super dica

O terceiro volume da coleção Cinema Samurai já esta a caminho das lojas

 

  Uma excelente notícia para os mais ardorosos fãs do cinema japonês. A partir de novembro o box Cinema Samurai 3 estará à venda em todas as lojas. Este terceiro volume contém 3 discos, cada um contendo 2 filmes que a exemplo dos boxes anteriores, enriquece ainda mais esta coleção de obras primas narrando as aventuras chambara dos eternos guerreiros da terra do sol nascente. 

Disco 1 

Os Últimos Samurais (1974)
 No Japão de 1868, final do Xogunato, o ronin Toranosuke fica dividido entre defender o xogum, ao lado dos Shinsengumi, ou a restauração do Impreador. Direção de Kenji Misumi e estrelado por Hideki Takahashi e Ken Ogata .

Os homens que pisaram na cauda do tigre (1945)
 Em 1185, um general e seus homens se disfarçam de  monges para atravessar um posto de controle inimigo. Baseado nas tradicionais peças de teatro Nô e Kabuki, é o primeiro filme de samurai do cineasta Akira Kurosawa.



Disco 2

A conspiração do Clã Yagyu (1978)
 Quando o Xogum morre sob circunstancias suspeitas, seus dois filhos começam uma luta sangrenta pelo poder. Direção de Kenji Fukasaku, produzido pela Toei e composto por um elenco de astros: Sonny Chiba, Toshiro Mifune e Kinnosuke Nakamura.

A traição (1966)
 Um honrado samurai é acusado por um crime que não cometeu e passa tornar-se alvo de traições. Este chambara trata-se de uma dura crítica à sociedade japonesa e traz uma das mais longas cenas de luta do cinema japonês, sob a direção de Tokuzo Tanaka.


Disco 3 

Hitokiri - O castigo (1969)
 Ao final do xogunato Tokugawa, o samurai Okada Izo torna-se um assassino sanguinário, ao ser manipulado pelo maquiavélico líder de um clã. Direção de Hideo Gosha e estrelado por Shitaro Katsu, Tatsuya Nakadai e Yukio Mishima.

Humanidade e balões de papel (1937)
 No século XVIII, desenrola-se a luta pela sobrevivência de Unno e de outros ronins acometidos pela pobreza nas favelas de Edo. Obra prima dirigida por Sadao Yamanaka.

 

pancadaria épica

HÉRCULES

Dwayne Johnson encarna herói grego em aventura que traz menos mitologia e mais realismo

  O astro Dwayne Johnson finalmente encarna um herói clássico à altura de sua atual forma física. Hércules (2014), que já esta em cartaz há duas semanas em todos os cinemas traz Johnson no papel que ele tanto desejava fazer e que reza a lenda, ele chegou a dizer que seria a melhor atuação de sua vida. Pena que não é exatamente isso que se vê na tela, pois o ator se mostra bem à vontade em mais um personagem físico como vários outros que interpretou anteriormente, mas com a diferença de ter uma força sobre-humana, o que justifica a mitologia em torno do lendário guerreiro que é considerado um semi-deus. 

  Sob a direção de Brett Ratner, o experiente cineasta que comandou X-Men 3 - O confronto final (2006), Dragão Vermelho (2002) e também a trilogia A hora do rush, Hércules revela-se uma divertida aventura épica com muita ação em cenas espetaculares de batalha, porém com menos efeitos visuais do que se esperava para esse tipo de produção. 

 Roteirizado por Ryan Condal e Evan Spiliotopoulos, com base numa história em quadrinhos de Steve Moore, intitulada The Tracian Wars, o longa apresenta o herói grego não como um guerreiro solitário, mas como uma espécie de mercenário de ganha a vida enfrentando terríveis ameaças com sua força descomunal, acompanhado de um grupo de 4 amigos e também guerreiros, Amphiaraus (Ian McShane), Autolycus (Rufus Sewell), Atalanta (Ingrid Bolso Berdal) e Iolaus (Reece Ritchie) que o auxiliam e dividem os ganhos com ele pelos serviços prestados. 

  Porém o jovem Iolaus não é um guerreiro, é um sobrinho de Hércules que faz questão de contar à todas pessoas os feitos heróicos do tio, obviamente com uma grande dose de exagero, para assim alimentar a lenda de que Hércules é um enviado dos deuses e não um ser humano comum - e é muito interessante a idéia de trazer para um mundo real, sem a presença de criaturas gigantescas que fazem parte das narrativas mitológicas. Portanto, as criaturas que aparecem no trailer do filme e que correspondem aos famosos 12 trabalhos que Hércules cumpre a mando de Zeus, são parte das histórias contadas por Iolaus mostradas em flashbacks ao longo da trama. 

  Após muitos anos de batalhas e de muito heroísmos, o guerreiro decide que em algum momento terá de parar de lutar e levar uma vida mais tranquila longe de guerras. É então que ele aceita a missão que lhe é oferecida pelo Rei Cótis (John Hurt) da Trácia para enfrentar um suposto batalhão de centauros, as lendárias criaturas que são metade homem, metade cavalo, que segundo o rei em breve chegarão para destruir seu povo e dominar suas terras. Caso vençam a batalha, Hércules e seus companheiros receberão uma grande quantia em ouro que será o suficiente para viverem bem pelo resto de suas vidas, o que garante suas aposentadorias.

  Como a maioria dos filmes de Johnson, Hércules diverte com bastante ação e humor sem infelizmente trazer grande profundidade aos seus personagens, o que na verdade seria muito bem vindo já que o filme se propõe a contar uma estória bastante diferente da mitologia grega. Brett Ratner teve a ótima pretensão de fazer um épico à moda antiga utilizando centenas de figurantes para compor os exércitos de soldados que preenchem a tela, além de construir grandes cenários para compor as reinos mostrados no filme, entretanto, não são retratados de forma satisfatória embora construídos em grande escala.

  A aventura épica tem mesmo seu ponto alto nas batalhas que além de longas são belamente filmadas mostrando a força inigualável de Hércules em combate, bem como as notáveis habilidades de seus valentes companheiros. Embora mantenha distanciamento da mitologia, o roteiro parece inspirar-se por algum momento na história bíblica de Sansão numa cena emblemática nos momentos finais que traz uma das grandes surpresas que tornam a trama verdadeiramente épica. Na soma final de todos os fatores, os fãs não terão muito do que reclamar. 

TRAILER

Hércules (EUA, 2014)

Roteiro: Ryan Condal e Evan Spiliotopoulos

Direção: Brett Ratner

Elenco: Dwayne Johnson, John Hurt, Rufus Sewell, Ian McShane, Joseph Fiennes, Ingrid Bolso Berdal,Reece Ritchie.  

estréia marcial

O HOMEM DO TAI CHI

Filme que traz a estreia de Keanu Reeves na direção já pode ser conferido nos formatos digitais

   Ao que parece Keanu Reeves realmente se apaixonou pelas artes marciais após estrelar a trilogia Matrix, e passados 14 anos da franquia de sucesso, o astro agora resolveu investir no gênero de artes marciais talvez até como uma forma de renovar sua carreira que já não se encontra no topo desde o sucesso de Matrix. O épico 47 ronins, filmado no Japão e lançado nos cinemas no inicio deste ano, estrelado e produzido por Reeves, infelizmente revelou-se um grande fracasso de bilheteria apesar de ser uma ótima aventura sobre samurais. Entretanto, no outro lado do oriente, na China, o ator arriscou-se também na direção de um filme sobre Kung-Fu intitulado O homem do Tai-Chi (Man of Tai-Chi, 2013) e ao que parece também não deve ter ido bem nas bilheterias mundiais já que por aqui foi lançado diretamente em DVD e Blu-Ray.

  Mas além de dirigir, o astro decidiu também interpretar o vilão da trama, Donaka Mark, um espécie de magnata do submundo das lutas clandestinas. Ele financia lutas ilegais (sem regras) que são realizadas secretamente e transmitidas por internet em sites pagos, e alguns dos maiores confrontos são realizados em secretos clubes noturnos, frequentados apenas por pessoas muito ricas. Durante as horas vagas, Donaka e seus empregados passam horas pesquisando e procurando lutadores pelo mundo todo, para oferecer-lhes a chance de participarem de tais torneios oferecendo-lhes grande quantia em dinheiro. E nesta busca, Donaka encontra aquele que pode ser o lutador ideal: Tiger Chen - um verdadeiro mestre de Tai Chi, um milenar estilo de arte marcial chinesa, no qual Chen tem pleno domínio. 

  O vilão de Reeves infelizmente se limita a caras e bocas, pois o ator mostra-se muito limitado, talvez por ter interpretado personagens antagonistas raras vezes em sua carreira. Entretanto, Donaka tem notáveis habilidades marciais, o que significa que o ator realmente se dedicou ao treino marcial nesses últimos tempos, e nesse aspecto ele sai muito bem, pois nas telas Reeves não deixa nada a desejar em relação à tantos artistas marciais que se tornaram astros em Hollywood, tais como Van Damme, Chuck Norris ou Steven Seagal.

  E se Donaka não tem a profundidade necessária à um grande vilão, por outro lado Tiger Chen, cujo ator tem o mesmo nome do personagem, ao menos tem a profundidade exigida a um protagonista, pois o jovem mestre demonstra com certa precisão seus conflitos existenciais e sua dúvidas sobre o trajeto que está seguindo, de modo que os torneios do qual aceitou participar o estão levando a um caminho sem volta e aos poucos Chen será transformado por Donaka em um mero assassino que ganha a vida nas lutas clandestinas.
  À medida que seus competidores vão evoluindo e colecionando vitórias, Donaka exige que eles finalizem a luta matando o adversário - algo que certamente fere os princípios éticos de um mestre como Tiger Chen, que chega até mesmo a entrar em conflito com o seu velho grão-mestre que percebe que seu discípulo está trilhando a jornada mais perigosa de sua vida.

  Man of Tai Chi se sustenta muito bem  na ação com cenas de luta bem dinâmicas e belamente filmadas, e para tal feito Reeves chamou ninguém menos que Yuen Woo-ping, talvez o coreógrafo mais requisitado do cinema chinês e também de Hollywood, conhecido por seu trabalho nos filmes O Tigre e o Dragão, Kill Bill e também a trilogia Matrix. Ao todo foram criadas 18 cenas de luta  em O homem do Tai Chi, totalizando 40 minutos de muita ação e um show de técnicas espetaculares que devem satisfazer os fãs mais exigentes de artes marciais. E certamente, é isso o que mais se espera!

TRAILER

O Homem do Tai Chi (The Man of Tai Chi, 2013)

Roteiro:Michael G. Cooney

Direção: Keanu Reeves

Elenco:Tiger Chen, Keanu Reeves, Iko Uwais, Karen Mok, Simon Yam, Yu Hai, Sam Lee

sangue novo

OS MERCENÁRIOS 3

Veteranos da ação retornam à telas do cinema trazendo um novo time

 Quando estreou nos cinemas em agosto de 2010, Os Mercenários causou animo e uma comoção geral ao reunir num único filme pela primeira vários astros de ação veteranos numa aventura turbinada a pancadarias e explosões bem ao estilo dos anos 80. O mesmo ocorreu com o segundo filme em agosto de 2012 alcançando até mais sucesso que o primeiro longa e agradando até aqueles que não gostaram muito do primeiro filme. O terceiro filme que estreou há 2 semanas prossegue em exibição nos cinemas, mas já não causa tanta surpresa como os anteriores embora tenha um roteiro melhor que o segundo filme e traga dois atores de peso: Harrison Ford e Mel Gibson. 

  A terceira aventura roteirizada por Stallone, Creighton Rothenberger e Katrin Benedict tem início com uma cena exagerada que até parece ter vindo diretamente da década de 80, em que Barney e sua equipe resgatam Doc, um antigo colega interpretado por Wesley Snipes, cujo personagem está sendo levado de trem à um presidio de segurança de máxima que resulta numa explosão geral em que o trem e o presídio voam pelos ares com o auxílio de efeitos de computação e os heróis obviamente escapam ilesos da empreitada - e a escolha de Patrick Hughes para a direção foi um grande acerto, pois o australiano já demonstrara talento para a ação no ótimo faroeste Busca Sangrenta (2010), seu longa de estréia.

  Logo em seguida, Barney e seus colegas são convocados por Drummer, personagem de Harrison Ford e são enviados para uma nova missão, e Barney terá a surpresa mais desagradável de sua vida ao descobrir que seu pior inimigo está vivo - Conrad Stonebanks (Mel Gibson), um poderoso contrabandista de armas e uma ameaça ao mundo, tanto quanto o personagem de Van Damme na aventura anterior.

 O vilão de Gibson revela-se a grande surpresa do longa tanto pela composição do ator como pelo mistério que envolve o personagem, pois ele é um ex-mercenário e também um dos fundadores do grupo, além  de ter sido o melhor amigo de Barney no passado. Além de Gibson, quem rouba a cena em grande parte do filme é Antonio Bandeiras no papel de Galgo, um hilário personagem que insiste para que Barney o contrate para o seu grupo.












  Após Ceasar (Terry Crews) ser baleado por Stonebanks e entrar em coma, Barney resolve formar uma nova equipe de jovens combatentes: Luna (Ronda Rousey), Smilee (Kellan Lutz), Mars (Vitor Ortiz) e Thorn (Glen Powell) - mas a retaliação obviamente não ficará completa sem a presença dos veteranos que na meia hora final empreendem um ataque massivo ao quartel general de Stonebanks, e até Drummer (Ford) entra em ação ao piltotar um helicóptero acompanhado de  Trench (Schwarzenegger) e Yang (Jet Li). Entretanto, Ford revela-se apenas um convidado de luxo não conseguindo igualar-se a Church, feito por Bruce Willis nos filmes anteriores, bem como Jet Li é desperdiçado com seu personagem que apenas dá tiros e não faz uma única cena de luta neste filme. Por sinal as melhores cenas de luta ficaram por conta de Ronda Rousey, campeão de MMA que faz sua estréia como atriz.

 


  Pela terceira vez Stallone e sua velha turma trazem diversão com cenas de ação espetaculares e bom humor embora não esteja indo tão bem nas bilheterias, talvez pelo fato de uma cópia do filme ter vazado na internet antes de estrear nos cinemas, algo que pode prejudicar qualquer produção blockbuster. Entretanto, Stallone ja revelou em recente entrevista que um quarto filme está em seus planos, agora que a franquia já está estabelecida - e também um filme estrelado só por mulheres que se chamará The Expendabelles. Ao que parece, a franquia terá sobrevida e a diversão estará garantida por mais algum tempo :-)

TRAILER

Os Mercenários 3 (The Expandables 3, 2014)

Direção: Patrick Hughes

Roteiro: Stallone, Creighton Rothenberger e Katrin Benedict

Elenco: Stallone, Schwarzenegger, Jason Statham, Terry Crews, Randy Couture, Wesley Snipes, Dolph Lundgren, Jet Li, Harrison Ford,Mel Gibson,Antonio Banderas, Kelsey Grammer, Ronda Rousey, Kellan Lutz, Glen Powell Vitor Ortiz.