Exibido nos cinemas em fevereiro, o trhiller Aliados (Allied) dirigido por Robert Zemeckis (De Volta Para o Futuro; Forrest Gump) acaba de ser lançado nos formatos digitais. Estrelado por Brad Pitt e Marion Cotillard, a trama é ambientada em 1942, poucos anos antes do fim da Segunda Guerra. Pitt é Max Vattan e Cotillard é Marianne Beausejour, ambos são espiões enviados ao Marrocos com a missão de investigar e eliminar um embaixador nazista locado em Casablanca. Após cumprirem a missão, decidem sem casar, pois se apaixonam durante o curto período em que convivem no dever de sua missão. Porém, o que Vatan não sabe é que Marianne pode não ser apenas sua aliada, mas uma espiã inimiga perseguida pelo governo norte-americano. Suspense e ação na dose certa.
Filme japonês de 2011 retrata ação de samurais no final do período feudal
No Japão de 1844, próximo do final do período feudal, cerca de 20 anos antes de o Japão entrar na era contemporânea chamada de Meiji, o filme Os 13 Assassinos (Jûsan-nin no Shikaku, 2011) narra a corajosa história de treze guerreiros que se unem e partem numa arriscada missão suicida na tentativa talvez desesperada de fazerem justiça contra crimes bárbaros cometidos pelo cruel Lorde Naritsugu, meio irmão do Xogum, portanto de origem nobre, mas um tirano sem nenhum escrúpulo que estrupa e mutila uma mulher indefesa e mata cruelmente qualquer um que cruze seu caminho.
Dirigido por Takashi Miike e roteirizado por Daisuke Tengan e Kaneo Ikegami, como tantos épicos japoneses o filme faz um belo e fiel retrato da época dos samurais, mas com a diferença de anunciar o fim da era dos bravos guerreiros que segundo a narrativa praticamente já não atuavam mais, como diz um personagem em certo momento "hoje em dia espadas só servem para cortar rabanete". Outro detalhe importante nesse contexto é que a pólvora já vinha sendo bastante utilizada e obviamente logo surgiriam armas de fogo no Japão, embora nenhuma apareça na narrativa, mas enfim, o tempo dos samurais já se aproximava do final.
Contudo a honra, principal atributo do samurai é algo que jamais será ultrapassado, sendo este o fio condutor que leva o guerreiro a lutar por uma causa e a morrer pela mesma se for preciso. Shinzaemon Shimada, um maduro e experiente samurai interpretado por Kôji Yakusho, comove-se ao ver mulher, nora de um amigo seu e que fora violentada e mutilada por lorde Naritsugu (Gorô Inagaki), uma vida semi destruída e que possivelmente jamais reecontraria felicidade, pois o marido da moça fora morto cruelmente pelo tirano. Tal atrocidade, bem como como outras cometidas não poderiam ser ignoradas e a justiça tinha que ser feita a qualquer custo.
Shinzaemon em combate
Movido pelo senso de honra, Shinzaemon tomara a decisão de reunir o maior número possível de guerreiros, no caso 13, para partir numa arriscada missão para encontrar lorde Naritsugu e aplicar-lhe a devida punição antes que o lorde chegasse aos domínios de sua província, pois junto de sua comitiva ele estava voltando para o seu reino após ter cometido os horrendos crimes.
Lorde Naritsugu e seus soldados
Treze assassinos não chega a ser uma obra original já que trata-se de uma refilmagem sendo o original de 1963, além de guardar certas semelhanças com Os Sete Samurais (1954), clássico de Akira Kurosawa. Tal semelhança se deve não apenas pela formação de um grupo em busca de justiça, mas também pela ótima batalha final contra os soldados do lorde, que ocorre em uma vila transformada numa espécie de forte. Entretanto a batalha que Miike aqui retrata é bem mais empolgante ao mostrar toda a estratégia dos 13 guerreiros em montar armadilhas e planejar emboscadas nos becos da vila a fim de abater quantos adversários puderem, já que estes são em maior número.
Os 13 aguardando o exército de Naritsugu
Ação e drama mesclados em uma narrativa épica do melhor modo que o cinema japonês sabe fazer em seus contos de samurai, algo que também se assemelha aos grandes westerns hollywoodianos com tantas narrativas sobre lendários pistoleiros. A obra de Miike sustenta-se em sua cuidadosa direção sem apelar demais para efeitos visuais e ótima escalação de elenco. Os 13 Assassinos foi lançado em alguns cinemas brasileiros em meados de 2012 e ganhou certa popularidade por meio de downloads ilegais. Ainda em 2011, o cineasta também comandou o excelente Hara-Kiri: Death of Samurai, outro conto sobre os guerreiros da terra do sol nascente. Mas isto é um assunto para um outro post. Ambos podem ser apreciados em Dvd e Blu-Ray ou pelo Netflix. (R.A.)
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Os 13 Assassinos (Thirteen Assassins, Japão Inglaterra, 2011)
Logan possivelmente é ou logo será considerado pela maioria do público como o melhor filme de um personagem da Marvel tanto quanto um dos melhores filmes de personagem de quadrinhos de um modo geral. Grande sucesso no primeiro semestre deste ano o filme arrancou aplausos no festival de Cannes e emocionou público e crítica em todo o mundo, além é claro de ter agradado imensamente legiões de fãs do icônico herói que até então estavam decepcionados com as aventuras anteriores e que não faziam jus à essência dos quadrinhos.
Belamente dirigido por James Mangold que também dirigiu Wolverine Imortal (2013), o cineasta captou perfeitamente a essência do personagem e sem dúvida é o diretor que melhor explorou o talento de Hugh Jackman que ao encarnar Wolverine pela última vez, simplesmente fez uma das melhores interpretações de sua carreira até o momento, senão a melhor, já que o ator imprime em Logan uma profundidade que até então só fora vista nos quadrinhos e que os fãs tanto esperaram ver no cinemas. O filme já pode ser adquirido em lojas virtuais em DVD, Blu-ray e também na edição especial Steelbook também em Blu-ray trazendo a versão em preto-branco chamada de Noir e vários extras contendo curiosidades dos bastidores da produção. Logan é mais do que um filme baseado em quadrinhos, é uma obra-prima.
Filme estrelado por Gal Gadot abre novo e revolucionário capítulo na história dos super-heróis no cinema
De alguns anos pra cá a DC Warner vem cometendo algumas adaptações não muito agradáveis tanto para a legião de leitores de histórias em quadrinhos quanto para o público em geral. Filmes como Lanterna Verde, Batman Vs Superman e Esquadrão Suicída revelaram-se muito abaixo da expectativa apresentando roteiros um tanto duvidosos e argumentos nada convincentes. Entretanto esse passado recente e obscuro já pode começar a ser esquecido desde o dia 1 de junho, quinta-feira passada, quando Mulher Maravilha finalmente ganhou as telas do cinema em sua primeira e incrível aventura, algo que certamente mudará os rumos da atual história do cinema.
Dirigido por Paty Jenkins, primeira diretora a comandar um filme de super-herói, álias, neste caso super-heroína, o filme vem surpreendendo público e crítica não apenas por ser a melhor adaptação da DC em anos, mas principalmente por conseguir colocá-la no mesmo nível dos demais super-heróis que já reinam nas telas do cinema há um bom tempo no cinema moderno. O roteiro escrito por Allan Heinberg traz rapidamente a origem de Diana Prince (Gal Gadot) em Themyscira, ou ilha Paraíso provavelmenet localizado em terras gregas, um local habitado somente por mulheres que passam a vida estudando e treinando artes de combate para proteger a humanidade em tempos de guerra.
Mulher Maravilha é a maior super-heroína de todos os tempos. Nem mesmo a editora Marvel tem uma personagem tão popular quanto Diana Prince
Quando o piloto Steve Trevor (Chris Pine) acidentalmente cai próximo à praia em seu avião, ele é avistado por Diana, salvo por ela e levado à ilha para dar explicações à rainha Hipolita e às amazonas. A história situa-se na época da Primeira Guerra mundial e Diana vê a presença do piloto e espião como um sinal de que o mundo precisa dos poderes de uma amazona para que a humanidade tenha chance de sobreviver e então ela decide partir junto com Trevor e ajudá-lo na guerra.
Com muita ação e doses equilibradas de humor, o filme tem certas semelhanças com Capitão América por se tratar de uma aventura de guerra e Jenkins prova que sabe comandar cenas de ação tão bem ou até melhor do que diretores homens filmando de maneira bastante fluída de modo a aproveitar todo o potencial físico de Gal Gadot que treinou intensamente para o papel e provou ser não apenas uma ex-modelo que se tornou atriz, mas também uma feroz combatente na pele da princesa guerreira.
Na vida real Gal Gadot já foi Miss Israel e também serviu o exército israelense
Orçado em 149 milhões de dólares, o filme vem causando surpresas nas bilheterias já que fez US $100,5 milhões no primeiro fim de semana quebrando o recorde de estréia de Homem de Ferro (2008) que detinha a marca de 98 milhões. Agora, após uma semana de sua estréia, a aventura da guerreira amazona já vez nada menos que US$ 300 milhões em bilheteria mundial e já se consolida como um dos maiores sucessos do ano além de ser uma das maiores bilheterias para um filme dirigido por uma mulher. Em meio a altos e baixos, o universo cinematográfico da editora DC ganha sua melhor forma até o momento em Wonder Woman que precede o filme Liga da Justiça, o qual também estreará neste ano. Assim sendo, que o reinado da princesa guerreira tenha vida longa e próspera nos cinemas, nos atuais tempos de empoderamento feminino. (R.A.)
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Mulher Maravilha (Wonder Woman, 2017)
Direção: Paty Jenkins
Roteiro: Allan Heinberg
Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Connie Nielsen, Robin Wright, Danny Huston
Exibido nos cinemas em fevereiro deste ano, A Grande Muralha revelou-se um grande espetáculo visual numa divertida aventura co-produzida entre o cinema chinês e Hollywood. Estrelado por Matt Damon que interpreta um aventureiro europeu com habilidade notável em arco e flecha que junto de seu parceiro (Pedro Pascal) unem-se aos guerreiros chineses para uma grande batalha. O filme não tem grandes pretensões narrativas apresentando-se apenas como uma fantasia épica inspirada em lendas chinesas sobre supostas criaturas monstruosas chamadas Tao Tei que habitavam a região onde foi erguida a grande muralha da China. A direção é de Zhang Yimou, cineasta conhecido por obras como Herói (2002) e O Clã das Adagas Voadoras (2005). O filme já se encontra disponível em dvd e blu-ray.
Exibido nos cinemas em janeiro, Resident Evil 6: Capítulo Final, traz a última aventura da franquia estrelada por Milla Jovovich no papel de Alice, a corajosa caçadora de zumbis cuja saga iniciada em 2002 pelo cineasta Paul W. S. Anderson e também finalizada por ele consolida-se como a mais bem sucedida adaptação de uma saga de vídeo-game para as telas do cinema. Mesmo não agradando totalmente os fãs dos games, a franquia agradou e muito o público em geral que abraçou Alice como uma das maiores heroínas do cinema moderno. O filme já está lançado em dvd e blu-ray e também em 3D, porém com vendas esgotadas em algumas lojas virtuais.