CONAN - O BÁRBARO
Há três décadas surgia um guerreiro cimério nos cinemas
Em meados de 1982, exatos 31 anos atrás, estreava nos cinemas estadunidenses o filme que lançou ao estrelato o fisiculturista Arnold Schwarzenegger que, anos antes, já estreara nos cinemas em filmes poucos expressivos e que só serviram para torná-lo mais popular. Conan - O Bárbaro (Conan, The Barbarian) produzido por Dino di Laurentis (1919-2010) trazia no comando o diretor John Milius, que escreveu o roteiro em parceria com Oliver Stone. Milius até hoje é pouco conhecido como diretor e talvez menos ainda como roteirista, embora tenha escrito ótimos roteiros, como por exemplo, do clássico de guerra Apocalipse Now (1979), o trhiller Perigo Real e Imediato (1994) e do recente e elogiado seriado, Roma (2005-2007). O diretor e roteirista encontrou na figura de Schwarzenegger, o ator ideal para encarnar o guerreiro bárbaro, e conta-se que na época, chegou a dizer que se Arnold não existisse, eles teriam que inventá-lo.
A história de Conan situa-se na chamada Era Hiboreana, período desconhecido e mitológico que seria anterior à Idade Média e posterior à Idade da Pedra - ou pode até mesmo ser interpretado como um período mitológico da Idade Média, porém, anterior à era Cristã. Nesse mundo repleto de reis, guerreiros, bruxos, criaturas bizarras e belas mulheres, inicia-se a jornada de Conan, que na infância viu sua aldeia, localizada na Ciméria, ser atacada e destruída e seus pais serem brutalmente mortos. Capturado, o pequeno Conan passou a trabalhar como escravo até a fase adulta, tornou-se um campeão de lutas brutais de arena, foi treinado nas artes da espada tornando-se um guerreiro imbatível e por fim conquistou a liberdade, partindo para uma jornada pessoal em busca de vingança contra Thulsa Doom, um rei e poderoso feiticeiro que no passado matou a família do jovem Conan e saqueou sua aldeia.
Schwarzenegger no auge de sua forma física e com 35 anos de idade encarna literalmente o guerreiro bárbaro e realmente é difícil imaginar outro ator no papel, pois além do invejável físico, o austríaco ostenta traços rústicos essenciais para compor um personagem que é quase um selvagem, e dificilmente Conan tornaria-se tão icônico na pele de outro ator. Criado pelo escritor Robert Erwin Howard (1906-1936), o guerreiro bárbaro só veio a estrear nas histórias em quadrinhos por volta da década de 1970, pois Howard o concebeu como personagem literário no conto A Fênix na Espada, publicado em 1932 na revista Weird Tales.
A trilha sonora é simplesmente primorosa e comparável à de grandes filmes épicos da história do cinema. A composição do músico greco-americano Basil Poledouris (1945-2006) é seguramente uma das melhores do cinema oitentista e toda a sinfonia incrementada dos mais belos arranjos casa perfeitamente com todas as cenas, conferindo à película toda a grandiosidade de uma obra épica. Conta-se que Poledouris teve o apoio de uma orquestra composta por 90 músicos e cerca de 24 vozes. Algo realmente maravilhoso de se ouvir.
Com uma produção orçada em U$20 milhões, custo alto para os padrões da época, o filme faturou alto nas bilheterias tendo feito cerca de US$ 38 milhões só nos Estados Unidos segundo dados do IMDB; alcançou sucesso mundial, e Conan tornou-se um dos personagens mais icônicos do cinema da década de 80, tanto quanto Rambo ou Indiana Jones. Entretanto, o filme não contém todos os elementos que consagraram as histórias em quadrinhos, de modo que quase não se vê criaturas bizarras e demoníacas ou monstros gigantescos, pois isso tornaria o projeto bem mais caro e até inviável para um orçamento que já se encontrava inflado para tal tipo de produção.
Com locações na Espanha e Canadá, o longa tem belas paisagens para compor a fotografia e um impecável figurino que não deixa nada a desejar, nem mesmo às atuais produções de Hollywood. Com todos estes atributos, Conan - O Bárbaro tornou-se atemporal, pois sua composição visual fica ainda melhor nos formatos digitais da atualidade, principalmente por ter poucos efeitos visuais, o que o torna um jovem clássico. Obrigatório para os fãs de todas as gerações.
John Milius orientando Schwarzenegger |
James Earl Jones interpreta Thulsa Doom - um dos grandes vilões do cinema oitentista |
o pequeno Conan e seu pai |
Ilustração de A fênix na Espada |
Thulsa Doom transformado em cobra |
Conan e seus parceiros: Valéria e Sabotai |
A trilha sonora é simplesmente primorosa e comparável à de grandes filmes épicos da história do cinema. A composição do músico greco-americano Basil Poledouris (1945-2006) é seguramente uma das melhores do cinema oitentista e toda a sinfonia incrementada dos mais belos arranjos casa perfeitamente com todas as cenas, conferindo à película toda a grandiosidade de uma obra épica. Conta-se que Poledouris teve o apoio de uma orquestra composta por 90 músicos e cerca de 24 vozes. Algo realmente maravilhoso de se ouvir.
Com uma produção orçada em U$20 milhões, custo alto para os padrões da época, o filme faturou alto nas bilheterias tendo feito cerca de US$ 38 milhões só nos Estados Unidos segundo dados do IMDB; alcançou sucesso mundial, e Conan tornou-se um dos personagens mais icônicos do cinema da década de 80, tanto quanto Rambo ou Indiana Jones. Entretanto, o filme não contém todos os elementos que consagraram as histórias em quadrinhos, de modo que quase não se vê criaturas bizarras e demoníacas ou monstros gigantescos, pois isso tornaria o projeto bem mais caro e até inviável para um orçamento que já se encontrava inflado para tal tipo de produção.
Com locações na Espanha e Canadá, o longa tem belas paisagens para compor a fotografia e um impecável figurino que não deixa nada a desejar, nem mesmo às atuais produções de Hollywood. Com todos estes atributos, Conan - O Bárbaro tornou-se atemporal, pois sua composição visual fica ainda melhor nos formatos digitais da atualidade, principalmente por ter poucos efeitos visuais, o que o torna um jovem clássico. Obrigatório para os fãs de todas as gerações.
TRAILER
Conan - O Bárbaro (Conan, The Barbarian, 1982)
Estúdio: Universal Stúdios
Roteiro: John Millius e Oliver Stone
Direção: John Millius
Elenco: Arnold Schwarzenegger, James Earl Jones, Sandahl Bergman, Mako, Max von Sydow, Gerry Lopez