia para os Estados Unidos e com isso faturou uma fortuna que o possibilitou realizar o tão apregoado "sonho americano". Dirigido por Doug Liman (Identidade Bourne, No Limite do Amanhã) o filme retrata com precisão eventos agora históricos da "Era Reagan" com relação a um escândalo político relacionado à América do Sul.
Roteirizado por Gary Spinelli a trama segue a louca trajetória de Barry Seal, que logo no início do filme é contratado por um sujeito da CIA que se apresenta Schafer (Domhnall Gleeson) que lhe oferece um serviço um tanto arriscado além de ilegal: sobrevoar um país da América do Sul apenas para fazer fotografias aéreas em um determinado local - entretanto tal lugar é uma área de conflito armado e obviamente Seal aceitaria os riscos de sobrevoar tal área por uma boa grana, já que ele não costumava desperdiçar oportunidades e tinha família pra sustentar.
Com o sucesso da arriscada "missão", logo Schafer designou Seal para outras missões arriscadas e numa delas, na Colômbia ele tem um encontro inesperado com um chefão do tráfico do tráfico de drogas, Jorge Ochoa e dentre seus parceiros de ramo, o lendário Pablo Scobar. Quem costuma assistir a série do Netflix Narcos, obviamente já sabe o que ocorre, pois Seal será "contratado" pelos senhores do tráfico para transportar escondido em seu avião carregamento de drogas para os Estados Unidos de modo que ninguém consiga descobrir, o que obviamente funcionar na década de 80 já que ainda não havia fiscalização rigorosa com serviço de aviação ainda que fosse clandestino.
O que se sucede ao longo da narrativa são várias situações ora cômicas, ora quase trágicas, mas sempre num ritmo de humor conforme a proposta do roteiro. Tom Cruise entrega uma ótima interpretação ainda que o verdadeiro Barry segundo relatos não era um sujeito engraçado, mas sim bastante sério no que fazia. O diretor Doug Liman já planejara desde o início que Seal fosse interpretado por Cruise além do que o próprio diretor é que escolheu um tom cômico para a narrativa de American Made.
Para Liman este filme é um projeto muito pessoal porquê seu pai, Arthur Liman naquela época era um agente da cia e foi o responsável pelas investigações do caso Irã-Contras, caso político que se tornou um grande escândalo do governo Reagan e tinha relação indireta com um movimento guerrilheiro da Nicarágua cujas armas eram fornecidas pelo governo norte-americano para que pudessem lutar contra o governo Sandinista, de ideologia esquerdista - em meio a essa confusão, Seal tornou-se um agente duplo, pois o governo norte-americano utilizou seus serviços (embora o considerasse criminoso) para o fornecimento de tal armamento e isso complicou totalmente a vida de Seal.
Fica meio difícil saber o que não é real na trama do filme devido à tantas situações malucas e até insólitas. Conforme a narrativa dá a entender, parece que Barry chegou a documentar em vídeo vários relatos de suas empreitadas o que dá ao filme um certo tom documental mostrando-se um argumento bastante criativo para o desenvolvimento da trama. Enfim, Feito na América é sem dúvida um dos melhores filmes deste semestre e um dos melhores da atual carreira de Tom Cruise. Totalmente recomendável. (R.A.)
Feito na América (American Made, 2017)
Roteirizado por Gary Spinelli a trama segue a louca trajetória de Barry Seal, que logo no início do filme é contratado por um sujeito da CIA que se apresenta Schafer (Domhnall Gleeson) que lhe oferece um serviço um tanto arriscado além de ilegal: sobrevoar um país da América do Sul apenas para fazer fotografias aéreas em um determinado local - entretanto tal lugar é uma área de conflito armado e obviamente Seal aceitaria os riscos de sobrevoar tal área por uma boa grana, já que ele não costumava desperdiçar oportunidades e tinha família pra sustentar.
Com o sucesso da arriscada "missão", logo Schafer designou Seal para outras missões arriscadas e numa delas, na Colômbia ele tem um encontro inesperado com um chefão do tráfico do tráfico de drogas, Jorge Ochoa e dentre seus parceiros de ramo, o lendário Pablo Scobar. Quem costuma assistir a série do Netflix Narcos, obviamente já sabe o que ocorre, pois Seal será "contratado" pelos senhores do tráfico para transportar escondido em seu avião carregamento de drogas para os Estados Unidos de modo que ninguém consiga descobrir, o que obviamente funcionar na década de 80 já que ainda não havia fiscalização rigorosa com serviço de aviação ainda que fosse clandestino.
Para Liman este filme é um projeto muito pessoal porquê seu pai, Arthur Liman naquela época era um agente da cia e foi o responsável pelas investigações do caso Irã-Contras, caso político que se tornou um grande escândalo do governo Reagan e tinha relação indireta com um movimento guerrilheiro da Nicarágua cujas armas eram fornecidas pelo governo norte-americano para que pudessem lutar contra o governo Sandinista, de ideologia esquerdista - em meio a essa confusão, Seal tornou-se um agente duplo, pois o governo norte-americano utilizou seus serviços (embora o considerasse criminoso) para o fornecimento de tal armamento e isso complicou totalmente a vida de Seal.
TRAILER
Direção: Doug Liman
Roteiro: Gary Spinelli
Elenco: Tom Cruise, Domhnall Gleeson, Jayma Mays, Jesse Plemons, Lola Kirke, Caleb Landry Jones, Connor Trinneer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário