terça-feira, 26 de setembro de 2017

policial brasileiro

POLÍCIA FEDERAL: A LEI É PARA TODOS

Sucesso em exibição nos cinemas, filme brasileiro retrata a cruzada dos agentes federais 

contra a corrupção

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  Em meio a diversidade de filmes brasileiros cada vez mais expressivos presentes nas salas de cinema, eis que surge uma produção com proposta no mínimo curiosa. Polícia Federal: A lei é para todos, estreado em 7 de setembro faz um interessante retrato dos acontecimentos que abalaram (e ainda abalam) a opinião pública do país nesses últimos anos, o cenário político cada vez mais atolado no eterno lamaçal de corrupção, ou seja, o filme se propõe a contar uma história que ainda está acontecendo, haja vista os vários desdobramentos das investigações da operação lava-jato que rendem inúmeras pautas nos noticiários.
  Dirigido por Marcelo Antunez e escrito por Thomas Stavroz e Gustavo Lipsztein, a narrativa é iniciada de modo bem explicativo, mas também muito significativo ao dizer claramente que a corrupção existe desde a formação do país, ou seja, é um mal enraizado na própria história do Brasil, a qual é mostrada em traços animados. Trazendo um elenco encabeçado por Antonio Calloni como Ivan, o principal protagonista da trama, a produção se vale de outros atores bem conhecidos como Flávia Alessandra no papel da agente Bia, Marcelo Serrado como Sergio Moro e Ary Fontoura interpretando o ex-presidente Lula.

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  O ponto mais interessante do filme é procurar retratar os eventos do ponto de vista dos agentes federais e sua dura batalha para combater o crime organizado e a corrupção para depois verem poucos resultados na justiça, afinal, a sensação de impunidade que infelizmente caracteriza nosso país é sentida primeiramente pelos agentes da lei, aqueles que arriscam a vida para manter a lei e a ordem na sociedade. Embora o filme tenha postura apartidária segundo e o diretor e os próprios atores, esta prerrogativa entretanto parece não ser muito exata já que Ary Fontoura em sua interpretação estabelece de forma um tanto sutil Lula como um vilão de um modo até precipitado, além do que arquivos reais de reportagem sobre o ex-presidente inseridos no final, de certo modo enfraquecem a atuação de Fontoura.

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  Marcelo Antunez até consegue criar certa tensão como por exemplo na cena da apreensão de um caminhão carregado de palmito com drogas escondidas na carga, algo que foi o passo inicial para a criação da operação Lava-jato e também na sequencia de eventos que levaram a polícia à captura do doleiro Alberto Youssef, interpretado por Roberto Berindelli.

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  Contudo, a produção não é livre de problemas já que o roteiro traz certos diálogos sofríveis, principalmente nas falas dos agentes federais que embora sejam retratados como heróis incorruptíveis carecem argumentos à altura da importância de seus cargos. Ainda assim Policia Federal: A lei é para todos é mais um ponto positivo do cinema brasileiro no gênero policial a exemplo de Tropa de Elite 1 e 2 e Operações Especiais (2015) estrelado por Cléo Pires. Ao final é anunciado a sequência Policia Federal 2, o que confirma os rumores de que haverá trilogia. O filme já é a produção brasileira de maior bilheteria do ano visto por mais de 1 milhão de espectadores e embora não seja nada superior a Bingo: O Rei das Manhãs, não deixa de ser uma grata surpresa, principalmente para o cinema nacional, cada vez mais prolífico. (R.A.)


TRAILER


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Polícia Federal: A Lei é para todos (Brasil, 2017)

Direção: Marcelo Antunez

Roteiro: Thomas Stavroz e Gustavo Lipsztein

Elenco: Antonio Calloni, Flávia Alessandra, Bruce Gomlevski, Marcelo Serrado, Ary Fontoura, Roberto Berindelli

   

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

super dicas

PRÓXIMOS LANÇAMENTOS 

EM DVD E BLU-RAY


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  Sucesso naa bilheterias mundiais, mas fracasso na crítica, a nova versão de A Múmia, estrelada por Tom Cruise já se encontra em pré-venda na internet. Dirigido por Alex Kurtzman o longa trata-se da abertura de uma nova franquia da Universal Studios intitulada Dark Universe. Desta vez com uma múmia mulher, interpretada por Sophia Boutella, a aventura traz também a presença do Dr. Jekill interpretado por Russel Crowe, indicando o início do novo universo compartilhado da nova fase dos filmes de monstros da Universal.












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  O grande sucesso super-heróico dos cinemas no primeiro semestre do ano também encontra-se em pré-venda. Mulher Maravilha traz a origem de Diana Prince, a princesa de Temiscera. Interpretada por Gal Gadot, a guerreira amazona decide partir de sua terra natal junto com o piloto Steve Trevor (Chris Pine) a fim de proteger a humanidade da ameaça de destruição da Primeira Guerra Mundial e também lutar numa batalha definitiva contra Ares, o deus da guerra. Wonder Woman bateu recordes tornando-se o filme de maior bilheteria dirigido por uma mulher. Mérito de Patty Jenkins que pelo jeito, já esta prestes a se tornar a mulher mais influente do cinema por trás câmeras. 






sábado, 9 de setembro de 2017

fantasia sombria

A TORRE NEGRA

Adaptação da obra de Stephen King resulta em filme pouco inspirador

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  Após tantas discussões e polêmicas sobre como seria o formato da adaptação de A Torre Negra, se iria para a Tv como minissérie ou para as telas do cinema como uma franquia e após o roteiro ser adquirido pelo estúdio responsável (Columbia Pictures), finalmente a decisão fora tomada e a saga épica originária dos livros de Stephen King ganhou as telas do cinema. Estreado no final de agosto, o filme vem rendendo boa bilheteria ao redor do mundo e teoricamente é um sucesso, mas... isto é bem relativo haja vista as reclamações dos fãs da obra que não estão gostando da aventura cinematográfica tanto quanto a crítica norte-americana que já havia reprovado o longa após exibição prévia antes da estréia oficial.
  Com direção do novato Nikolaj Arcel que escreveu o roteiro em parceria com Akiva Goldsman, o filme não apresenta a grandiosidade que se esperava embora tenha Ron Howard como produtor. Arcel  foi roteirista do filme sueco Os Homens Que Não Amavam As Mulheres. Especialmente fãs da obra literária de King ficaram bastante desapontados com a aparência comum que o filme apresenta como se fosse uma sessão da tarde - algo bem diferente, por exemplo, de O Senhor dos Anéis cuja composição envolvente e carregada de ostentação conquistou o grande público e não apenas os fãs dos livros de J. R. R. Tolkien.

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  Contudo a produção tem seus pontos positivos ao escalar atores talentosos e carismáticos como Idris Elba que interpreta o pistoleiro Roland Deschain e Mathew McConaughey que encarna o vilão Walter Padick, mais conhecido como o homem de preto. Mas quem realmente rouba a cena é Tom Taylor, que interpreta o garoto Jake Chambers, o protagonista desta fantasia épica. Apesar de a princípio ser um garoto normal, Jake sente-se um tanto perturbado por visões que ele não sabe explicar, sonhos lúcidos ou alucinações sobre um mundo paralelo interligado ao nosso, mas que só ele vê, incluindo aí o pistoleiro e o homem de preto, os antagonistas da grande batalha desse outro mundo.
  O melhor trunfo é o fato de a narrativa ser embasada no ponto de vista do garoto Jake, o que obviamente pode agradar e muito o público juvenil embora a estória na tela seja contada tão rápido quanto os disparos da arma do pistoleiro. Entretanto, é nítida e muitíssimo estranha a sensação de que o filme não parece ser adaptação de alguma obra de Stephen King, já que o renomado escritor é bem mais conhecido por estórias de horror e suspense das quais resultaram em grandes filmes em décadas anteriores.

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  Contudo, King não escreve apenas literatura de horror e suspense já que alguns dos melhores dramas que o cinema produziu são adaptados de obras dele tais como os excelentes À Espera de Um Milagre e Um Sonho de Liberdade. Vale lembrar também que elem começou a escrever a saga de A Torre Negra há cerca de trinta anos e a concluiu somente após os anos 2000, ou seja, é compreensível que a narrativa de Dark Tower fuja um pouco ao estilo de horror que consagrou o escritor, pois trata-se essencialmente de fantasia, embora sombria.

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O vilão Walter Padick não utiliza armas de fogo,
mas possui poderes de magia
  Trazendo um empolgante confronto decisivo entre Roland e Walter, o filme não parece deixar ganchos para uma sequência embora os produtores tenham anunciado que haverá uma trilogia. O confronto final do filme não chega a ocorrer nos livros e é bastante comum que filmes sigam rumos diferentes da obra escrita. Ainda assim, o futuro de A Torre Negra no cinema ainda é incerto, pois não se sabe se as sequências realmente ocorrerão já que apesar do aparente sucesso comercial a composição do filme vem causando repercussão negativa em boa parte do público. Tomara que a obra de King esteja mesmo num rumo certo e cause boas surpresas caso as sequências aconteçam... e que a Torre mantenha-se em pé nas telas do cinema. (R.A.)



TRAILER




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A Torre Negra (The Dark Tower, 2017)

Direção: Nikolaj Arcel

Roteiro: Akiva Goldsman, Nikolaj Arcel

Elenco: Tom Taylor, Idris Elba, Matthew McConaughey, Dennis Haysbert, Ben Gavin, Claudia Kim, Jack Early Haley.