JOHN WICK 2: Um Novo Dia Para Matar
Keanu Reeves prossegue com a saga do matador iniciada dois anos atrás
O ator Keanu Reeves realmente redefiniu sua carreira renovando seu status de astro e isto se deve à John Wick, o personagem implacável e sanguinário que ele interpretou em 2014 no filme de sucesso De Volta Ao Jogo, dirigido por Chad Stahelski e co-estrelado por participações especiais de peso como Ian McShane e Willen Dafoe. O primeiro filme apesar do roteiro fraquíssimo e um tanto raso, trouxe como destaque cenas de ação espetaculares e muito intensas protagonizadas por Reeves e comandadas com muito talento por Stahelski, algo que deu novo fôlego ao gênero de ação que pelo gosto do público parecia estar precisando de algo mais brutal e menos explicativo.
Roteirizado por Derek Kolstad, este novo capítulo de John Wick agora sim traz uma trama muito melhor que o primeiro filme com personagens muito bem desenvolvidos, tanto que a primeira hora o filme dedica-se bem mais à narrativa trazendo um ritmo um tanto pausado com apresentação de novos personagens como Santino D'Antonio (Riccardo Scarmacio), sujeito que convoca o matador para um último trabalho sujo, apesar de Wick lhe explicar que já abandonou esse ofício e não querer mais saber de matança. Entretanto, D'Antonio convence Wick forçadamente a voltar ao trabalho, pois explode sua casa após a recusa - a ira de John é novamente despertada e obviamente ele voltará ao trabalho.
Esta trama traz uma melhor compreensão do universo dos matadores que trabalham sob a supervisão do hotel Continental, que na verdade é uma organização secreta de assassinos comandada por Winston (Ian McShane) conforme já havia sido mostrado no primeiro filme - entretanto aqui as regras tornam-se mais claras quando Winston explica a John Wick que ele não pode recusar um serviço solicitado já que ele havia firmado um contrato com o D'Antonio tempos atrás e tal tipo de compromisso, mesmo que seja o último, no Continental não pode ser recusado e nem transferido, pois a organização assim determina.
No aspecto de ação ambos os filmes se destacam muito bem já que Chad Stahelski demonstra maestria que hoje em dia poucos cineastas tem, pois o diretor não utiliza em momento algum o recurso de câmera tremida, algo que irrita a maioria dos fãs de filmes de ação. Stahelski mantém a câmera fixa permitindo que vejamos e entendamos claramente o que ocorre numa cena de luta ou cenas de tiroteio e não é apenas isso. Seus planos extendidos de câmera e as coreografias perfeitamente elaboradas fazem com que a ação flua de modo espetacular, o que demonstra que o diretor tem mesmo um estilo old school, algo que o cinema infelizmente deixou de lado dos anos 2000 pra cá. Nota-se que Keanu Reeves treinou intensamente para este filme tendo aulas de tiro e de artes marciais - a prova disso são alguns vídeos que circulam pela internet mostrando a dedicação extrema do ator para o papel.
Roteirizado por Derek Kolstad, este novo capítulo de John Wick agora sim traz uma trama muito melhor que o primeiro filme com personagens muito bem desenvolvidos, tanto que a primeira hora o filme dedica-se bem mais à narrativa trazendo um ritmo um tanto pausado com apresentação de novos personagens como Santino D'Antonio (Riccardo Scarmacio), sujeito que convoca o matador para um último trabalho sujo, apesar de Wick lhe explicar que já abandonou esse ofício e não querer mais saber de matança. Entretanto, D'Antonio convence Wick forçadamente a voltar ao trabalho, pois explode sua casa após a recusa - a ira de John é novamente despertada e obviamente ele voltará ao trabalho.
John e Wick e seu novo cão de estimação. |
O filme tem belíssimas locações na Itália |
Sem dúvida nestes últimos anos John Wick é o personagem que realmente reacendeu a carreira de Reeves renovando seu status de astro já que o ator não vinha se destacando muito embora tenha feito bons filmes como 47 Ronins e O Homem do Tai Chi. Embora seja um personagem muito físico, John Wick é de fato o que os fãs do ator realmente queriam: um matador implacável. Embora o cinema esteja repleto de matadores implacáveis, Wick chega a ter um diferencial justamente pela dedicação extrema de Reeves para dar veracidade ao matador e pelo que se pode notar, o ator realmente faz todas as cenas de ação sem utilizar dublês, o que deve lhe dar um bom desgaste físico já que ele encarna Wick com muita propriedade. Inclusive a pouca expressividade de Reeves neste papel o faz parecer uma versão moderna do mito Charles Bronson, que também se destacou diversas vezes por interpretar matadores.
Exibido em fevereiro nos cinemas John Wick 2 foi um grande sucesso de bilheteria deste ano tendo feito mais de 90 milhões de dólares nos cinemas norte-americanos para um orçamento de apenas 40 milhões, ou seja, bem mais do que o filme anterior que custou 20 milhões e fez pouco mais de 40 milhões nas bilheterias. John Wick além de matar, veio mesmo para ficar e conquistar novas legiões de fãs de ação e figurar na galeria dos grandes matadores da história do cinema. (R.A.)
TRAILER
John Wick: Um Novo Dia Para Matar (John Wick: Chapter 2, 2017)
Roteiro: Derek Kolstad
Direção: Chad Stahelski
Elenco: Keanu Reeves, Ian McShane, Riccardo Scarmacio, Common, Lawrence Fishburne, Claudia Gerini, Ruby Rose