quinta-feira, 26 de abril de 2012

deuses em guerra

FÚRIA DE TITÃS 2
A jornada mitológica continua em nova aventura épica 

  Quando o Fúria de Titãs (Clash of the Titans) estreou nos cinemas em 2010 dividiu opiniões pois a refilmagem atualizou uma história bem conhecida de uma produção do início dos anos 80, trazendo um visual bem mais arrojado e efeitos visuais de ponta, além de uma fotografia sombria, porém com atuações medianas e um 3-D completamente dispensável e desnecessário.  A história mitológica deixou questões em aberto e óbvios ganchos para uma sequência, pois apesar da vitória de Perseu contra o deus Hades e o monstruoso Kraken, os humanos não estão completamente salvos, pois continuam sua vidas quase não tendo fé alguma nos deuses. Em Fúria de Titãs 2, dez anos após os eventos do primeiro filme, a Terra é invadida por vários titãs, criaturas horrendas que vieram para dominar e destruir a raça humana. 

Perseu e seu filho Hélio
  Os deuses estão enfraquecidos pela falta de fé da humanidade, pois os poderes divinos são alimentados pela fé humana e sem isso os deuses não tem força suficiente para deter o avanço devastador dos titãs que estão escapando do Tártaro, região localizada nas profundezas do solo, local onde Zeus aprisionara tais criaturas num passado distante. Sem ter poder sificiente para deter o avanço dos titãs que invadem a Terra, Zeus (Liam Neeson) recorre ao seu filho Perseu que mais uma vez como na aventura anterior, mostra-se relutante em encarar tal missão pois ele acredita que "isso seja um trabalho para os deuses, e não para um humano".  Perseu leva uma vida tranquila como pescador e agora viúvo ele cuida de Hélio, filho que teve com sua companheira Io.
   
Na mitologia grega Tártaro é o mundo inferior repleto de
cavernas e grutas profundas. No filme Zeus é caputrado
 por Hades e Ares e fica aprisionado. O poder de Zeus é
drenado por Cronos, uma divindade que prentende invadir
a Terra e devorar os humanos.

Perseu enfrentando um dos titãs











Andrômeda


 Enquanto os humanos sofrem um novo apocalipse, uma conspiração do deus Hades (Ralph Fiennes) com o deus da guerra Ares (Edgar Ramirez) põe em risco as forças do Olimpo, pois eles conseguem atrair Zeus e Poseidon, o deus dos mares, para uma emboscada e covardemente aprisionam Zeus nas profundezas do Tártaro. Poseidon consegue escapar e avisa Perseu sobre o que ocorrera a seu pai - e mais uma vez Perseu cavalgará os céus montado no Pégasu  rumo a mais uma jornada de redenção. A princesa Andrômeda, agora rainha da Grécia esta de volta, mas desta vez sob a interpretação da atriz inglesa Rosamund Pike, que dá um perfil mais amadurecido à rainha e a torna uma guerreira, pois ela comanda o exército grego na batalha contra os titãs e ainda ajuda Perseu na busca por Zeus nas profundezas do Tártaro.  
Ares - o deus da guerra

Jonathan Liebesman


A grande ameça que Perseu deverá
 enfrentar dessa vez é o deus Cronos, que
provocará o apocalipse.

    Esta sequencia de Fúria de Titãs conta com um novo diretor, Jonathan Liebesman, que consegue fazer um trabalho tão bom quanto o de Louis Leterrier, diretor do filme anterior, empregando o que há de melhor em tecnologia de efeitos visuais conseguindo alcançar resultados ainda melhores que o primeiro filme e também melhorando consideravelmente o 3-D em relação à produção de 2010. O elenco traz atuações melhores que o filme anterior e uma leve evolução na interpretação de Sam Wortington, embora ele pudesse explorar um pouco mais a dinâmica de pai e filho entre Perseu e Hélio.





 
Concepção de arte dos titãs mitológicos
 
Ambos os filmes Fúria de Titãs 1 e 2
são inspirados em uma batalha narrada na
 mitologia grega intitulada Titanomaquia
na qual os Titãs liderados por Cronos
travam luta com os deuses olímpicos
liderados por Zeus. Tal batalha definiria o
domínio do universo. O quadro acima
chama-se Queda de Titãs, pintado
 por Cornelis van Haarlem. 



  













Minotauro
 
Hefesto
  O roteiro escrito por Greg Berlanti, David Johnson e Dan Mazeu explora e aproveita de forma dinâmica e inteligente os elementos da mitologia grega ao inserir no roteiro o personagem Hefesto, o deus da tecnologia, criador de vários inventos entre os quais destaca-se as armas utilizadas pelos deuses tais como o tridente de Poseidon e a lança de Ares, armas capazes de derrotar qualquer criatura e até mesmo os titãs. No roteiro Hefesto também é o criador do Tártaro, pois o concebeu como uma magniífica obra de engenharia movida por algum tipo de magia e o caminho para chegar às profundezas é composto por um labirinto cujas paredes são compostas de enormes pedras que se movem sozinhas e tal labirinto é protegido pelo minotauro, a criatura metade homem metade touro, uma espécie de guardião do local. 
  Fúria de Titãs 2 (Wrath of the Titans) supera o original em vários aspectos e completa de forma dinâmica e empolgante a saga proposta pelo roteiro do filme anterior com mais ação e alguns desdobramentos que enriquecem um pouco mais a proposta de se fazer uma aventura épica inspirada na mitologia grega. A "nova fúria" merece ser bem apreciada nos cinemas e uma possível terceira parte para dar um fecho será bem vinda pelo que indica o sucesso que este longa vem alcançando nas telas do cinema.

TRAILER




Wrath of the Titans

EUA , 2012 - 99 minutos
Ação / Épico
Direção: Jonathan Liebesman

Roteiro: Greg Berlanti, David Johnson, Dan Mazeau

Elenco: Sam Worthington, Liam Neeson, Ralph Fiennes, Édgar Ramírez, Toby Kebbell, Rosamund Pike, Bill Nighy, Danny Huston

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